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Após oito dias, Glauber Braga encerra greve de fome na Câmara
Deputado chegou a acordo com Hugo Motta; ele protestava contra o processo que pede a cassação de seu mandato
BRASÍLIA - O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) anunciou nesta quinta-feira (17) que vai encerrar a greve de fome iniciada no dia 9 de abril, após o Conselho de Ética da Câmara ter aprovado um pedido de cassação de seu mandato.
O anúncio foi feito após negociação com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos- PB), após costura foi feita pelos deputados Sâmia Bomfim (Psol-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ). O acordo firmado é para que o caso não seja analisado neste semestre pelo plenário.
O parlamentar estava sem se alimentar há mais de 200 horas. Durante todo este tempo, ele ficou acampado no plenário onde ocorreu a reunião do Conselho de Ética que decidiu pelo andamento do processo. Segundo sua assessoria, perdeu mais de cinco quilos, ingerindo apenas água, soro e isotônico. Ele ainda deve ar por um protocolo para transição da greve de fome para a alimentação normal.
“Vou anunciar a suspensão da greve de fome, mas quero fazer agradecimentos e depois falar da política: onde estamos, quais são as próximas etapas e para onde nós vamos”, afirmou Glauber.
Na próxima terça-feira (22), Glauber Braga apresentará um recurso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) contra o Conselho de Ética da Câmara, que, na última quarta-feira (9), decidiu pela cassação do mandato dele por quebra de decoro.
A CCJ não analisa o mérito do processo de cassação, mas verifica se há vícios de legalidade ou inconstitucionalidade. Nesse sentido, cabe ainda ao colegiado avaliar, quando identificado vício, se é possível corrigir o erro cometido ou se é necessário anular todo o processo.
Em publicação nas redes sociais, Hugo Motta afirmou que a apreciação do caso pelo plenário da Câmara só ocorrerá pelo menos 60 dias depois da votação do recurso apresentado à CCJ.
Hoje, nos bastidores, aliados de Glauber costuram um acordo pela manutenção do mandato do deputado. Um dos argumentos centrais é que a punição sugerida pelo relator, o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), é desproporcional. O deputado do PSOL virou alvo de representação no Conselho de Ética por agredir um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) na Câmara.