BRASÍLIA. Durante uma reunião ministerial realizada nesta segunda-feira (13) para discutir novas ações de socorro ao Rio Grande do Sul, afetado por fortes chuvas desde o fim do mês ado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mais uma vez chamou a atenção de seu corpo ministerial.
O presidente destacou a importância de cada ministra ou ministro se esforçar para comunicar de forma consistente o que está acontecendo, evitando fornecer informações duvidosas ou inventadas.
"Cada ministro que for falar, ou cada ministra, tentar falar sempre a mesma coisa que está acontecendo, não ficar dizendo coisa que não está acontecendo, ou ficar ficando inventando coisa que ainda não discutiu. Não dá para cada um de nós que tem uma ideia anunciar publicamente", afirmou Lula.
Durante a reunião, Lula também mencionou que o problema não se resume apenas às "chuvas", mas também às "comportas". Embora não tenha fornecido detalhes específicos, a zona norte de Porto Alegre (RS) entrou em alerta após o rompimento de uma das comportas do lago Guaíba, conhecida como portão 14.
“Me parece que não foi apenas o fenômeno da chuva; parece que há um fenômeno relacionado às pessoas que não cuidaram das comportas como deveriam, há muito tempo. No entanto, este é um problema que será solucionado a partir de agora. Estamos comprometidos em apresentar nossa contribuição ao povo do Rio Grande do Sul", disse.
Crítica ao 'negacionismo'
O presidente Lula também reiterou sua crítica ao negacionismo das mudanças climáticas, ressaltando isso em meio à tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul.
“Muitas vezes, os negacionistas tentam transmitir à humanidade, à sociedade, a ideia de que as questões climáticas, como aquecimento global, chuvas intensas e furacões, são temas s a ambientalistas ou intelectuais. No entanto, o mundo está ando por um processo de transformação que só os esforços humanos serão capazes de controlar".
O encontro ministerial teve início por volta das 18h30 no Palácio do Planalto. Antes disso, Lula se reuniu remotamente com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão), além dos presidentes do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), juntamente com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS), onde anunciaram um acordo para suspender o pagamento da dívida do estado com a União.
O Rio Grande do Sul enfrenta chuvas e inundações, que já resultaram na morte de mais de 140 pessoas, deixando mais de 120 desaparecidos.
Na semana ada, o presidente, que visitou o Estado duas vezes, anunciou um pacote de socorro no valor de quase R$ 51 bilhões, incluindo antecipação de benefícios e linhas de crédito com juros reduzidos.
Para esta terça-feira (14), o governo está preparando o anúncio de medidas financeiras diretas para auxiliar as vítimas. Na quarta-feira (15), Lula planeja retornar ao estado