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Lula é liberado pela equipe médica e volta a Brasília nesta quinta-feira (19)
Presidente realizou tomografia durante a manhã e comandará a reunião ministerial nesta sexta-feira (20)
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi liberado pela equipe médica para retornar a Brasília. A alta foi dada após o petista realizar uma tomografia, na manhã desta quinta-feira (19), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Lula permaneceu 10 dias na capital paulista, sendo seis deles internado, período em que ou por dois procedimentos na cabeça para tratar um sangramento interno.
De acordo com o cardiologista Roberto Kalil Filho, Lula pode retomar normalmente a rotina de trabalho. No entanto, o presidente recebeu a orientação de evitar exercícios físicos nas próximas semanas, embora a parte cognitiva esteja perfeita.
“O estado geral dele é bom e a equipe médica liberou para ir a Brasília no dia de hoje. [...] O hematoma não existe mais e foi um controle tomográfico após uma cirurgia desse porte”, garantiu o médico pessoal do presidente.
Lula viaja ainda na manhã desta quinta-feira para a capital federal em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), onde ficará no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. Em Brasília, o petista será acompanhado pela infectologista Ana Helena Germoglio, médica da Presidência da República.
Segundo ela, em cerca de 10 dias, o presidente repetirá o exame de imagem em Brasília, onde ele permanecerá com acompanhamento contínuo. Além disso, Ana Helena informou que Lula deve ar o Natal e o Ano Novo na capital federal, diferentemente de 2023 e dos anos de seus outros dois mandatos.
Reunião ministerial
Lula deve comandar na tarde desta sexta-feira (20) uma reunião ministerial de fim de ano, no Palácio da Alvorada. Devido à recuperação do presidente, o evento teve de ser adaptado e será menos formal, em formato mais semelhante a uma “confraternização”.
Além disso, nas próximas semanas, há uma expectativa de que o petista utilize com mais frequência o Alvorada para despachos e reuniões. Ministros já defenderam que ele reduza sua carga de trabalho devido à idade avançada e aos últimos problemas de saúde.
Entenda
Lula procurou atendimento médico na noite do dia 9 de dezembro, depois de ar o dia indisposto e sentir dores de cabeça. Uma ressonância magnética realizada no Hospital Sírio-Libanêse, em Brasília, mostrou uma hemorragia intracraniana, consequência da queda que o presidente sofreu no Palácio da Alvorada em 19 de outubro.
Ele foi transferido para o Sírio-Libanês em São Paulo e, onde na mesma noite (9) ou por uma cirurgia para drenar o hematoma intracraniano. A intervenção, chamada de trepanação, consiste na realização de uma perfuração no crânio para ar a parte cerebral.
A operação ocorreu sem intercorrências, mas Lula permaneceu monitorado na UTI. Na quinta-feira (12), foi realizado um procedimento complementar para evitar novos sangramentos: a embolização da artéria meníngea média, que interrompe o fluxo sanguíneo em uma área específica, parte do protocolo em casos como o do presidente.
No mesmo dia, ele teve retirado o dreno intracraniano colocado na primeira cirurgia. Ja na última sexta-feira (13), Lula ou a ser monitorado de forma menos rígida, quando deixou a UTI. O acompanhamento ou a ser feito com intervalos, ao invés de forma contínua, como anteriormente.
Em todas as atualizações médicas, foi informado que Lula estava "neurologicamente perfeito", "cognitivamente bem" e "apto a exercer qualquer tipo de trabalho", sem sequelas.