-
Política em Minas e no Brasil - Brasília, Congresso, ALMG, Câmara de BH e os bastidores
-
Tarcísio, Valdemar e ex-ministros de Bolsonaro: saiba quem são os próximos a depor ao STF
-
Ministro da Saúde de Bolsonaro e outras 9 testemunhas do general Heleno depõem ao STF nesta segunda
-
Essa é a mistura de Brasília com o Egito, na arquitetura e no plano urbanístico
-
Política em Minas e no Brasil - Brasília, Congresso, ALMG, Câmara de BH e os bastidores
Médicos esperam que cirurgia de Bolsonaro seja a última; essa foi a sétima operação após facada
A equipe do ex-presidente informou que aderências são naturais em pacientes operados e a necessidade de novas cirurgias será tratada de forma individualizada
BRASÍLIA - A equipe médica que operou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que não há expectativa, por enquanto, da necessidade de novas cirurgias. Bolsonaro ou por uma intervenção que durou 12 horas no domingo (13) para liberar aderências intestinais e construir a parede abdominal. Ele está no hospital DF Star, em Brasília.
“Não tem expectativa de nova cirurgia, essa foi feita para ser definitiva”, disse o chefe da equipe cirúrgica, Cláudio Birolini, na manhã desta segunda-feira (14). De acordo com o médico, é esperado e natural que novas aderências se formem em pacientes que têm quadro de “abdômen hostil”.
É o caso de Bolsonaro, que realizou sete cirurgias desde a facada que levou durante a campanha eleitoral de 2018. O ataque atingiu o intestino do ex-presidente, que ou a ter complicações, de acordo com os médicos, em função disso.
“No futuro, pode acontecer novamente de ter aderências e aí a gente lida de forma individualizada”, frisou Birolini, que ressaltou que o resultado final do procedimento foi “bastante satisfatório”.
Os médicos contaram que as duas primeiras horas de cirurgia foram para o à cavidade abdominal de Bolsonaro. A retirada das aderências levou de quatro a cinco horas. Somente depois disso, a equipe ou para a etapa de reconstrução. Segundo Birolini, Bolsonaro estava com o intestino “bastante sofrido, o que leva a crer que ele vinha com quadro de suboclusão há alguns meses”.
A expectativa é que o ex-presidente fique internado por cerca de 15 dias. Não há previsão de alta da UTI, para onde ele foi levado ao sair do centro cirúrgico. A recuperação total deve levar entre dois e três meses e, depois, Bolsonaro não deve ter restrições de saúde.
As aderências são formadas pelo processo de cicatrização de cirurgias. Podem ser entendidas como faixas de tecido que se formaram entre o intestino e outros órgãos, prejudicando a mobilidade.
“Se você abrir o abdômen de alguém que nunca teve nenhuma cirurgia, o intestino é todo soltinho, mas de alguém operado muitas vezes, as alças intestinais são todas agrupadas, você não consegue individualizar. Todo paciente submetido a cirurgia intestinal tem aderências, em grau maior ou menor. Às vezes elas não causam nenhum problema”, explicou o chefe da equipe médica.
Bolsonaro ou mal após sentir fortes dores na sexta-feira (11) na cidade de Santa Cruz, no Rio Grande do Norte. No mesmo dia, foi transportado de helicóptero para a capital Natal, distante cerca de 122 km. Na noite de sábado (12), o ex-presidente foi transferido para o DF Star, em Brasília.