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A mudança foi determinada pelo STF em adequação ao Censo 2022, que atualizou o número de habitantes do país
BRASÍLIA - Com a volta da rotina de trabalho depois do Carnaval, a Câmara dos Deputados deve ter como uma de suas prioridades a mudança do tamanho das bancadas estaduais. O debate deve acontecer ao longo do primeiro semestre. O Supremo Tribunal Federal (STF) deu até 30 de junho para que o número de cadeiras seja atualizado pelo Censo 2022.
Há duas linhas de debate. Uma delas defende o aumento do número de cadeiras, com a criação de mais 14 vagas em sete Estados. A outra prevê a redistribuição das 513 cadeiras já existentes, com a revisão de acordo com a população de cada Estado. Dessa forma, algumas bancadas perderiam representantes.
O número de cadeiras na Câmara dos Deputados muda de acordo com a população de cada Estado. Alguns têm apenas oito representantes, como Acre, Amazonas e Tocantins. O que tem mais é São Paulo, com 70.
Essa representação, no entanto, não é atualizada desde 1993. Na época, o último Censo, feito dois anos antes, indicava 146,9 milhões de habitantes no país. O Censo 2022 atualizou esse número para 203,1 milhões de habitantes.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), é defensor da primeira tese para que a Casa tenha 527 vagas. “Penso que a solução seria um grande acordo para que aumentemos o número de vagas em 14, assim ninguém perderia”, declarou à rádio paraibana Arapuan FM em fevereiro.
Dessa forma, ganhariam vagas: Santa Catarina (4), Pará (4), Amazonas (2), Ceará (1), Goiás (1), Minas Gerais (1), e Mato Grosso (1).
"Não queremos prejudicar os Estados que ganhariam cadeiras, mas queremos evitar que outros percam. Estados muito importantes perderiam bastante com a redução de suas vagas", acrescentou Motta, ressaltando que a mudança obrigaria cortes para evitar aumento de despesas.
Redistribuição sem novas vagas
Um projeto em discussão na Comissão de Constituição e Justiça prevê a redistribuição entre as 513 já existentes, mudando as representações estaduais.
Nessa tese, alguns Estados perderiam cadeiras para que os já citados pudessem ganhar. Perderiam vagas: Rio de Janeiro (4), Rio Grande do Sul (2), Piauí (2), Paraíba (2), Bahia (2), Pernambuco (1), e Alagoas (1).
Veja abaixo o quadro de cada Estado com pela proposta de redistribuição:
- Acre: continua com 8 vagas
- Alagoas: perde uma vaga, saindo de 9 e ficando com 8
- Amapá: continua com 8 vagas
- Amazonas: ganha duas vagas, saindo de 8 e saltando para 10
- Bahia: perde duas vagas, saindo de 39 para 37
- Ceará: ganha uma vaga, saindo de 22 e saltando para 23
- Distrito Federal: continua com 8 vagas
- Espírito Santo: continua com 10 vagas
- Goiás: ganha uma vaga, saindo de 17 para 18
- Maranhão: continua com 18 vagas
- Mato Grosso: ganha uma vaga, saindo de 8 e saltando para 9
- Mato Grosso do Sul: continua com 8 vagas
- Minas Gerais: ganha uma vaga, saindo de 53 e saltando para 54
- Pará: ganha quatro vagas, saindo de 17 e saltando para 21
- Paraíba: perde duas vagas, saindo de 12 e ficando com 10
- Paraná: continua com 30 vagas
- Pernambuco: perde uma vaga, saindo de 25 e ficando com 24
- Piauí: perde duas vagas, saindo de 10 e ficando com 8
- Rio de Janeiro: perde quatro vagas, saindo de 46 e ficando com 42
- Rio Grande do Norte: continua com 8 vagas
- Rio Grande do Sul: perde duas vagas, saindo de 31 e ficando com 29
- Rondônia: continua com 8 vagas
- Roraima: continua com 8 vagas
- Santa Catarina: ganha quatro vagas, saindo de 16 e saltando para 20
- São Paulo: continua com 70 vagas
- Sergipe: continua com 8 vagas
- Tocantins: continua com 8 vagas
Quando determinou a mudança, o STF também definiu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá fazer a atualização das bancadas até 1º de outubro se o Congresso Nacional não fizer no prazo estipulado, que acaba em junho. A alteração ará a valer a partir de 2027, quando os parlamentares eleitos em 2026 tomarão posse.