O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), já avisou ao Palácio do Planalto que estará de férias e não irá comparecer ao ato em 8 de janeiro de 2024, convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Diferentemente de outros chefes de Poderes que mudaram os planos para comparecerem ao evento, o emedebista não vai mudar seus planos. 

Na data, será realizado um ato conjunto no Congresso Nacional em defesa da democracia. Na ocasião, se completará um ano de quando os prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) foram alvos de depredação por pessoas inconformadas com os resultados das eleições de 2022.

No mesmo dia dos ataques aos prédios públicos na capital federal, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afastou Ibaneis do cargo por “conduta dolosamente omissiva”. Foi até mesmo revelado um áudio em que ele dizia que “iria tirar uma soneca no dia”. O governador somente voltou ao cargo em 15 de março também por uma decisão de Moraes. 

Outros chefes de Poderes vão marcar presença 555wn

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), contou que desmarcou até mesmo uma viagem familiar durante o recesso parlamentar a pedido do petista, que insistiu para que ele estivesse presente. O mesmo foi feito com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que na data também já teria outro compromisso marcado. Arthur Lira (PP-AL), que comanda a Câmara dos Deputados, também estará presente. 

O petista ainda alertou os ministros de seu governo para que estejam em Brasília na data, durante reunião ministerial realizada na última semana. "Eu queria lembrar aos companheiros ministros. Ninguém está pedindo para vocês não viajarem, mas eu quero a presença de todos os ministros e ministras no dia 8 de janeiro aqui. [...] Depois vocês podem voltar a descansar, porque todos merecem um descanso", afirmou.

Em 8 de janeiro de 2023, manifestantes contrários ao resultado eleitoral que acampavam em frente ao Quartel-General do Exército na capital federal, se deslocaram para a Esplanada dos Ministérios e destruíram os prédios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto. Muitos foram presos e alvo de ações na Justiça.