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PGR denuncia três deputados federais do PL por suposto desvio de emendas parlamentares
Eles teriam usado um grupo armado, extorsões e saques em dinheiro vivo para que parte da verba fosse devolvida, com ajuda de um agiota, segundo a PF

BRASÍLIA - A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) três deputados do PL por suposto desvio de R$ 1,6 milhão em emendas parlamentares.
Os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Bosco Costa (PL-SE) e Pastor Gil (PL-MA) são acusados dos crimes de corrupção iva e organização criminosa.
O caso tramita em segredo de Justiça, sob a relatoria do ministro Cristiano Zanin. Agora, caberá à Primeira Turma do STF definir se os parlamentares devem se tornar réus.
A denúncia é baseada em inquérito da PF que apontou desvios na destinação de emendas a São José de Ribamar, o terceiro município mais populoso do Maranhão, a 30km de São Luís.
Os deputados teriam usado um grupo armado, extorsões e saques em dinheiro vivo para que parte da verba fosse devolvida aos parlamentares, com ajuda de um agiota.
Em 2022, os três deputados foram alvos de uma operação de busca e apreensão. A medida foi autorizada pelo então ministro Ricardo Lewandowski, do STF. Com a aposentadoria dele, que virou ministro da Justiça, o caso ou para Cristiano Zanin.
Entre outras coisas, investigadores apontaram que o deputado Bosco Costa, apesar de ser do estado de Sergipe, destinou uma emenda de R$ 4 milhões à prefeitura de São José de Ribamar. O objetivo era que R$ 1 milhão, o equivalente a 25%,retornasse em dinheiro vivo aos parlamentares.
Os investigadores identificaram ao menos três alvos ligados ao esquema que atuariam como um braço armado na extorsão dos prefeitos. Um deles, um ex-policial militar, chegou a confirmar em depoimento à PF que atuava na cobrança de dívidas e que o agiota lhe pedia que fosse “duro” nessa cobrança.
O caso foi relatado à PF pelo então prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio, que contou ter sido alvo de extorsões do grupo. A PF apreendeu documentos e identificou emendas parlamentares no valor de cerca de R$ 5 milhões que teriam sido usados nos desvios.
Em nota, os deputados disseram não ter qualquer participação no suposto esquema.