O vereador eleito Pedro Rousseff (PT) está sendo investigado pela Polícia Federal devido a uma doação recebida em sua campanha no valor de R$ 60.309,94, realizada por uma pessoa de mesmo nome. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o petista esclareceu que a doação que está sendo investigada foi feita por seu pai, que possui o mesmo nome. Ele acusou a intimação da PF de ser “ridícula e ilegal” e anunciou que tomará medidas contra o delegado responsável. Pedro foi o sexto vereador mais votado em BH, com 17 mil votos.

“Querem caçar o nosso mandato antes mesmo da gente assumir. De presente de aniversário, recebi uma intimação para depor na Polícia Federal por conta de uma denúncia completamente ridícula e ilegal. O delegado vasculhou a minha vida inteira, de cabo a rabo, e não conseguiu perceber um fato muito simples: que meu pai também se chama Pedro Rousseff. Como que o delegado investiga tudo e não percebe que no PIX o F do doador não é o meu F?”, questionou.

A reportagem do O TEMPO ou as doações declaradas na Justiça Eleitoral por Pedro Rousseff e constatou que a doação de R$ 60.309,94 foi feita sob um F diferente do vereador eleito. À reportagem, Pedro explicou que não possui patrimônio, e por isso mesmo não poderia doar dinheiro para a própria campanha, mas destacou que o pai é médico e que o montante doado por ele está dentro do limite legal. Além disso, o vereador eleito informou que é registrado como Pedro Farah Rousseff, enquanto o nome do pai é apenas Pedro Rousseff. 

No vídeo publicado nas redes, Pedro acusou o delegado responsável pela intimação, Alexandre Leão Batista Silva, de perseguição, e destacou que ele já foi ex-secretário-executivo de Segurança Pública do governo Romeu Zema, com indicação do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. O vereador eleito anunciou que pretende protocolar uma denúncia contra o delegado na Corregedoria da Polícia Federal. “Nós vamos abrir uma investigação e uma denúncia contra ele na Corregedoria. A justiça brasileira não pode ser utilizada para perseguir opositores, oponentes e para poder destruir reputações”, declarou.

A Polícia Federal ainda não se manifestou oficialmente sobre as alegações do vereador eleito. A assessoria de Alexandre Leão Batista Silva e representantes do governo de Minas Gerais também não comentaram o caso até o momento.