EM BRASÍLIA

Polícia Federal investigará explosões próximas ao STF

Em primeiro pronunciamento do Planalto, advogado geral, Jorge Messias, afirmou que a instituição vai apurar com “rigor e celeridade” o que chamou de “ataques”


Atualizado em 13 de novembro de 2024 | 21:54

O advogado geral da União, Jorge Messias, afirmou, nesta quarta-feira (13), que a Polícia Federal (PF) investigará as explosões registradas na praça dos Três Poderes, próximo à sede do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro da Advocacia Geral da União (AGU) foi o primeiro membro do Palácio do Planalto a se pronunciar publicamente a respeito do episódio, que, por ora, causou uma morte.

Em uma manifestação em uma rede social, Messias repudiou as explosões, que classificou como “ataques contra o STF e a Câmara dos Deputados”. “A PF investigará com rigor e celeridade as explosões no perímetro da praça dos três Poderes. Precisamos saber a motivação dos ataques, bem como reestabelecer a paz e a segurança o mais rapidamente possível”, afirmou.

Logo depois, em nota à imprensa, a PF confirmou que irá instaurar um inquérito para investigar as explosões. "Foram acionados policiais do Comando de Operações Táticas (COT), do Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, peritos e o Grupo Antibombas da instituição, que estão conduzindo as ações iniciais de segurança e análise do local", informou.

A investigação deve ser incluída no Inquérito 4921 do STF, que apura os autores intelectuais e instigadores dos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. O inquérito está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

No momento das explosões, os ministros do STF foram retirados em segurança do prédio, que foi evacuado. “Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança".

"Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF”, informou a assessoria de imprensa da Corte.

O Palácio do Planalto, sede do governo federal, reforçou a segurança após as explosões - o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não estava no local no momento. Após cerca de uma hora dos estrondos, a sessão da Câmara dos Deputados foi interrompida. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu manter a sessão na noite de quarta.

Relato

A prestadora de serviços do Tribunal de Contas da União (TCU), Layana Costa, disse ter visto o momento das explosões. O homem que carregava as bombas ou pelas pessoas que aguardavam ônibus em uma parada em frente ao palácio do STF. Ele chegou à praça dos Três Poderes e arremessou a primeira bomba na Estátua da Justiça; a segunda explodiu com ele.

"Ele simplesmente ou, deu um 'ha', não prestei atenção. Ele andou mais ou menos uns 30 ou 40 segundos, e a gente ouviu o primeiro barulho. A gente virou, e simplesmente eles [seguranças] vieram. Ele jogou na estátua, estava em pé, e na segunda bomba ele caiu. Foi ele que explodiu", disse.