e mais publicações de José Reis Chaves

José Reis Chaves

José Reis Chaves é teósofo e biblista e escreve às segundas-feiras. E-mail verdadeiro: [email protected] do escritor, ex-seminarista redentorista, professor de português e literatura formado na PUC Minas, jornalista e teólogo espírita, tradutor da Bíblia, NT, lançado, também, em inglês nos Estados Unidos

JOSÉ REIS CHAVES

A reencarnação ou palingenesia está na Bíblia

Palingenesia nunca foi  regeneração, e sim reencarnação

Por José Reis Chaves
Publicado em 07 de abril de 2025 | 07:00

No cristianismo primitivo, ou seja, até o Concílio Ecumênico de Constantinopla, de 553, convocado pelo imperador Justiniano, a reencarnação era aceita, normalmente, pelo cristianismo. E santo Agostinho e santo Ambrósio, dois gigantes da teologia iniciante cristã, ensinaram que a reencarnação era uma verdade, mas que não seria bom o povo saber. Isso porque ele iria parar de cuidar de sua salvação, deixando isso para outra vida, e as igrejas iriam ficar vazias. É o que ocorre também hoje com muitos teólogos e líderes religiosos que têm medo de aceitar, abertamente, a reencarnação.É verdade que a Bíblia tem muitas alterações.

Segundo Bart Denton Ehrman, presidente de organização americana composta por ex-padres e ex-pastores – ou seja, a Companhia de Jesus – e considerado por muitos o maior biblista do mundo, a Bíblia tem cerca 400 mil alterações. Mas falsificar os textos originais da Bíblia é muito grave!

A palavra “reencarnação” foi criada por Kardec, mais ou menos, em 1860. Então, ela não pode estar na Bíblia, cuja escrita terminou, mais ou menos, no ano 90 desta nossa Era Cristã, ou seja, quase 2.000 anos depois de a escrita da Bíblia ter sido terminada com o Apocalipse.

E porque a palavra “reencarnação” não pode, pois, estar na Bíblia como vimos, os contrários às vidas sucessivas falam sempre que a reencarnação não está na Bíblia. E eles não falam a razão disso, como se a Bíblia fosse contrária a ela. Mas a reencarnação está na Bíblia, sim, com seu sinônimo “palingenesia”, palavra grega no Novo Testamento, sobre o que trataremos. Traduzida para o português, ela tem a mesma forma grega. Quem quiser, pode constatar isso em qualquer um bom dicionário de português.

O que vou dizer agora é baseado no ex-padre da Igreja Católica Pastorino, doutor em Bíblia em Roma e professor de grego. Tornou-se espírita, aprofundando-se muito no estudo da mediunidade, e é o autor do livro “Minutos de Sabedoria”.

 Pastorino mostrou que tradutores da Bíblia modificaram o sentido original de alguns de seus textos, para esconder o espiritismo. Entre eles destaco o da pequena Carta de Paulo a Tito e, também, o capítulo 19:28 de Mateus, em que a palavra “palingenesia” – que já vimos à saciedade que é sinônima de “reencarnação” tanto no grego como no português –, no entanto, foi traduzida, erradamente, por “regeneração”, truncando o texto, a fim de esconder a ideia da reencarnação, ou palingenesia.

Pondo mais clareza nessa questão, dizemos que a regeneração ocorre durante as reencarnações, mas que palingenesia nunca foi regeneração, e sim reencarnação!

Com este colunista, professor de português e literatura aposentado, “Presença Espírita na Bíblia”, na TV Mundo Maior. Palestras e entrevistas em TVs com ele (YouTube e Facebook). Seus livros estão, também, na Amazon, inclusive, os em inglês. E a tradução da Bíblia (N.T.). [email protected] Cassia e Cléia.