Um novo estudo publicado na revista Science levanta dúvidas sobre a eficácia da taurina como suplemento antienvelhecimento. Embora pesquisas anteriores tenham sugerido benefícios, os resultados recentes indicam que os níveis de taurina no sangue não diminuem consistentemente com a idade, e sua variabilidade entre indivíduos é maior do que ao longo do tempo em um mesmo indivíduo.

Estudos anteriores e o entusiasmo com a taurina

Em 2023, um estudo liderado por Vijay Yadav indicou que a suplementação de taurina poderia melhorar a saúde e prolongar a vida em ratos. Esses resultados geraram entusiasmo sobre o potencial da taurina como suplemento antienvelhecimento para humanos.

Novas descobertas desafiam suposições anteriores

O estudo recente, liderado por Rafael de Cabo, analisou dados longitudinais de humanos, macacos e ratos. Os pesquisadores descobriram que os níveis de taurina não diminuem consistentemente com a idade e que a variabilidade entre indivíduos é maior do que as mudanças ao longo do tempo em um mesmo indivíduo. Além disso, a correlação entre os níveis de taurina e marcadores de saúde foi inconsistente.

Implicações para o uso da taurina como biomarcador

Essas descobertas sugerem que a taurina pode não ser um biomarcador confiável para o envelhecimento. De acordo com De Cabo, a taurina é sensível a múltiplos fatores fisiológicos, o que dificulta seu uso como indicador consistente de saúde ou envelhecimento.

Ensaios clínicos em andamento

Apesar das dúvidas, pesquisas sobre a taurina continuam. Vijay Yadav está conduzindo um ensaio clínico controlado para avaliar os efeitos da suplementação de taurina em humanos. Até que resultados mais conclusivos estejam disponíveis, especialistas recomendam cautela no uso de suplementos de taurina para fins antienvelhecimento.

Com informações de Live Science