PRESIDÊNCIA DA CÂMARA

Lira firmará apoio a Elmar para sucessão ainda em agosto; Marcos Pereira mantém candidatura

Presidente da Câmara, Arthur Lira, articulará apoio para vitória do aliado sobre o adversário Antônio Brito; Lula promete não interferir na disputa

Por Lara Alves
Atualizado em 29 de agosto de 2024 | 19:35

BRASÍLIA – Arthur Lira (PP-AL) planeja eleger o aliado Elmar Nascimento (União Brasil-BA) presidente da Câmara dos Deputados em seu último ato à frente do cargo. Com o mandato acabando em seis meses, Lira começará em setembro, em público, a articular o apoio para o escolhido.

A posição do presidente enfrentará ainda a resistência dos aliados de Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Antônio Brito (PSD-BA). 

Ainda que Elmar não seja o nome defendido pelo núcleo duro do Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em reunião na última segunda-feira (26) que não interferirá na eleição da Câmara.

A previsão é que, até sexta-feira (30), Lira se encontre com Lula para informá-lo da opção pelo deputado do União Brasil para sucedê-lo no cargo. A interlocutores, Lira diz que se manifestará publicamente sobre a decisão antes de setembro. 

A eleição ocorrerá em fevereiro, no início do próximo ano legislativo. E os três candidatos costuram, desde o ano ado, seus apoios. As movimentações de Marcos Pereira se intensificaram nas últimas semanas.

Uma fonte relatou a O TEMPO Brasília que o presidente do Republicanos abdicaria da própria candidatura em prol de Elmar Nascimento; entretanto, aliados de Pereira disseram, nesta quinta-feira (29), que ele se manterá candidato à sucessão de Lira.

Nos bastidores da Câmara também há indícios de que o vice-líder do blocão – que reúne MDB, PSD, Republicanos e Podemos, deputado Hugo Motta apoiará Pereira. 

Os dois candidatos, Elmar Nascimento e Marcos Pereira, miram os mesmos eleitores: deputados do Centrão, aliados próximos de Lira e a oposição. Evangélico, Pereira planeja ter o apoio da bancada. Brito, outra força presente na disputa, também disputa os votos do blocão, além do apoio de deputados da base e os do próprio partido.