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‘Ainda tenho uns R$ 7 milhões na conta, fiquem tranquilos’, avisa Bolsonaro sobre doações via Pix
Ex-presidente recebeu transferências bancárias de eleitores por meio de uma ‘vaquinha’ virtual para pagar multas eleitorais e advogados
BRASÍLIA - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou nesta sexta-feira (21) que ainda tem R$ 7 milhões para se defender dos processos em seu nome na Justiça, entre eles a denuncia por liderar uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
O montante é parte dos R$ 17,2 milhões transferidos por apoiadores em 2023 para custear, na época, multas aplicadas pela Justiça Eleitoral desde que deixou a Presidência da República.
A declaração foi feita durante sua participação no encerramento do 1º Seminário de Comunicação Digital do PL, do qual é presidente de honra, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
Ao contar que havia conversado com advogados sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da União (PGR) contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro agradeceu a quem fez as doações.
“Obrigado a quem me deu o Pix aqui. R$ 17 milhões, Grande parte disso já foi embora, você tem que gastar bem, com bons advogados”, disse, quando ao alguém na plateia gritou favorável a novas doações
"Eu tenho ainda uns R$ 7 milhões na conta, fique tranquilo. Jamais esperava ter 1 [milhão de reais], tenho 7 [milhões de reais]. Esse dinheiro vai dar pra pagar os advogados todos, sem problema”, avisou.
Bolsonaro investiu maior parte dos R$ 17,2 milhões
De acordo com um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (MI), Bolsonaro recebeu 770 mil depósitos via Pix entre 1º de janeiro e 4 de julho de 2023. A arrecadação ganhou grande impulso a partir de 23 de junho, quando parlamentares e ex-integrantes do governo começaram a divulgar informações sobre as contas do ex-presidente, incentivando as doações.
Do total arrecadado, R$ 17 milhões foram investidos em renda fixa, conforme apontado pelo Coaf. O órgão, que monitora e investiga movimentações financeiras suspeitas, classificou a operação como "atípica" e sugeriu que ela fosse provavelmente resultado de uma campanha voltada para o pagamento de multas eleitorais.
Moraes mandou PF investigar transações
Em novembro de 2023, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Federal investigasse uma "vaquinha" organizada via Pix em apoio a Jair Bolsonaro. A arrecadação tinha como objetivo ajudar o ex-presidente a pagar multas relacionadas a processos judiciais, e chegou a acumular R$ 17,2 milhões, doados voluntariamente por seus apoiadores.