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Ministra das Mulheres avalia alistamento militar feminino: ‘Um pouco tarde, mas bem-vindo’
Cida Gonçalves também comentou sobre as críticas que a decisão do governo federal tem recebido

BRASÍLIA - A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, fez uma avaliação sobre a recente decisão das Forças Armadas de permitir que mulheres participem do alistamento militar para o posto de soldados. A nova regra começará a vigorar no próximo ano, com a previsão de que as candidatas ingressem nas tropas em 2026.
Em entrevista exclusiva ao O TEMPO Brasília, a ministra afirmou que avalia a medida como "muito importante". "A gente tem lutado para que as mulheres estejam onde elas quiserem, e se elas quiserem estar nas Forças Armadas, é um direito delas. Eu acho que é só um pouco tarde, mas que seja bem-vindo", afirmou Cida.
Atualmente, as mulheres já podem ingressar nas Forças Armadas por outros meios, como nas escolas que formam oficiais. No entanto, a participação feminina é limitada, sendo a Marinha a única força que permite a atuação das mulheres em áreas mais combativas, como a de fuzileiros navais.
O modelo seguirá o serviço militar masculino, mas sem a obrigatoriedade de apresentação às Forças. Durante a entrevista exclusiva, Cida Gonçalves também comentou as críticas relacionadas ao alistamento militar feminino.
"Não é uma questão de ser só pela questão voluntária. Porque começa com voluntariado, as mulheres vão ocupando, e daqui a pouco nós seremos maioria também no Exército. Talvez a crítica seja muito mais porque nós temos condições, capacidade de qualificação para estar no Exército", afirmou a ministra.
Em janeiro, ao alegar a "fisiologia feminina" como justificativa, as Forças Armadas recomendaram ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que se posicionasse contra o amplo o de mulheres às carreiras militares, especialmente em funções de combate. A explicação apresentada foi que as características do gênero poderiam comprometer o desempenho militar. O caso está em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os argumentos fundamentaram a manifestação oficial da Advocacia-Geral da União (AGU), liderada pelo ministro Jorge Messias, na ação no STF. O órgão se posicionou de forma contrária à entrada de mulheres nessas funções de combate.
Atualmente, há pouco mais de 34 mil mulheres seguindo carreira nas Forças Armadas. A maior parte desse efetivo se concentra no Exército Brasileiro (13.009), seguido pela Força Aérea Brasileira (12.538) e a Marinha (8.413).