ESG, a sigla que está revolucionando o mercado
Como a empresa se posiciona em relação à sociedade e ao planeta
Não é de hoje que o termo ESG está no radar do mercado corporativo. A crescente preocupação com a sustentabilidade tem gerado reflexões sobre a função social das empresas e o papel do setor privado na solução de desafios globais.
O assunto se tornou uma das principais pautas do mercado e vem sendo amplamente discutido entre executivos de todos os perfis. No Open Mind Brazil – que já reúne mais de 200 lideranças de grandes empresas – por exemplo, o tema é frequente em debates e eventos promovidos pelo clube de relacionamento digital.
A sigla – que vem do inglês “Environmental, Social and Governance”, ou seja, Ambiental, Social e Governança (ASG, em português) – é apontada pelo mercado como uma das principais tendências para os próximos anos. Essas três palavras fazem referência aos principais fatores que medem o índice de sustentabilidade e impacto social de uma empresa. E, mais do que nunca, o conceito precisa ser aprendido e empregado nas organizações que pretendem manter competitividade e alinhamento com seu público.
Isso porque o ESG tem grande impacto em como uma empresa é vista, independentemente de seus resultados financeiros, em um cenário em que propósitos e valores de uma corporação são cada vez mais valorizados por investidores e também pelo consumidor final.
A verdade é que cuidar do meio ambiente, ter responsabilidade social e adotar melhores práticas de gestão tornou-se obrigação das empresas. O que antes talvez fosse visto como idealismo ou ambientalismo agora interfere diretamente nos resultados de uma organização.
Empresas preocupadas com questões ESG tendem a se destacar em seus nichos, já que o consumo consciente é uma tendência mundial. Além disso, constroem um bom relacionamento com o governo e a população, pois reconhecem seu papel de agentes transformadores da sociedade, sem colocar o lucro acima de tudo.
Isso não quer dizer, no entanto, que essas empresas ganhem menos dinheiro se pautando por valores sustentáveis. Ao contrário. O ESG serve como um selo de qualidade para a empresa e determina como ela se posiciona em relação à sociedade e ao planeta, inclusive oferecendo mais transparência. Porém, é um fato que esse conceito precisa evoluir.
Segundo um estudo recente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), apenas entre 10% e 15% das organizações entenderam a relevância de todo o processo e aderiram às boas práticas nos três eixos do ESG, enquanto o índice a de 50% na Europa.
Já a maioria das empresas brasileiras que investem em sustentabilidade – 59,4% – estão apenas pensando em obter uma imagem institucional melhor. Não entenderam ainda que manter uma operação ambiental e socialmente responsável deixou de ser diferencial.
Afinal, não basta a empresa ser lucrativa, ela precisa incorporar essas três práticas, para gerar real valor de mercado e garantir vida longa ao negócio. Assim, existe um novo paradigma de negócios em implementação nas empresas que trazem uma série de novas oportunidades.