Caminhamos para o terceiro mês de futebol em Minas; e aí, qual o balanço?
América, Atlético e Cruzeiro ainda mostram muitas carências

Lá vamos nós, entrando no terceiro mês do ano. E nestes dois meses de futebol aqui nas Gerais, já podemos fazer um balanço do que (provavelmente) teremos pela frente no ano.
Claro, muita coisa ainda pode (e vai) mudar, nos três grandes mineiros. Estamos na reta final do Campeonato Mineiro, com os três já classificados.
Mas vamos por ordem alfabética. O América, de forma vexatória, já deu adeus à Copa do Brasil. Para mim, entre os três, o coelho é quem mostra o melhor futebol neste início de temporada. Faz um bom Estadual, e só não se classificou na Copa do Brasil porque abdicou de jogar futebol contra o Maringá. Pegou o regulamento, que lhe dava a classificação com um empate e tentou usá-lo. Não deu, levou dois gols no final e já está fora.
Mas vejo que o Cauan de Almeida está no caminho certo. Montou um time e vai com ele, mexendo o mínimo possível, dando entrosamento ao grupo. Mesmo com a perda de Mastriani, conseguiu suprir à altura, com a entrada de Renato Marques. Acho que o Coelho vai fazer um bom papel na reta final do Mineiro e, principalmente, na Série B, seu grande objetivo no ano.
Já o Atlético é quem mais decepciona. Vindo de um terceiro lugar no Brasileiro de 2023, com o mesmo técnico, o mesmo grupo e com o luxuoso acréscimo de Gustavo Scarpa, não mostra praticamente nada. A se ressaltar somente o 'surgimento' do jovem Alisson Santana. De resto, um time pobre, sem repertório, sem esquema, sem jogadas, sem nada.
Uma equipe que se mostra extremamente mal treinada, sem quase nada a se destacar. Jogando contra times do interior, com qualidade bem abaixo, sofre para buscar um gol outro ali. E depende, mais uma vez, da individualidade do seu 'fora de série', o atacante Hulk. Quando ele resolve jogar, decide e faz o resultado para o Galo. O restante da equipe, quase a nada a se destacar. E olha que, além do Mineiro, o Galo disputará a Libertadores, a Copa do Brasil e o Brasileirão.
E fechando a trinca da capital, o técnico do Cruzeiro, Nicolás Larcamón, aos poucos, parece, vai dando uma cara ao time. Ainda não é possível saber como será o futuro celeste, já alguns reforços acabaram de estrear (Villalba e Cifuentes) e outro sequer entrou em campo ainda (Barreal).
O time, que também de forma vergonhosa, já deu adeus à Copa do Brasil, será montado com dois ou três zagueiros? Se for com três, quem roda? Marlon? E o meio-campo, terá Cifuentes? Lucas Silva segue? Na frente, como fica a configuração? A Raposa inda terá, além do Mineiro, a Copa Sul-Americana e o Brasileiro, competições difíceis.
Enfim, segue o baile, ainda sem sabermos como será o futuro próximo do futebol mineiro.