Governo

Após dar data, Fávaro afirma não saber quando preço do arroz vai cair

O ministro da Agricultura havia estabelecido o prazo de até abril; ele ainda apontou a possibilidade de deflação nos preços dos alimentos neste primeiro semestre

Por Gabriela Oliva
Publicado em 21 de março de 2024 | 18:40

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira (21) que não tem "bola de cristal" para prever quando será a redução do preço do arroz. A declaração ocorre após ele afirmar que o preço deveria cair para os consumidores até abril.  

"Inclusive, eu não tenho uma bola de cristal para dizer quando vai baixar, mas já está reduzindo para o produtor. A previsão da área econômica, inclusive, é de deflação dos preços dos alimentos nesse primeiro semestre".

Fávaro falou a jornalistas ao chegar para encontro com cerca de 60 representantes da fruticultura na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa do encontro.

A agenda acontece em meio ao esforço do presidente pela queda dos preços dos alimentos da cesta básica para alavancar a popularidade. O ministro falou que não abordaria o tema na reunião. 

Fávaro ainda citou um dos objetivos da agenda, que é o estreitamento da relação do governo Lula com o setor do agronegócio, que tem enfrentado resistências desde o início do mandato.

"Não estamos no nível de paixão total, mas há um grande reconhecimento que primeiro muito dos temores foram plantados durante a campanha eleitoral, e que o presidente é comprometido com esse setor sim por ações, não por discurso".

"Eu quero garantir que a imensa maioria dos produtores, independente de quem vão votar em 2026, vão reconhecer que terá sido um grande governo para agropecuária, que nós começamos com hostilidades muito grandes no começo do ano ado", afirmou ao relembrar o desconvite ao Agrishow, uma das maiores feiras do setor agropecuário do país.

Este encontro marca o início de uma série de reuniões planejadas entre o governo, representado pelo ministro Fávaro e pelo ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, com diferentes setores do agronegócio. 

O objetivo desses encontros é que o presidente Lula apresente as medidas governamentais e também ouça as demandas do setor de forma mais informal e participativa.

De acordo com Fávaro, os "churrasquinhos", como ele mesmo mencionou, ocorrem a pedido dos próprios empresários. Há a previsão que as agendas ocorram semanalmente, e por vezes quinzenalmente. Já estão agendadas reuniões com empresários da cafeicultura, algodão, floresta plantada e bioinsumos.