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Advogado de Filipe Martins é detido em flagrante por desacato no julgamento de Bolsonaro no STF
Aos gritos, ele chegou a atrapalhar a sessão que julga o ex-presidente e sete aliados por tentativa de golpe de Estado
BRASÍLIA - O advogado Sebastião Coelho Filho, que representa o ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL) Filipe Martins, foi impedido de entrar no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o julgamento da Primeira Turma da Corte nesta terça-feira (25). Aos gritos, ele chegou a atrapalhar a sessão que julga o ex-presidente e sete aliados por tentativa de golpe de Estado.
O advogado Sebastião Coelho Filho, que representa o ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL) Filipe Martins, foi impedido de entrar no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o julgamento da Primeira Turma da Corte nesta terça-feira (25). Aos gritos, ele chegou a atrapalhar… pic.twitter.com/TuXxdnI8Q9
— O Tempo (@otempo) March 25, 2025
De acordo com a assessoria do tribunal, Coelho Filho foi detido em flagrante pela Polícia Judicial do STF por desacato e ofensas ao STF. O presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, determinou a lavratura de boletim de ocorrência por desacato e, em seguida, a liberação do advogado.
O ministro Alexandre de Moraes chegou a pausar a leitura de seu relatório quando, aos gritos, Coelho Filho protestou pela impossibilidade de adentrar no espaço. Filipe Martins também foi denunciado pela PGR por suposta participação em um plano de golpe de Estado. Contudo, ele não está sendo julgado neste primeiro grupo de denunciados que são avaliados nesta terça-feira.
No hall de entrada do auditório, o desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) foi barrado pelo forte esquema de segurança instalado na Corte e direcionado ao plenário da Segunda Turma, no andar superior, onde a sessão está sendo transmitida para quem não foi credenciado.
“Há lugares vazios e estou sendo impedido de entrar. Doutor Beto Simonetti (presidente da OAB), isso é uma vergonha que está acontecendo contra a advocacia. Vossa excelência é responsável pela omissão que tem tido contra todo esse arbítrio neste país”, declarou Coelho em vídeo divulgado nas redes sociais.
O advogado afirmou ainda que foi impedido de entrar quando “tem gente de movimentos sociais sentados no plenário” e classificou a situação como um “escândalo para a nação brasileira”. De acordo com a assessoria do STF, a orientação era de que apenas era possível entrar na sessão até o início da audiência, o que não foi feito por Coelho Filho.
Parlamentares
Sete deputados federais aliados de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados acompanharam o início da sessão de julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente e outros sete acusados de planejar um golpe de Estado no Brasil após as eleições presidenciais de 2022.
Por volta das 10h05, cerca de 15 minutos após o início da sessão e enquanto o ministro Alexandre de Moraes fazia a leitura do relatório da denúncia, seis parlamentares entraram no plenário da Primeira Turma.
Zucco (PL-RS), Zé Trovão (PL-SC), Maurício Souza (PL-MG), Evair de Melo (PP-ES), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Delegado Caveira (PL-PA) se sentaram na última fila de autoridades, à direita do auditório. A entrada do grupo, que não estava credenciado, foi permitida após autorização do presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso. Uma hora depois, Caveira deixou a sessão. "Não vou ficar aqui ouvindo essa palhaçada", disse ao colega Maurício.
O sétimo parlamentar, Mário Frias, havia ado o plenário antes do início da sessão, quando também chegou Jair Bolsonaro. Julgado, o ex-presidente se sentou na primeira fila do auditório, bem ao centro na poltrona voltada para o ministro Cristiano Zanin, presidente do colegiado. Alexandre de Moraes está à esquerda dele.