Rodrigo Silva
CIO Nitro Agro & Quimica e membro do Open Mind Brazil

No ambiente corporativo atual, a informação tornou-se o recurso mais valioso de qualquer organização. Em um mercado cada vez mais competitivo, empresas que não conseguem organizar, proteger e utilizar seus dados de forma estratégica correm o risco de ficar para trás. É nesse contexto que a governança de dados se apresenta como uma peça-chave para o sucesso.

A governança de dados vai além de apenas gerenciar informações; ela envolve processos, políticas, ferramentas e, principalmente, pessoas, com o objetivo de garantir que os dados estejam sempre corretos, íveis, seguros e alinhados às metas estratégicas do negócio. Para que isso seja possível, os executivos precisam estar preparados para manter a integridade dos dados mestres – informações essenciais, como cadastros de clientes, produtos, fornecedores e colaboradores, que servem como base para decisões críticas.

Empresas que negligenciam a qualidade de seus dados enfrentam sérios desafios, como relatórios imprecisos, desperdício de recursos e perda de oportunidades de mercado. Por outro lado, quando a informação é confiável e bem gerida, ela permite que líderes tenham uma visão holística do negócio, identifiquem tendências, ajustem estratégias em tempo real e tomem decisões mais assertivas.

Um dos pilares mais importantes da governança de dados é a precisão da informação. Relatórios empresariais só têm valor real quando baseados em dados corretos e atualizados. Decisões equivocadas causadas por informações inconsistentes podem levar a prejuízos financeiros, riscos à reputação e até problemas de conformidade legal. Nesse sentido, a governança não é apenas uma necessidade técnica, mas uma estratégia de sobrevivência no mercado.

Além disso, a crescente regulamentação sobre privacidade de dados, como a LGPD no Brasil e o GDPR na Europa, reforça a importância de práticas de governança para garantir a conformidade legal. Empresas que investem em segurança e transparência na gestão de dados não apenas evitam multas, mas também conquistam a confiança de clientes e parceiros.

Por fim, é essencial que a governança de dados seja vista como uma responsabilidade de toda a organização, e não apenas do departamento de TI. Executivos de todas as áreas precisam entender que, no mundo corporativo atual, dados são o ativo mais estratégico. Investir em processos, tecnologias e capacitação para garantir a qualidade e a integridade dessas informações não é um custo, mas um diferencial competitivo, que pode determinar o sucesso ou o fracasso de uma empresa.

Afinal, quem domina seus dados domina seu mercado.