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Ricardo Campos lança candidatura ao comando do PT de olho na ‘militância raiz’
Deputado estadual destacou que a maior falha da atual direção estadual foi o afastamento dos diretórios municipais
O deputado estadual Ricardo Campos fez o anúncio oficial de sua candidatura à presidência do PT nesta segunda-feira (19 de maio), em uma coletiva de imprensa na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Em seu discurso, ele mirou a “militância raiz” da legenda e destacou que a maior falha da atual direção estadual foi o afastamento dos diretórios municipais.
“Somos o único Estado do Sudeste que o presidente Lula venceu em 2022; uma vitória que vem do interior e nós temos que dar uma atenção especial para essa cidades, para este militante que tem garantido nosso crescimento no Estado”, disse.
Ricardo Campos vai disputar a presidência do partido pela corrente interna chamada “Movimento PT”, capitaneada pelo ex-deputado Virgílio Guimarães, que também participou do anúncio. O grupo controla, atualmente, o diretório municipal da capital mineira, com o presidente Guima Jardim.
Entre as principais lideranças ao lado de Ricardo Campos durante o anúncio foi, inclusive, um vereador da capital mineira, Pedro Rousseff, o mais votado do partido na cidade. Mesmo sendo de Belo Horizonte, ele destacou a importância de intensificar o diálogo com o interior. “Hoje temos 600 diretórios mal-atendidos. A convicção na candidatura do Ricardo é que ele irá trabalhar por todos os municípios e diretórios, por menor que eles sejam. Há uma desconexão visível entre o diretório estadual e os pequenos diretórios no Estado”, argumenta Pedro Rousseff.
Além dos petistas de Belo Horizonte, participaram do lançamento da candidatura de Ricardo Campos o deputado federal Paulo Guedes, com base eleitoral no Norte de Minas, e os ex-deputados Ivo José e Cecília Ferramenta, do Vale do Aço.
Ricardo Campos disse que a relação do PT de Minas com o governo Lula pode melhorar e avalia que os petistas do Estado, com unidade, poderiam ter maior participação no governo federal, mas ressaltou que a prioridade, caso seja eleito presidente da legenda, será possibilitar alianças que possam garantir a reeleição do projeto nacional. Ele repetiu o discurso de outros candidatos ao comando da legenda e deu a entender que o partido, apesar de ter bons nomes, estaria disposto a abrir mão de uma cabeça de chapa para compor com lideranças que fortaleçam o projeto de Lula no país.
Além de Ricardo Campos, disputam o comando do PT a deputada federal Dandara Tonantzin, que tem o apoio do atual presidente do partido, Cristiano Silveira; a deputada estadual Leninha, vice-presidente da Assembleia; Esdras Juvenal e Juanito Vieira.
Disputa nacional
As eleições para nova direção do PT de Minas acontecem em 6 de julho, junto com a eleição para escolha dos novos dirigentes nacionais da legenda. Além da candidatura estadual, o grupo de Ricardo Campos irá também lançar o mineiro Romênio Pereira para disputar a presidência nacional do partido.
Romênio foi mais enfático em sua fala em relação a relação de Minas com o governo federal. Ele destacou que não é o candidato de Lula à presidência do partido e defendeu mais valorização da militância. “Existe sim uma participação dos mineiros no governo menor do que a nossa contribuição eleitoral. Minas deve se colocar. Os fundamentos que fizeram o PT crescer e vencer eleições devem ser priorizados. Os demais candidatos à presidência da legenda são paulistas; são companheiros importantes, qualificados, mas precisamos nos colocar na eleição”, avalia.