O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), confirmou presença no ato liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (25), na Avenida Paulista, em São Paulo. A informação foi confirmada por O TEMPO em Brasília.

A manifestação foi convocada por Bolsonaro após operações de busca e apreensão da Polícia Federal que miraram o ex-presidente e aliados que fizeram parte de sua gestão, no dia 8 de fevereiro, pelo inquérito que investiga um suposto plano golpista para mantê-lo no poder após as eleições de 2022.

Também confirmaram presença no evento os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); de Goiás, Ronaldo Caiado (União); e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), além do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB) e dezenas de deputados e senadores. Todos os governadores terão direito a discurso.

Há uma orientação, emitida pelo próprio ex-presidente, para que sejam evitados ataques e ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), tema comum no bolsonarismo. O objetivo é evitar que eventuais faixas ou palavras de ordem nesse sentido possam agravar a situação jurídica de Bolsonaro.

A expectativa dos organizadores é que dezenas de caravanas de estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal cheguem a São Paulo para participar da manifestação.

Além da defesa do ex-chefe do Executivo e de pautas ligadas ao bolsonarismo, deve servir de combustível para o ato deste domingo a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que comparou os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto, o massacre promovido pela Alemanha Nazista contra os judeus na Segunda Guerra Mundial.

Bolsonaro é defensor da política de Israel e costuma usar a bandeira do país com frequência. O ex-presidente também era próximo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que classificou a fala de Lula como "vergonhosas e graves".