O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), discursou nesta sexta-feira (8) na Conferência Eleitoral do partido, sediada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Durante o evento, que contou com propósito de fortalecer os pré-candidatos em todo o Brasil, visando às eleições municipais de 2024, o petista questionou "o que seria do Brasil sem o PT?".
"Eu sempre me pergunto o que seria do Brasil se não tivesse a existência do PT, (partido) que já foi ameaçado de destruição no ado", questionou. Em sua fala, o presidente ainda citou a necessidade de conquistar o eleitorado evangélico e lembrou aos militantes que o caminho será "difícil" (veja mais abaixo).
A atmosfera característica das eleições da agremiação foi sentida na conferência. E foi marcada por um ambiente musical embalado por "Caminhando", de Geraldo Vandré, e "Apesar de Você", de Chico Buarque, enquanto bandeiras do PT e camisetas vermelhas adornavam o local.
Em 2020, o partido viu uma redução significativa na eleição de prefeitos, elegendo 183, o que representou uma queda de 71% em comparação ao pleito anterior. Ao mesmo tempo, Lula viu a ampliação da base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O PL, inclusive, tem intensificado eventos em todo país para ampliar o número de filiados e candidatos nas eleições do ano que vem.
No evento desta sexta-feira (8), como informou a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), o partido delineou estratégias para ampliar a sua base de representação municipal. Entre elas, maior expressão digital, territorial e enfrentamento contra os adversários aliados do ex-presidente.
Um ano de governo Lula 4u5n5v
Fazendo um gesto de aproximação com a militância, Lula lembrou ainda que daqui a poucos dias o governo completará um ano de mandato. De acordo com ele, durante seus dois mandatos anteriores como presidente, trabalhou tanto quanto nesses dois meses iniciais no "processo de reconstrução".
Apesar deste fator, ele ponderou que não é a reconstrução que vai ajudar a ganhar as eleições, mas o debate político ideológico para mostrar a diferença do projeto de cidades que os candidatos do PT vão construir. E ainda prometeu ser um "bom cabo eleitoral" para os seus aliados.
Eleições polarizadas continuam 3g52
O petista também ressaltou que a próxima eleição se polarizará entre os apoiadores dele e os de Bolsonaro: "A eleição será uma disputa entre Lula e Bolsonaro". Ele ressaltou a importância de uma aproximação com o público evangélico, parte expressiva de apoio ao político do PL.
“Como é que a gente vai chegar nos evangélicos? (…) Companheira Benedita [deputada federal], se fosse fácil, colocava você, que é a mais linda evangélica deste país para resolver os nossos problemas, mas não é você. Não é individualmente um problema de uma pessoa. É uma narrativa que temos que aprender para conversar com essa gente", completou.