A eventual candidatura do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Leite (MDB), o Tadeuzinho, ao governo de Minas Gerais em 2026 ganhou o coro do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB). A hipótese foi um dos temas sobre a mesa de um jantar reservado entre lideranças do MDB nessa segunda-feira (2 de junho), em Lourdes, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

O ministro dos Transportes veio a Belo Horizonte para formalizar a municipalização do Anel Rodoviário. Além de Renan e do próprio Tadeuzinho, o jantar, realizado no restaurante Glouton, reuniu o presidente estadual do MDB, Newton Cardoso Jr., o presidente municipal e ex-vereador, Gabriel Azevedo, e o deputado estadual João Magalhães.    

Apesar de Renan integrar o gabinete de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a eventual candidatura de Tadeuzinho ao governo não foi discutida como uma alternativa à do senador Rodrigo Pacheco (PSD) para ser um palanque em Minas Gerais para o presidente e pré-candidato à reeleição. O presidente da ALMG encabeçaria uma chapa de centro.

Lula já manifestou publicamente diversas vezes o desejo de que Pacheco seja candidato ao governo de Minas Gerais em 2026, mas o ex-presidente do Senado estaria reticente. A avaliação entre interlocutores do senador é a de que seria precoce decidir uma eventual candidatura agora, já que os partidos ainda estão ainda se rearranjando. 

A reação de Tadeuzinho ao aceno de Renan teria sido a mesma dada pelo presidente da ALMG a interlocutores quando uma eventual candidatura ao governo se torna assunto. O deputado estadual teria evitado dar qualquer sinal se aceitaria ou não. Procurado pelo Aparte, ele não respondeu às tentativas de contato da reportagem. O espaço segue aberto.

Renan fez coro à candidatura de Tadeuzinho ao governo de Minas em meio às discussões de uma federação partidária entre o MDB e o Republicanos, que tem o senador Cleitinho como pré-candidato ao Palácio Tiradentes. O deputado estadual Bruno Engler (PL) e o vereador Vile (PL) voltaram a patrocinar uma reunião entre o senador e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na última semana.     

Questionados se a pré-candidatura de Cleitinho não seria obstáculo a Tadeuzinho, interlocutores do MDB alegam que, ao contrário do senador, o presidente da ALMG, à frente do segundo mandato na Mesa Diretora, não teria nada a perder caso seja candidato ao governo de Minas. Para eles, Cleitinho, por exemplo, por ser senador, teria, sobretudo se for eleito.  

No último mês, Tadeuzinho foi convidado pelo presidente nacional do PSB, João Campos, para se filiar ao partido e ser candidato ao governo de Minas Gerais. Assim como no MDB, o presidente da ALMG encabeçaria uma chapa de centro. O objetivo da legenda é ter uma candidatura similar à que seria a do ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda em 2018.

O nome de Tadeuzinho também agradaria ao vice-governador e pré-candidato Mateus Simões (Novo), mas, neste caso, como um candidato a vice. Nos últimos meses, o governo Zema tem feito afagos ao presidente da ALMG em busca de tentar atraí-lo para uma composição, o que, por ora, é tratado como improvável. 

A avaliação entre interlocutores da ALMG é que Tadeuzinho deixará o próprio nome em banho-maria até tomar qualquer decisão. A pessoas próximas, o presidente tem reiterado, desde quando ganhou protagonismo durante as discussões por uma alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que será candidato à reeleição como deputado estadual.