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Zema quer caminhar para o centro em eventual disputa pela Presidência
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), quer caminhar mais ao centro para se diferenciar de um eventual candidato bolsonarista nas eleições
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), quer caminhar mais ao centro para se diferenciar de um eventual candidato bolsonarista nas eleições à Presidência da República em 2026. Fontes próximas ao governador, contudo, ressaltam que a ideia não é distanciar Zema da direita, mas abrir uma base de diálogo mais ampla com o eleitor de centro e evitar a vinculação do comandante do Palácio Tiradentes com um perfil mais “extremo”.
Essa, inclusive, será uma das missões do novo marqueteiro do chefe do Executivo, Renato Pereira, que comandou, no ado, campanhas vitoriosas como a de Aécio Neves (PSDB), em Minas, e Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro. O objetivo também a pela nacionalização da figura de Romeu Zema, que ainda fica restrita a Minas Gerais. O marqueteiro ainda não começou a trabalhar, apesar de já acompanhar o governador em entrevistas. A estratégia a ser tomada por Zema será definida a partir de março.
De acordo com o presidente estadual do Novo, Christopher Laguna, Zema não deve necessariamente caminhar ao centro, mas não será uma “direita extrema”. “Trabalharemos no discurso, e será parte de uma direita não extrema. O trabalho continua não ao centro, mas em uma interlocução que Zema converse, sim, com o centro”, diz.
A nacionalização da figura de Zema ainda é uma preocupação para o partido, reforça Laguna. “Ainda estamos discutindo como vamos nos comportar a nível nacional, mas o trabalho já foi iniciado depois da convenção em novembro quando decidimos que teremos um presidenciável. (Zema) estará em pautas nacionais”, completa. Como exemplo, ele cita o envolvimento do governador nas discussões sobre os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag).
Sobre as expectativas em relação ao trabalho do novo marqueteiro, Laguna diz que o objetivo é que o partido esteja preparado para a campanha nacional em 2026, mas também ando pela eleição do governo do Estado, com o vice-governador Mateus Simões (Novo) como candidato, e com foco em bater a cláusula de barreira. “Estamos cuidando do nosso jardim”, completa o dirigente partidário.
Candidatura de Zema
A candidatura de Romeu Zema à presidência em 2026 está engatilhada, mas ainda será avaliada pela direção do Novo. O governador mineiro é a principal figura do partido no país e conta com simpatia dos dirigentes, contudo, existe o receio de que a concentração de recursos em uma candidatura à presidência retire recursos das campanhas de deputados federais, que serão um dos focos do Novo em Minas.
O partido está em processo de montagem da equipe que irá planejar a eleição de 2026. A escassez de recursos fez a preocupação vir à tona e colocou a legenda em uma encruzilhada. Por um lado, existe o temor de que o partido não consiga eleger o mínimo de deputados para ter o aos recursos do Fundo Eleitoral. Por outro lado, o Novo sabe que a candidatura do governador é a melhor oportunidade que a sigla tem de chegar à Presidência e manter protagonismo eleitoral.
Deputados da direita tratam Zema como centrista
Enquanto Zema tenta, de um lado, caminhar ao centro, o governador já é rotulado como centrista por deputados estaduais da direita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Conforme publicado por O TEMPO no fim do mês ado, parlamentares do PL avaliam que o governador não conversa bem com o bolsonarismo para representar a direita e teria um perfil mais voltado à centro-direita.