Robert Francis Prevost, o papa Leão XIV, é o segundo pontífice consecutivo oriundo das Américas
Sua reputação como moderado e construtor de pontes, também pode ser crucial em um momento em que a igreja parece profundamente dividida
Robert Francis Prevost é o novo papa e o segundo americano consecutivo a ser conduzido ao posto máximo da igreja Católica. Seu antecessor Francisco era argentino. Leão XIV é natural de Chicago, tornou-se prefeito do poderoso Dicastério para os Bispos, encarregado de nomear bispos em todo o mundo, em 2023. Prevost foi missionário no Peru e, anos depois, foi nomeado arcebispo emérito de Chiclayo, no país andino. Ele também é o presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina.
O cardeal americano Robert Prevost, chegou ao Peru como um jovem missionário agostiniano e, do país andino, partiu como bispo para o Vaticano, para se tornar uma figura central na istração do papa Francisco.
Sua reputação como moderado e construtor de pontes, também pode ser crucial em um momento em que a igreja parece profundamente dividida.
"Muito para fazer"-
Prevost ou um terço de sua vida nos Estados Unidos. O restante entre a Europa e a América Latina, uma das periferias do mundo, de onde também era natural o argentino Jorge Mario Bergoglio.
O jornal italiano La Repubblica o chamou de "o menos americano dos americanos" pela moderação de suas palavras. A ideia de um papa americano foi descartada durante séculos, em Roma, seja pela distância --estavam tão longe que geralmente chegavam atrasados aos conclaves-- ou por decisões geopolíticas.
Segundo o site especializado Crux, ter um pontífice da primeira potência mundial também levantou temores de que a CIA pudesse colocar as mãos na Igreja. Arcebispo emérito de Chiclayo, cerca de 750 quilômetros ao norte de Lima, Prevost deixou o Peru para se juntar ao governo do Vaticano, onde chefiou o Dicastério para os Bispos, que tem a importante função de aconselhar o papa sobre a nomeação de líderes da Igreja.
Após a morte de Francisco, Prevost disse que ainda havia "muito a fazer" na transformação da Igreja. "Não podemos parar, não podemos retroceder. Temos que ver como o Espírito Santo quer que a Igreja seja hoje e amanhã, porque o mundo de hoje, em que a Igreja vive, não é o mesmo que o mundo de 10 ou 20 anos atrás", disse ele, no mês ado, ao Vatican News.
"A mensagem é sempre a mesma: proclamar Jesus Cristo, proclamar o Evangelho, mas a maneira de alcançar as pessoas de hoje, os jovens, os pobres, os políticos, é diferente", acrescentou.