REPERCUSSÃO

Zema foi negligente e omisso em relação à dívida com a União, diz Silveira

Ministro de Minas e Energia afirmou que postura do governador reforça intenção de resolver problemas da própria gestão, em vez de sanar dificuldades do Estado

Por Ana Clara Moreira
Publicado em 07 de dezembro de 2023 | 11:28

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, criticou a postura do governador Romeu Zema (Novo) em relação à dívida que o Estado tem com a União – superior a R$ 160 bilhões. Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (7), ele respondeu às declarações feitas pelo chefe do Executivo no dia anterior, afirmando que a alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) apresentado ao governo federal não tinha avançado para além da “falação”.

“Mais uma vez ficou patente a negligência, a omissão e até a irresponsabilidade do governador Romeu Zema. Eu já vinha alertando, há mais de um ano, que nós tínhamos o presidente [do Congresso Nacional] mineiro, Rodrigo Pacheco, se colocando à disposição, mesmo antes do governo do presidente Lula, para intermediar uma composição que pudesse resolver de forma definitiva a situação de Minas Gerais, não a do governo”, pontuou Silveira.

O plano em questão foi elaborado pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD), que se reuniu nesta manhã com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar do tema. O titular da pasta de Minas e Energia argumentou que se trata de uma proposta “serena, equilibrada, com conteúdo extremamente discutido com técnicos do Senado e com técnicos externos”.

Silveira ainda acrescentou que o presidente Lula (PT) está sensível à situação e disposto a encontrar uma saída que solucione o problema de Minas Gerais sem prejudicar a população ou os servidores públicos, preservando as “condições mínimas” para a prestação de serviços em áreas como saúde, educação e segurança pública.

Ele também mencionou que “quer acreditar” na boa-fé do governador Zema, “porque ele nos disse que via com muito bons olhos a proposta apresentada pelo presidente Rodrigo Pacheco”, destacando que a sugestão, se for acatada, servirá “também de parâmetro federativo para outros estados que encontram-se na mesma situação”.