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Lula liga para Walter Salles e parabeniza o diretor por vitória de 'Ainda Estou Aqui' no Oscar
O presidente afirmou que o diretor 'conseguiu lavar a alma do povo e do cinema brasileiro e recuperar de uma forma muito importante a história de Rubens Paiva'
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou, nesta quarta-feira (5), o vídeo de uma ligação telefônica que fez com o diretor do filme “Ainda Estou Aqui”, Walter Salles. A conversa foi na terça-feira de Carnaval (4), mesmo dia em que o petista convidou a equipe da obra para uma comemoração em Brasília.
Na ligação, Lula parabeniza Walter pela vitória de melhor filme estrangeiro no Oscar. Segundo o presidente, foi uma “noite de ouro” para o Brasil.
“A gente não tem muito o que falar quando a gente percebe que um brasileiro é capaz de se superar em uma arte que, até então, me parece que só americano ganhava. [...] Acho que você já fez outras coisas muito importantes, mas dessa vez você conseguiu lavar a alma do povo brasileiro e do cinema brasileiro. E recuperar de uma forma muito, mas muito importante, a história do Rubens Paiva”, disse Lula.
Os dois, então, celebram a atuação das atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro e a história de Eunice Paiva, retratada no filme. Citam, então, o reconhecimento à equipe da obra. A ligação teve ainda a participação da primeira-dama Janja.
“Eu me sinto honrado com suas palavras e honrado de poder ter adaptado um livro tão luminoso e extraordinário quanto o do Marcelo Rubens Paiva sobre os seus pais. Uma história que foi elevada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”, responde Walter.
Nesta terça-feira de Carnaval, @JanjaLula e eu telefonamos para parabenizar nosso querido Walter Salles pelo Oscar de Melhor Filme Internacional, com o primoroso e necessário “Ainda Estou Aqui".
— Lula (@LulaOficial) March 5, 2025
Walter, Fernandas, Selton e toda equipe, com sensibilidade e profissionalismo,… pic.twitter.com/Z1AzC0ePtw
No filme, Fernanda Torres interpretou Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, que foi morto em 1971 pelo regime militar. A obra mostra a luta de Eunice após o desaparecimento do marido até conseguir o atestado de óbito de Paiva, que nunca teve o corpo encontrado.
Em janeiro, a atriz ganhou o Globo de Ouro como melhor atriz de drama pela atuação. O filme se consolidou como a terceira maior bilheteria nacional desde 2018. Foram mais de 5 milhões de espectadores e R$ 104,7 milhões em renda. Nos dois primeiros meses deste ano, a obra foi responsável por 32% do público de filmes nacionais.