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Lula faz autocrítica sobre PT e defende aproximação com evangélicos
O presidente da República defendeu que é preciso encontrar respostas dentro do Partido dos Trabalhadores (PT)

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), discursou nesta sexta-feira (8) na conferência eleitoral do partido, sediada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Durante o evento, o petista defendeu uma autocrítica da sigla. Além disso, sugeriu que a legenda faça um gesto de aproximação com o público evangélico.
"Por quê um partido que pensa que tem toda a verdade do planeta só elegeu 70 deputados? Precisamos encontrar respostas dentro de nós. Será que estamos tendo competência pra convencer o povo ou temos que aprender com eles?", questionou em evento com pré-candidatos às eleições municipais de 2024 em todo o Brasil.
Avaliando a redução do espaço da agremiação nas prefeituras e Câmara municipais do país, o presidente afirmou que com o ar dos anos "ficou mais difícil", mas o partido também aprendeu mais: "É preciso conversar, é preciso ter paciência. Muitas vezes a gente cede quando não conseguiria ceder e não queria ceder. E muitas vezes conquistamos coisas que não pensamos ganhar".
Um ano de governo Lula
Fazendo um gesto de aproximação com a militância, Lula lembrou ainda que daqui a poucos dias o governo completará um ano de mandato. De acordo com ele, durante seus dois mandatos anteriores como presidente, trabalhou tanto quanto nesses dois meses iniciais no "processo de reconstrução".
Apesar deste fator, ele ponderou que não é a reconstrução que vai ajudar a ganhar as eleições, mas o debate político ideológico para mostrar a diferença do projeto de cidades que os candidatos do PT vão construir. E ainda prometeu ser um "bom cabo eleitoral" para os seus aliados.
Eleições polarizadas continuam
O petista também ressaltou que a próxima eleição se polarizará entre os apoiadores dele e os do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): "A eleição será uma disputa entre Lula e Bolsonaro". Ele ressaltou a importância de uma aproximação com o público evangélico, parte expressiva de apoio a Bolsonaro.
“Como é que a gente vai chegar nos evangélicos? (…) Companheira Benedita [deputada federal], se fosse fácil, colocava você, que é a mais linda evangélica deste país para resolver os nossos problemas, mas não é você. Não é individualmente um problema de uma pessoa. É uma narrativa que temos que aprender para conversar com essa gente", completou.
Presidente do PT detalha estratégia para 2024 e critica Bolsonaro
A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), também discursou no evento, revelando detalhes da estratégia de comunicação que o partido pretende adotar nas eleições municipais de 2024. Ela enfatizou a necessidade de uma organização nas redes sociais, territorialmente e em oposição à extrema-direita.
Em 2020, a legenda enfrentou uma queda significativa na eleição de prefeitos, elegendo apenas 183, representando uma redução de 71% em comparação ao pleito anterior. Além disso, ela fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e citou os atos do 8 de janeiro, quando ocorreram as invasões aos prédios dos Três Poderes, em Brasília.
Segundo Gleisi, o rival político de Lula incentivou o episódio: "O destino de Bolsonaro não pode ser só a inelegibilidade. Tem que ser também a cadeia". Ainda sobre o 8 de janeiro, Gleisi elogiou o papel do Supremo Tribunal Federal (STF): "Temos que reconhecer o papel do STF. Que em nenhum momento titubeou com os golpistas".