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‘Abin paralela’ tinha como alvo Moraes, Gilmar e suposto elo com PCC
Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro, foi alvo de buscas pela PF na manhã desta quinta-feira (25)

A investigação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (25), que apura o monitoramento indevido de autoridades, tem como um dos propósitos apurar se a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) elaborou dossiês envolvendo os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-chefe da Abin durante o governo Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro, foi alvo de buscas pela PF na manhã desta quinta-feira (25) no âmbito da Operação Vigilância Aproximada, que investiga suspeitos de utilizar o software FirstMile para espionagem. Até a publicação desse texto, Ramagem não havia se manifestado sobre a operação.
A suspeita recai sobre o uso de ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis sem autorização judicial e sem o conhecimento do próprio monitorado. Outros alvos das ações de espionagem incluem o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o ministro da Educação, Camilo Santana, que à época era governador do Ceará.
Embora a lista completa das pessoas espionadas irregularmente ainda não seja conhecida, a PF já identificou indícios de que adversários políticos do ex-presidente foram alvos, incluindo o ex-deputado Jean Wyllys e David Miranda, deputado federal pelo PDT do Rio, que faleceu em maio retrasado.
Suposto elo com o PCC
Durante uma operação de busca e apreensão na Abin em 2023, a Polícia Federal descobriu um relatório que detalhava uma ação de inteligência com o intuito de estabelecer conexões entre os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes e a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
O documento foi encontrado em uma pasta que armazenava relatórios de diversas "missões" conduzidas durante a gestão de Ramagem. No relatório específico que menciona Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, há uma lista de vínculos que deveriam ser investigados para validar a suposta ligação com o PCC.