BRASÍLIA - Atualmente, 35% dos brasileiros classificam a atuação do governo federal como ótima ou boa, enquanto 31% a consideram ruim ou péssima. Em relação ao desempenho pessoal, a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de 50%, contra 46% de desaprovação.
Os dados são da pesquisa feita pelo instituto MDA a pedido da Confederação Nacional de Transporte (CNT) e divulgada nesta terça-feira (12). Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 137 municípios, entre 7 e 10 de novembro.
As avaliações positivas do governo e a aprovação de Lula oscilaram para baixo, dentro da margem de erro (de 2,2 pontos porcentuais), de maio para novembro.
Veja abaixo a avaliação do governo na série das últimas três pesquisas :
- Positiva: 43% em janeiro, 37% em maio e 35% em novembro.
- Regular: 28% em janeiro, 31% em maio e 32% em novembro.
- Negativa: 28% em janeiro, 30% em maio e 31% em novembro.
Leia a seguir as últimas três pesquisas sobre a atuação de Lula:
- Aprovam: 55% em janeiro, 51% em maio e 50% em novembro.
- Desaprovam: 40% em janeiro, 44% em maio e 46% em novembro.
Os entrevistados opinaram também sobre a expectativa para emprego, renda, educação, saúde e segurança nos próximos seis meses e temas como bets e o Bolsa Família.
Mais brasileiros acreditam que a economia está pior em relação a 2023 do que as que veem a economia melhor:
- A economia no Brasil em 2024 é vista de forma regular. A maior parcela dos entrevistados diz manter as despesas básicas, mas com dificuldades.
- 34,7% disseram que a situação econômica está pior que no ano ado, enquanto 27,7% avaliaram como melhor. Para 35,9%, a economia está igual.
- 60,5% disseram que a inflação teve muito impacto negativo no poder de compra. Para 26,4%, houve pouco impacto. Apenas 1,5% disse que a renda aumentou.
A maioria dos entrevistados demonstrou otimismo com o cenário para os próximos meses. A pesquisa CNT/MDA mostrou uma melhora nesse otimismo em relação ao levantamento feito em maio.
- Agora, 38,9% disseram que a situação do emprego vai melhorar – em maio, eram 35,7% dos entrevistados. O inverso é observado entre os que dizem que a situação vai piorar: são 22,3%, ante 27,5% em maio.
- A pesquisa mostra ainda que 35,1% dos entrevistados acreditam que sua renda vai aumentar nos próximos meses (eram 33,6% em maio). Para 10,8%, a renda vai diminuir (eram 12,3% registrados no primeiro semestre deste ano).
- Sobre a situação geral da economia para o ano que vem, 41,2% disseram acreditar que a perspectiva é positiva e a economia vai melhorar. Para 33,6%, vai piorar. Há 21,4% que dizem que ficará igual a este ano.
Para a maioria, o Bolsa Família serve como uma desmotivação para procurar emprego. O benefício, aumentado para R$ 600 no início do terceiro mandato de Lula, foi apontado como uma razão para as pessoas não buscarem emprego por 54% dos entrevistados. Já 15,4% disseram que o programa social serve como um incentivo para a procura de vagas no mercado de trabalho.
Cerca de 13% dos entrevistados disseram ter feito aposta online. Desses, 58% relataram ter perdido dinheiro. Já 21% afirmaram ter ganhado. A maioria acredita que a associação entre casas de apostas e times de futebol pode facilitar manipulações de resultados, que as apostas online geram mais prejuízos do que benefícios e que elas contribuem com comportamentos de risco, como o vício.
Lula e Bolsonaro empatados tecnicamente
A pesquisa CNT/MDA também trouxe dados sobre a intenção de votos em 2026 e do cenário político brasileiro. Confira abaixo alguns desses pontos da pesquisa CNT:
- No cenário de intenção de voto estimulado para as eleições de 2026, há um empate técnico entre Lula e Jair Bolsonaro, com 35% e 32%, respectivamente.
- Politicamente, 44% dos brasileiros se identificam como de direita ou centro-direita, com Bolsonaro sendo o preferido desse grupo (48%).
- Mantida a inelegibilidade do ex-presidente, os nomes mais fortes para essa parcela do eleitorado são Tarcísio de Freitas, Michele Bolsonaro e Pablo Marçal.
- Já entre os 24% que se identificam como de esquerda ou centro-esquerda, 60% preferem Lula.
- Caso ele não concorra, os principais nomes para esse grupo seriam Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSol) e Geraldo Alckmin (PSB).