BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que ainda não definiu se a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), será ministra no governo. Segundo Lula, os dois ainda não conversaram, mas Gleisi é alguém que “tem condições" de ser ministra em muitos cargos.
"Até agora não tem nada definido. Ela não conversou comigo, eu não conversei com ela", disse em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (30), completando que "trocar ministro é uma coisa da alçada do presidente” e que quando ele trocar ministros, irá comunicar.
Lula ainda rebateu críticas sobre a posição tida como “radical” de Gleisi, que costuma partir para embates políticos com oposicionistas.
“Politicamente, tem pouca gente no país com mais resultados do que a Gleisi. Falam que ela é muito radical para ser presidente do PT. Oras, para ser presidente do PT tem que falar a linguagem do PT, tem que ganhar confiança do PT”, argumentou.
O presidente também afirmou que o projeto de lei para isentar do Imposto de Renda (IR) quem recebe até R$ 5 mil por mês segue em fase de ajustes, mas será enviado para debate na Câmara dos Deputados e no Senado. “[O governo] está preparando para enviar para o Congresso Nacional. Está apenas fazendo um ajuste na compensação”.
Promessa de campanha de Lula, o tema foi anunciado em novembro pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas o texto ainda não ficou pronto. A pauta é tida como prioritária neste ano que antecede as eleições de 2026.
Também pensando no próximo ano, que será eleitoral, Lula comentou sobre o desejo do futuro de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deixará no sábado (1º) o cargo de presidente do Congresso Nacional e do Senado. O mineiro é ventilado para assumir uma vaga no primeiro escalão do governo.
Questionado sobre a possibilidade, o presidente declarou: “Eu quero que o Pacheco seja governador de Minas Gerais. É isso que eu quero”. O próprio presidente já havia mencionado, anteriormente, que o senador é um “grande nome” para disputar o Executivo de Minas.