BRASÍLIA - O advogado criminalista Celso Vilardi vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino sejam declarados impedidos de julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito que o acusa de coordenar uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil para se perpetuar no poder, em 2022.

Na tarde desta segunda-feira (24), o defensor de Bolsonaro despachou com Barroso em uma audiência no Palácio do STF. Lá, ele também pediu ao presidente da Corte que transfira o julgamento do caso da Primeira Turma, composta por cinco ministros, para o plenário, formado pelos 11 magistrados. 

Zanin e Dino foram nomeados ministros do STF pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e, respectivamente, advogado e ministro do petista no início do governo. Os dois, no entanto, movem ações contra Bolsonaro na Justiça, o que deve ser alegado pela defesa para justificar o impedimento.

Advogado vai até Moraes pedir prazo e tratar de petições

De com informações apuradas pela equipe de O TEMPO em Brasília, Vilardi vai se reunir com o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF, nesta quarta-feira (26), para tratar do caso.

Na saída da audiência com Barroso, o advogado de Bolsonaro declarou que irá entrar com uma petição na Corte pedindo a anulação da delação do tenente-coronel Mauro Cid no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2022. 

Ele também afirmou que vai tentar, mais uma vez, expandir o prazo de 15 dias determinado pelo ministro Alexandre de Moraes para apresentação das defesas dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na semana ada. Uma solicitação anterior já foi negada.

Petição é um instrumento jurídico que solicita uma ação judicial ou comunica algo ao Poder Judiciário. Nela, as partes apresentam suas demandas, argumentos, provas e pedidos ao juiz julgador de um caso.

Celso Vilardi voltou a dizer que não teve o a todas as gravações dos depoimentos de Mauro Cid, mas defendeu que as informações adas pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro “devem ser analisadas dentro de um contexto e não em frases separadas.