Matheus Resende, prefeito de São Joaquim de Bicas, está construindo dez unidades para a educação
São R$ 85 milhões investidos diante de acordo de municipalização do ensino da prefeitura com o governo de Minas Gerais, que ofereceu os recursos para as obras.
Matheus Resende, prefeito de São Joaquim de Bicas (MG), é o nono entrevistado na Temporada Minas S/A Desenvolvimento e Construção em todas as plataformas de O Tempo.
Apesar dos desafios na educação no pós-pandemia, São Joaquim de Bicas vai viver uma nova fase com a expansão no ensino.
Entre as obras de escolas e creches, o prefeito Matheus Resende conta que já tem uma unidade entregue, seis em andamento e três que terão as obras iniciadas.
São R$ 85 milhões investidos nas dez unidades diante de um acordo de municipalização do ensino do primeiro ao nono ano da Prefeitura Municipal de São Joaquim de Bicas com o governo de Minas Gerais, que ofereceu os recursos para as obras.
"O foco maior do nosso grupo político é regionalizar a educação para levar as escolas e as UBs (na saúde) o mais perto da casa da população", informa Resende.
No caso da rede de UBs, o prefeito está inaugurando em abril três unidades.
Com 74 bairros divididos em 7 regionais, o plano estratégico de Matheus Resende é que todos os bairros estejam próximos a alguma UBs.
Além disso, o plano é desafogar o atendimento da policlínica da cidade e equipar a unidade, que já faz pequenas cirurgias, com outras especialidades.
No incentivo ao turismo e ao lazer, São Joaquim de Bicas já experimenta o Festival de Gastronomia que recebe 100 mil pessoas durante 4 dias. Por isso, o plano do prefeito é incrementar as festas na cidade.
Outra novidade que vai mudar o cenário econômico da cidade será o gasoduto que vai ar em São Joaquim de Bicas a partir de janeiro de 2026, conforme entendimentos da Gasmig, órgão do governo do Estado, responsável pela instalação, com o prefeito.
O gasoduto atrai a instalação de novas empresas na cidade por conta do custo da energia que barateia com o gasoduto.
A seguir, a íntegra da entrevista de Matheus Resende, prefeito de São Joaquim de Bicas:
HL: Matheus, 33 anos, você é de (São Joaquim) Bicas, e sempre aqui na entrevista eu peço para os prefeitos começarem contando um pouco da trajetória na cidade. Você tem uma trajetória belíssima da família, né, seu pai foi prefeito, seu avô já foi prefeito também, seu primo era prefeito e agora você mantém essa continuidade na cidade, mas para fazer obras. Como foi lá na sua infância, a sua vida toda em São Joaquim de Bicas, Matheus?
MR: Eu tive uma infância muito boa, graças a Deus, sempre fui uma criança mais tímida, mas sempre gostei da confusão que era a política. Então, eu nasci no meio de uma campanha, praticamente, acompanhando o meu pai, e pude acompanhar ele, a trajetória, a vontade, a paixão que ele tinha para transformar a cidade. Então, quando eu tinha 3 anos ocorreu o processo de emancipação da cidade, que pertencia a Igarapé, então já depois, em 1997, foi o primeiro mandato dele como prefeito, e eu sempre gostei de estar perto de gente, de estar vendo aquelas reuniões para resolver e tal.
HL: Aquela movimentação toda, né, o pessoal indo na sua casa: “Prefeito, a gente tem que resolver isso!”.
MR: Eu não entendia nada na época, mas eu sempre gostei do que estava acontecendo
HL: Você gostava daquela agitação, de estar no palanque para ver os discursos, né?
MR: É, sair correndo, subir no palanque, e eu pude, com isso, acompanhar meu pai rodando a cidade. O meu avô me ensinou algo diferente também, que além da cidade, o principal são as pessoas, e eu falo com muita convicção que o pessoal de Bicas é diferenciado, porque é um pessoal bom demais, não tem como você descrever a receptividade ou a boa vontade que eles colocam em tudo. Então, eu não sei se essa é a minha vocação de ter virado prefeito, mas a minha vontade de poder ajudar essa cidade que eu amo tanto e poder retribuir tudo que essas pessoas já fizeram por mim, um dia para o meu pai, para o meu avô, vai ser como Prefeito agora e eu vou fazer o máximo que eu puder para alavancar ainda mais a cidade.
HL: Matheus, você já lida com muita gente na sua profissão, né? Você trabalha no comércio, tem um supermercado… como chama o supermercado?
MR: Supermercado Lara Resende.
HL: Lara Resende, então, quer dizer, no comércio a gente sabe que não é fácil, o dia a dia ali, cada dia tem um problema para resolver e lidar com estoques perecíveis, impostos, arrecadação, pagamento de funcionário… o impacto que você está dando na vida da pessoa ali, isso te ajudou também a pegar esse novo desafio agora como prefeito?
MR: Com certeza. Eu comecei a trabalhar com 11/12 anos num escritório de advocacia, onde eu era o ‘faz tudo’, o ‘severino’, o que tinha para fazer jogava para o Mateus fazer, e aí pouco depois eu fui para a imobiliária, que é da família também. Então, com isso eu pude, além de lidar com muita gente durante o dia, de conhecer ainda mais cada cantinho da cidade, então tinha um lote no bairro Vale do Sol, nunca fui nessa rua, aí fui lá com meus 14 anos, tive que pedir alguém para me levar, porque eu não podia dirigir, para achar aquele lote e ver. Então, isso me deu uma noção maior da grandeza da cidade.
HL: Das potencialidades também da cidade, não é?
MR: Então, você pega uma cidade, hoje, que é considerada pequena, com 35 mil habitantes, mas com mais de 74 bairros e distâncias muito longas entre uma região e outra, cada uma com a sua necessidade local. Então, isso já me deu um know how que acabou não sendo a intenção na época de fazer esse trabalho para conhecer, mas que me ajudou muito até como vereador depois. E no supermercado você lida com pessoas o dia inteiro, você pega todo tipo de pessoa, todo tipo de pessoas, têm a confusão que é vendedor querendo te vender tudo e você pensando: “se eu comprar eu não consigo pagar, eu vou dever”, então foi muito bom essa questão istrativa para saber lidar com o servidor, com o funcionário, com movimentação de dinheiro, e fazer o que a gente mais faz, que é pagar imposto, né.
HL: É, isso aí não vai mudar tão cedo na nossa vida. (risos)
MR: É a certeza que nós temos na vida, que vamos morrer e que vamos pagar imposto.
HL: Agora, quando é que te deu essa noção, assim, “eu quero ser prefeito”? Você entrou para a política como vereador, mas como aconteceu essa sua trajetória?
MR: Até internamente, entre meus amigos, sempre se falava que um dia eu ia entrar e eu sempre neguei. Eu sempre falei: “eu gosto muito, porém eu acho que o meu jeito de ser, a minha timidez, não me transforma em político”, porque eu sempre fui aquela pessoa de andar de cabeça baixa, às vezes eu te conheço, eu o por você e nem te vejo, eu fico ‘viajando ali’, não te vejo, porque eu estava pensando em outra coisa.
HL: Você gostava mais dos bastidores, né?
MR: Eu sempre fui aquela pessoa do ‘oi coletivo’, que é uma coisa muito errada na política, eu sempre gostei de chegar em alguma sala, está cheio aqui, já dar um “oi gente, bom dia, boa tarde”, mas eu tenho que ir em cada um, conversar com cada um, então eu via em mim essa dificuldade. Aí em 2012, a minha mãe se candidatou a prefeita e eu fui, na época, um dos ‘braços direitos’ que faziam tudo e com isso eu vi muita necessidade. Nós vínhamos de um crescimento que não estava sendo acompanhado pela istração, porque foi um boom muito grande. Então, eu comecei a ter um gosto, um olhar diferente, mas não querendo mexer, ainda mais porque ela perdeu, eu fiquei com raiva.
HL: Isso acontece na política.
MR: Aí em 2016, o Guto, que é o meu antecessor, meu primo, se candidatou e eu pude acompanhá-lo, de fora também, do jeito que eu sempre gostei, e na época eu que fazia as filmagens, eu era do marketing, não sei mexer, mas eu era curioso e fui gostando mais. Aí eu pensei: “eu vou mexer nesse trem”, me sinto capacitado, eu me considero uma pessoa boa, eu acho que se na política você não se cercar de pessoas boas, bem-intencionadas, os mal-intencionados não tem vergonha nenhuma, eles vão com certeza, e eu fui pensando e fui me qualificando, fiz alguns cursos orais do próprio Senado, tem muito curso bacana que é são graça, eu fui entendendo mais… a gente sabe como é, o imposto, o LDO, mas você só tem noção realmente quando você entra lá. Então, eu fui me capacitando, vi que eu tinha facilidade e decidi mexer. Depois disso, conversando eu convenci minha esposa, foi uma das partes mais difíceis.
HL: Como é o nome dela?
MR: Isabela.
HL: Isabela, que bom! Advogada, né? Ela não queria?
MR: Não queria, mas me apoia em tudo graças a Deus, então ela me xinga, mas falou “vai!”. Eu a convenci primeiro, perguntei se eu poderia ir e ela falou “vai!”
HL: Sim, você precisa do apoio da família.
MR: E ela é mais política do que eu, ela não gosta, mas é mais política do que eu. Desde então eu comecei, me candidatei em 2020, acho que eu não era muito conhecido, todo mundo sabia quem era, que o Toninho Resende tinha um filho, mas eu tive muito o trabalho de dar o rosto ao filho do Toninho Resende. Então, principalmente as pessoas mais antigas, que com o falecimento do meu pai acabaram perdendo o contato, porque muitas das vezes ele que era a fonte de aproximação, elas sabiam que tinha um menino que era magrinho, que agora está do mesmo tamanho, só que gordo. (risos) Aí eu entrei, na época eu fui o mais votado da história da cidade, até 2020, aí agora em 2024 os vereadores me aram com sobra. Eu comecei como vereador…
HL: O que foi bom, né, porque você teve uma experiência nos últimos 4 anos de lidar numa casa com 11 vereadores, e para uma cidade funcionar tudo tem que ar pela Câmara, as leis todas. Então, você já sabe, você já tem um diálogo com eles, fez uma coligação grande, você é do PP, mas tem uma coligação de 8 partidos. Como é isso agora, Matheus, lidar com isso, atender aí todo mundo que apoiou? Tem muita dívida de campanha aí?
MR: Graças a Deus a minha conta está aprovada na Justiça Eleitoral e não devo nem um real.
HL: Mas eu digo, assim, e para acomodar todos esses Partidos na istração, como fica?
MR: Eu falo que a política da cidade de Bicas é muito diferente das cidades vizinhas e até nacional. Os Partidos que compõem a nossa chapa são de pessoas ligadas ao meu grupo, então não quer dizer que eu tive que procurar a Helenice e oferecer uma Secretaria para o Partido vir comigo, eu me agrupei de pessoas do bem, que queriam servir como vereadores, então eu tive 8 partidos, mas salvo engano eu não pus nenhum. Eu saí com 78 candidatos a vereadores na cidade, todos com um único objetivo, continuar o bom trabalho na cidade.
HL: Você tem a maioria na Câmara?
MR: Hoje tenho a maioria, e sem nenhuma obrigação de se eu não ganhar como Vereador, você vai me contratar. Então, foi uma campanha bem limpa e em questão de promessa eu não faço nenhuma, mas se eu ganhar eu vou trabalhar para a cidade, se eu ver que você consegue me ajudar na sua capacidade, naquela área tal eu vou te colocar lá.
HL: Não teve QI, né, ‘quem indica’. (risos)
MR: Não teve.
HL: Isso é joia. Matheus, São Joaquim de Bicas teve aí coisas bem positivas que vocês estão ganhando, tem o Selo Ouro do MEC, na Educação, como está funcionando isso, assim, essa prioridade da Educação?
MR: Eu tenho um sonho que é, nesses 4 anos, tornar São Joaquim de Bicas uma referência em Educação, e o pontapé inicial foi feito no mandato anterior. O Prefeito Guto teve um percalço que vários prefeitos tiveram, que foi a pandemia, a Educação pós-pandemia deu uma queda muito brusca, principalmente na questão da alfabetização.
HL: É, todo mundo online, vê se criança vai conseguir ficar ali o tempo inteiro.
MR: Os pais não conseguiam fazer o filho ficar no telefone participando, aí na época foi criada uma apostila para entregar para os alunos, para ter esse acompanhamento, e começamos a sistematizar a Educação com o foco maior na alfabetização, porque foram 2 anos de pandemia, então as crianças que deveriam estar aprendendo ali no 1° ano foram para o 3° e não estavam conseguindo ler ainda, então foi feita uma força em cima do aprendizado dos alunos com uma capacitação dos professores. Eu posso falar que em Bicas os profissionais do Sistema de Educação são muito bons.
HL: Ah é? Tem sempre cursos de capacitação?
MR: Tem cursos e nós oferecemos de graça também para facilitar ainda mais. Criamos um guia pedagógico para justamente levar o que você aprende no Bairro Nazaré, que é uma região mais afastada, para que seja o que você vai aprender na Região Central.
HL: É padronizado, né, a qualidade é a mesma.
MR: É padronizado. E criamos, tem os níveis de testes do Estado e da União, nós criamos o nosso também, então nós temos um próprio teste para ver onde que nós estamos errando: “na sala tal nós estamos errando nessa parte aqui”, aí os professores iam para o nosso Centro Pedagógico para ter uma capacitação sobre aquele assunto para conseguir levar aos alunos. Então, foi muito empenho da Secretaria, do Centro Pedagógico e dos professores que abraçaram a ideia e conseguiram colocar em prática.
HL: Quer dizer, tem que ter um investimento aí. Como que está, assim, delineado esse investimento na sua istração? Porque eu vi que tem 10 escolas aí, vocês entregaram uma agora fantástica, eu estava vendo as imagens, tem até ar-condicionado na sala de aula, uma coisa que eu falei assim: “gente, na minha época não tinha nada disso”, e tem mais 10 escolas que você vai entregar que já começaram as obras. Como está delineado esse programa?
MR: Eu falo em escolas, mas está misturado escolas e creches. Eu estou com uma entregue, 6 em andamento e 3 a iniciar.
HL: E qual é o orçamento para isso?
MR: São R$ 85 milhões.
HL: R$ 85 milhões nesses 4 anos?
MR: Não, nessas 10 escolas.
HL: E essas 10 escolas você vai entregá-las para a população em quanto tempo, assim, que você está planejando?
MR: Eu descobri uma coisa com construção, o prazo que eles te dão você põe um pouquinho a mais, que sempre tem um probleminha.
HL: Sempre atrasa, né? É pergunta de jornalista, porque jornalista quer plano plurianual para tudo!
MR: Como nós conseguimos um acordo muito grande, que foi através do programa Mãos Dadas, do Governo, nós municipalizamos o ensino do 1° ao 9° ano, em contrapartida o Estado ofereceu R$ 85 milhões. Era algo que se a gente não negociasse, isso eu falo que vem de uma boa gestão que o Guto fez, de bater no peito na primeira oferta que teve e falar: “eu não converso”. Aí ficou uns 4 a 5 meses, e faltando 1 mês para finalizar o período que podia ser feito as municipalizações, eles procuraram a Prefeitura de novo e ele falou: “eu quero construir 10 escolas, preciso de R$ 120 milhões”, aí a mulher assustou e foi embora. Depois ela voltou e falou: “nós pagamos 85”, aí está feito, aí com isso vão ser construídas 10 escolas. E o que nós mais nos preocupamos? Igual eu falei, Bicas é uma cidade pequena, mas de pontos muito longos entre um e outro, então tenho crianças que perdem 1 hora no transporte escolar para chegar na escola.
HL: Ela tem que sair do bairro dela e ir para outro bairro.
MR: Então, o foco maior do nosso grupo político, porque eu fazia parte do grupo do Guto, então eu tive o conhecimento e as ideias batem muito, a gente tem que fazer política pensando no futuro, nunca no presente, então sempre bateu muito com as ideias do Guto. Então, foi regionalizar a educação para levar todas as escolas e UBS também o mais perto da sua casa.
HL: Porque a pessoa não precisa sair de lá, ela não vai gastar o transporte público, a Prefeitura não vai ter que fazer isso aí, né, de ter que ter toda uma uma logística pronta e estrutura, comodidade, e ainda cresce o bairro que tem uma escola boa, uma UBS boa. E aí, outra coisa que me deu uma dúvida aqui, esse Selo Ouro do MEC, do Ministério da Educação, vocês ganharam… não é todo município, né, são poucos municípios que tem um Selo Ouro deste.
MR: Salvo engano, a cerimônia foi no mês ado, são 5 mil 583 municípios no Brasil e menos de 2 mil foram contemplados com Ouro, aí tem o Prata e tem o Bronze também.
HL: Vocês estão na elite da educação brasileira.
MR: Se eu não me engano são 10 requisitos que eram exigidos pelo MEC, nós cumprimos 9 e 1 foi por um detalhe nosso, que se tivesse feito era 100% e nós ficamos no final com 92.
HL: É, mas isso aí a cada ano vai apurando mais e mais.
MR: E agora a meta minha é 100, não pode ser menos, agora tem que ser 100. Eu quero voltar a Brasília no ano que vem e buscar.
HL: Exatamente. Então, assim, me conta uma coisa: vocês tem quantos alunos nas escolas e quantas escolas, agora com essas 10 entrando?
MR: Eu acho que é um ponto interessante na cidade, que o Guto assumiu a cidade em 2016 com 2 mil e 300 alunos e me entregou com mais de 6 mil,
HL: Ou seja, ele foi eliminando a evasão escolar e você vai consolidar todo esse sistema com essas 10 escolas funcionais.
MR: E esses 6 mil alunos, hoje, estão divididos em 18 escolas, entre creches e escolas.
HL: Entre creches e escolas, porque na creche o menino vai para lá e já começa a aprender, mas é considerado também uma escola, né. E você tem um sonho na Educação de São Joaquim de Bicas, assim, de não ter mais ninguém fora da escola, de ter todo mundo estudando, de as pessoas não precisarem sair de lá para estudar em outros lugares, tem, assim, uma coisa que você pensa para os próximos anos?
MR: O foco, não consigo falar que é de imediato devido a quantidade de alunos para a pouca quantidade de salas que eu ainda tenho, mas a intenção nossa é de ser referência em Educação com o tempo integral incluso. Hoje, eu não consigo colocar um tempo integral em todas as escolas, com todas as atividades, porque eu não tenho espaço, então a criança que estuda de manhã tem que dar o espaço para quem vai de tarde, e a partir do momento em que eu tiver todos os prédios liberados, eu vou ter uma escola de mais de R$12 milhões, que é o nosso Centro Técnico Integral, que nós fizemos até uma piscina semiolímpica no local, que está até inaugurada, e ali vai ser o diferencial para o aluno. Se a escola não comporta ter o integral na parte do contraturno dele (aluno), ele vai ter o local que vai ter salas, um laboratório de robótica, um campo, uma piscina e um poliesportivo.
HL: Porque a tendência agora é essa, né, cada vez mais cursos de robótica, cursos de línguas, o pessoal está até já ensinando mandarim aí com essa ascensão cada vez maior da China na nossa economia, então a tendência é essa, capacitar cada vez mais o aluno para cursos técnicos para ele entrar logo no Mercado de Trabalho.
MR: Justamente, e eu quero que o contraturno dele não seja algo maçante, que ele estudou matemática de manhã e tem que usar matemática de tarde, eu quero que seja algo de aprendizado, porém que se divirta, que ele brinque, que ele aproveite, porque é criança, então ele tem que aprender, mas tem que brincar também.
HL: Tem que ter uma coisa intuitiva também.
MR: Na hora de estudar, ele estuda, na hora de brincar, ele brinca, porque senão ele vai querer brincar na hora de estudar, então vamos dar um contraturno para ele onde ele vai aprender, que ele vai ter um reforço caso necessário, e que vai preparar ele para entrar no Mercado de Trabalho o mais rápido possível.
HL: Exatamente. Matheus, ainda em São Joaquim de Bicas, tem esse outro desafio também que é a Saúde, não é? Geralmente as Prefeituras têm muita coisa centralizada numa UPA e vai todo mundo para lá, mas as UBS você também está construindo 3 e a tendência é não superlotar a UPA, que é pra caso de urgência e emergência. Você também tem delineado isso aí no seu Projeto de Governo?
MR: Entra no mesmo caso da nossa regionalização, a Saúde também é igual a das escolas, é ficar mais cômodo principalmente para quem utiliza mais a Saúde, que são as pessoas de idade. Então, se eu tenho dificuldade de pegar um transporte e descer para ir a uma UPA ou descer para ir a uma UBS referência dela, eu quero que ela esteja o mais próximo possível para ter o menor trabalho possível também, e principalmente para que a nossa UPA fique exclusivamente para caso de emergência e urgência. Então, eu tenho que dar maior estrutura nas minhas redes de UBS para que a pessoa chegue com algum problema sem marcação, que ela possa ser atendida ali, que vai ser algo mais leve, mais tranquilo de ser resolvido, e deixa os casos críticos realmente para onde está preparado para receber. Então, nós estamos entregando agora, se Deus permitir em abril, te convido para a inauguração também, eu quero inaugurar as três de uma vez, ou senão vou fazer uma festa por semana, vamos estudar isso ainda, mas duas que vão ser entregues vão ser em regiões que já possuem UBS, porém são casas antigas, são locadas, uma é até emprestada por um pessoal, e entregando algo que é padrão Estado, que se você entrar lá dentro você se perde. Eu acho que algumas lá estão até mais bonitas que a nossa própria upa, então é diferenciada. Já pretendemos, agora, entregar essas três novas UBS, uma na Região Primavera, que já tem e está sendo modernizada, uma no Bairro Vila Rica e uma totalmente nova na Região do Bairro Casa Grande, que é uma região que tem que sair distante de onde elas estão para ir no Centro, por causa das policlínicas, então a gente tem a equipe que faz o atendimento lá, que a gente divide por cores, que fazem dessa região na policlínica e eu vou levar o mais próximo deles para ter o menor trabalho possível.
HL: É, porque você falou que são 74 bairros.
MR: Sem contar os que estão sendo criados de forma irregular.
HL: É invasão, tem um problema aí para a Prefeitura resolver, né?
MR: Não, isso é público, a gente ‘joga’ para eles.
HL: Aí você deixa por conta, porque realmente também não dá para municipalizar isso também, né. Você quer que esses bairros todos… não dá para ter UBS em todos os bairros, mas tem algum planejamento de que esses bairros sejam atendidos pelo menos perto deles, para eles não terem que ir para uma outra UBS maior?
MR: Eu tiro muito por base BH, então hoje a gente fala Região Noroeste, Centro… é tanto nome que eu esqueço, e nós dividimos a Cidade entre nós mesmo, lá na cabeça nossa de saber onde está cada um, em 7 regionais, e hoje nós vamos conseguir deixar uma regional com 2 (UBS), outra com uma, então todos os bairros ali no entorno estão próximos de alguma. Se o Estado e a União mandarem mais dinheiro a gente faz até mais, aí eu coloco uma em cada.
HL: Aí é ótimo, já pensou? Um sonho ter uma UBS em cada bairro. Você tem quantas hoje?
MR: São 7 UBS hoje, estou entregando duas em regiões que já possuem e estou entregando uma numa região nova. Você quer uma novidade, eu posso contar?
HL: Pode, uai. Pode contar, Natália? (risos) A Natália aqui, gente, está acompanhando a gente, ela é Secretária de Comunicação. Dá um spoiler aí.
MR: Nossa policlínica, hoje, abrange quatro equipes de atendimento, uma é da região central mesmo, e a policlínica é o Centro de Referência de Especialidades, então se você quiser um reumatologista ou cardiologista as marcações são lá.
HL: Um exame de imagem, né, você tem que ir pra lá.
MR: E eu tenho que mesclar um pouco o espaço da policlínica para fazer o atendimento primário das pessoas que moram na região central e que tem que fazer o acompanhamento. Então, eu estou criando agora, já está tudo caminhando bem para a gente construir a UBS do Tereza Cristina, nós vamos desafogar o espaço da policlínica podendo levar mais médicos e especialistas, e o sonho maior é criar uma sala de cirurgias mais complexas, mas aí nós dependemos muito do Estado.
HL: Porque aí já é caro, né, já tem que ter um enxoval também para construir ali e depois botar aquilo para funcionar.
MR: O que é mais importante, o espaço, nós temos, já foi feita uma reforma já pensando para num futuro esse espaço ser utilizado para isso, agora é só equipar e ser liberado para funcionar. Hoje, está liberado só para pequenas cirurgias.
HL: Ah, já tem isso? Já não precisa vir para Belo Horizonte.
MR: Já é um problema a menos.
HL: É um problema a menos, de carregar esse pessoal, de voltar para fazer revisão. Que ótimo. E a policlínica é só da Prefeitura ou ela tem também participação do Estado?
MR: Só da Prefeitura. O Estado manda alguma verba…
HL: Mas a istração é toda dela. Então, assim, a gente pode esperar aí nesses próximos tempos, agora, um aumento dela, uma expansão.
MR: A reforma já está pronta, nós vamos só tentar construir a UBS do Tereza Cristina, que vai liberar várias salas, e trazer mais médicos e mais especialistas.
HL: São quantos médicos?
MR: Hoje nós temos 21 especialidades. E uma demanda muito grande também, que nós temos da UBS, é a do Bairro Pedra Branca, região muito grande que atende muitos bairros, que hoje é uma casa alugada, muito pequena, que não comporta toda a quantidade de moradores que são atendidos por lá, pelo espaço. Nós vamos conseguir uma nova lá também agora e essa do Pedra Branca tem muito mais novidades, mas eu não posso contar o resto não, porque é muita coisa, estou dependendo de muita para poder falar.
HL: Essas s demoram, costumam demorar um pouquinho.
MR: Não, mas essas aí eu acredito que no mais tardar em maio eu já estou começando as obras.
HL: Matheus, eu estou vendo aqui você falando sobre várias obras, né, tem dinheiro para isso tudo? Como está, assim, a organização da Prefeitura? Você pegou a Prefeitura com dinheiro ou o Guto deixou alguma conta para pagar? A arrecadação, como ela está, é baseada em que, me conta como é o caixa da Prefeitura de São Joaquim de Bicas?
MR: Eu acho que um dos maiores motivos de eu ter aceitado me mudar de vereador para prefeito é ver que o que estava sendo feito não podia acabar de forma nenhuma, tanto que o meu lema de campanha foi ‘o bom trabalho não pode parar’, e de todas as obras que foram iniciadas no Município na gestão ada, não teve nenhuma que falaram assim: “não faz isso, é bobagem”, então todas eram em lugares que precisavam de investimento, e o principal, todas as obras que estão em andamento hoje eu tenho o dinheiro para pagar. Então, a Prefeitura deixou em caixa R$156 milhões, desse valor todos estão com obras iniciadas e com a verba já destinada, não pode gastar com outra coisa.
HL: Está carimbada.
MR: Está carimbada. E um dos motivos de eu pensar em entrar para continuar é para não correr o risco de “ah, eu não quero essa obra aqui, vou ar isso aqui pra cá”, não acaba uma, não começa outra. Então, eu vou ter o prazer de entregar elas todas e já estou juntando dinheiro para fazer as minhas também.
HL: Você que tem que ter seu legado, né, Matheus.
MR: Mas, quando eu tive um tempinho de ver as notícias na televisão, no jornal e tudo, deu muita dó de muito Prefeito que pegou...
HL: Nossa Senhora, o que eu tenho entrevistado de prefeito aqui com contas a pagar.
MR: Que privilégio que eu tive, eu não paguei nenhuma conta dele.
HL: Mas isso é gestão, está vendo, Guto, é isso aí. Agora é pensar para frente.
MR: Eu me assustei muito. Até um grande amigo meu, que é o Dinis, de Ibirité, deu dó dele, ainda bem que o Dinis ganhou, porque eu acho que a pessoa capacitada para tentar resolver isso aí é só ele, se fosse eu lá acho que eu ia me sentar no chão e chorar.
HL: Não é? Assim, como é que vai dormir?
MR: Então boa sorte para eles, esse problema Bicas não tem.
HL: Não tem, agora é bola para frente. Tem um projeto legal lá, que eu vejo que você quer crescer cada vez mais esse projeto, que é a usina de compostagem, porque o lixo, né, gente, ele tem que ir para algum lugar, e aí São Joaquim de Bicas já tem essa usina de compostagem. Como ela funciona? Como está a capacidade atual dela? O que você quer fazer com essa usina?
MR: A nossa usina foi inaugurada em 2001, se eu não me engano, na época o prefeito era até meu pai, foi um marco na época e que até hoje é a única na Região Metropolitana que existe. Então, enquanto muitos municípios terceirizam, só pagam para enterrar o lixo, nós temos um local que am cerca de 70 toneladas de lixo por mês, que destas 70 toneladas, 30% dela é reciclável, que vira receita para o município, e no final o restante, que a gente podia fazer uma compostagem também, para aproveitar o resíduo de alimentos para fazer a compostagem com árvores não frutíferas, pode ser só em árvores que não dão frutos, para evitar contaminação, mas é adubo para árvore. Então, nós estamos hoje não fazendo a compostagem devido a uma normativa da SEMAD, que é a Secretaria de Meio Ambiente do Estado, nós já fizemos o projeto para readequação de acordo com essas diretrizes, só que eu estou esperando-os nos liberarem para começar a obra. Então, eles nos liberando a gente já consegue voltar com a compostagem de imediato e a intenção desses 4 anos meu é dobrar a capacidade nossa de recicláveis.
HL: Dessas 70 toneladas por mês.
MR: Então, de apenas uma esteira eu quero pôr mais uma pelo menos, porque aí eu consigo não perder, pela quantidade de lixo diariamente, algum reciclável que ou batido. Então, aí eu consigo tornar a minha usina autossuficiente, o que eu conseguir reciclar ela se paga.
HL: E você ainda tem um rendimento com ela ali, né.
MR: Nós conseguimos bancar a usina tranquilamente, o foco nosso é o meio ambiente, então enquanto eu estou gastando, mas eu estou contribuindo de alguma forma para o meio ambiente, para mim está bom, mas no final se eu contribuir para o meio ambiente e ainda ganhar dinheiro, melhor ainda.
HL: Melhor ainda, porque é um dinheiro para obras, para a melhoria da qualidade da população.
MR: O dinheiro que eu deixo de gastar para enterrar o lixo eu posso gastar para comprar mais remédio.
HL: Com certeza. Então, é esperar aí do Estado que ele agilize essa liberação.
MR: É só mandar que a compostagem já volta e já é muito lixo a menos enterrado. A gente tem um custo mensal só para enterrar o lixo, é uma licitação que uma empresa recolhe todo esse lixo que vai ser enterrado, enterra no local adequado, próprio para isso, são cerca de R$200 mil por mês, então o que eu conseguir reduzir nesse valor, eu estou deixando de pagar para enterrar e estou vendendo o que reciclo aqui, então é um ganho muito grande.
HL: Ainda está rentabilizando, e tem que investir muito nessa usina de compostagem, assim, é um valor alto?
MR: Não é alto. Nós já temos dois projetos para nossa usina, e essa primeira etapa não é algo caro, mas não adianta eu começar a fazê-la sem a liberação
HL: Não dá para você querer aumentar a capacidade.
MR: Então, hoje nós temos o recurso que cai mensalmente do ICMS, que é do planejamento básico, que em 6/7 meses do dinheiro que eu juntar, eu consigo fazer essa obra, então eu consigo fazer ela tranquilamente. O nosso sonho maior vai depender de um investimento muito maior, que hoje é um sonho que nós não temos condições nenhuma de fazer, mas nós vamos correr atrás para pedir ao Zema, pedir ao Lula para mandar dinheiro para a gente fazer, que nós vamos ar a nossa usina, além de ser de lixo, nós vamos pegar resíduos de construção civil. Tem uma associação muito bacana em Betim que faz esse tipo de serviço… que é um outro grande problema das cidades, que são os bota-fora, que a pessoa fica jogando a Deus dará, eu vou ter o local onde vou receber todo esse resíduo sólido, vou ar numa máquina que vai triturar, que vai sair bloquetes, aqueles intertravados, e quem sabe um dia eu consigo fazer todas as praças minhas com um material produzido por mim.
HL: E reciclado, que é mais bonito ainda.
MR: É um investimento alto, que vai demandar até comprar mais lotes para conseguir expandir a área da usina, mas que vontade nós temos. Eu falo muito, nós não temos dinheiro, mas boa vontade tem demais.
HL: É só deixar trabalhar, né. Matheus, tem ainda a questão da economia da cidade que enfrenta, você estava falando da questão da mobilidade, são mais mil e 600 caminhões de minério diariamente, e isso é uma questão que muitas cidades mineradoras enfrentam, na manutenção tudo fica para o Município. Como você vai lidar com essa questão? Esses mil e 600 caminhões por dia na cidade é muita coisa.
MR: Meu pai sempre falava algo que eu carrego até hoje e faz muito sentido, da mineração nós só temos a poeira, só os problemas, então nós temos cidades aí como Itatiaia Sul que é milionária por causa da receita criada pela mineração, e hoje nós temos um território não minerado grande, que é minerado apenas 12%, então nós recebemos cerca de R$400 mil mensais de CFEM, de produtor.
HL: Que é o imposto da mineração.
MR: Mas o que nos dá o maior problema, que é o impacto que a mineração dá no município, que existia um imposto que era pago para nós também, o CFEM de impactado, que gira em torno de R$1 milhão, R$1,5 milhão, nós estamos mais de ano cortados por negligência da própria Associação Nacional de Mineração.
HL: R$ 1 milhão, R$ 1,5 milhão por mês que vocês estão deixando de receber, que é direito de São Joaquim de Bicas?
MR: Então, eu posso dizer que se não tivesse cortado, eu tinha assumido a Prefeitura esse ano com R$ 15 milhões ou R$ 20 milhões a mais em caixa. Para uma cidade do tamanho de Bicas, nós estamos falando de 10% do nosso orçamento anual, que é o dinheiro que eu consigo utilizar exclusivamente para obras, que eu não preciso dividir com nada, posso gastar só com obras.
HL: E o que a Agência Nacional de Mineração (ANM), que é uma agência reguladora do Governo Federal responsável pela fiscalização das mineradoras e tudo… você já foi em Brasília/DF, bateu lá no gabinete do Presidente perguntar o que está acontecendo, por que São Joaquim de Bicas não recebe esse dinheiro?
MR: Eu vou falar o mais calmo possível para não falar outra coisa, acho que é boa vontade. Eu estive lá recentemente, em novembro, eu estava acompanhado de mais 3 prefeitos, não vou lembrar o nome de todos, e eles estavam com o mesmo problema. Em Piracema/MG, por exemplo, como é divisa, em vez de mandar o valor correto, eles estavam mandando mais para a cidade de cima do que mandando para ele, então estava tirando dinheiro dele e mandando para outro. A justificativa que eles deram para São Joaquim de Bicas foi: “vocês têm direito, beleza, consta no hall dos empreendimentos das mineradoras que vocês são impactados, só que nós precisamos mandar um fiscal ao local para dar o ok”, e eles não tem o fiscal. Eu falei: “eu levo o fiscal comigo aqui agora”, mas eles falaram: “nós não temos fiscal aqui hoje, nós estamos ando por uma reformulação, nos acostumamos a ter 5 mil funcionários aqui na Agência, hoje temos 2 mil, então nós não conseguimos atender o Brasil inteiro”. Então, agora em março as mineradoras mandam novamente o documento para a Agência informando que somos impactados, em abril sai a nova listagem dos municípios impactados, e estamos rezando para que Bicas agora apareça, porque se não aparecer é mais um ano sem receber.
HL: E aí eles vão ter um fiscal para ir a São Joaquim de Bicas para o ok.
MR: Se em novembro não tinha, acho que agora em março também não tem.
HL: Então, vocês vão continuar sem. Não tem como judicializar isso, questionar isso na justiça?
MR: É muito difícil, porque a Justiça Federal decidiu sobre o local federal, então eu acho que vai ser um investimento e um tempo que nós vamos perder, que não vai dar solução, mas eu estou programando de ir agora, no final de março, de voltar a Brasília quando as empresas já protocolaram o novo hall, tornando nós impactados, e pedir pelo amor de Deus
para eles irem para Bicas, para eles darem o ok, para aí em abril a gente sair na lista, porque é uma vez por ano e se não sair em abril, não sai mais.
HL: Aí já só ano que vem.
MR: Só em março e abril do ano que vem, aí são mais R$15 a R$20 milhões indo embora.
HL: Gente, se não é o Prefeito falando da boca dele, eu não acredito, que tristeza isso.
MR: São 10% da nossa receita anual.
HL: O País fica, com essas burocracias, parado, por conta de resolver isso, nossa! E o seu relacionamento com as mineradoras da região é bom, tem tido, assim, contrapartidas delas para a cidade melhorar, alguma solução para esses caminhões todos de minério ando dentro da cidade?
MR: A relação é boa, é de respeito, a partir do momento que elas não atrapalhem mais do que elas já atrapalham, eu respeito, e eu não vou prejudicá-las, porque gera muito emprego na região.
HL: Gera renda.
MR: Renda até que não, para nós até que não muito, porque nenhum gera imposto para a cidade, então de ISS eu não recebo de nenhuma.
HL: Por quê?
MR: Porque estão em Brumadinho e Igarapé.
HL: A sede, né, então é só o impacto mesmo. Mas gera emprego, né, gente de São Joaquim de Bicas que poderia estar desempregada está trabalhando na mineração, porque é muito perto São Joaquim de Bicas de Brumadinho e Igarapé.
MR: Eles estão com a intenção, para diminuir as carretas que entram, de fazer um outro projeto que é, na minha opinião, muito evasivo, que são linhas de trem que vão transportar por vagão o minério.
HL: Vão transportar por vagão o minério que sai de Brumadinho?
MR: Isso. Existem dois projetos hoje em análise, um está pela MRS, que tem a concessão ferroviária nossa aqui, que é do Porto Seco de Igarapé, que ter que ser criado, até a Linha Férrea que tem em Brumadinho, divisa com Bicas, e agora entrou uma nova linha na briga que é uma saindo de Mateus Leme, mas todas impactam muito os bairros da cidade, então é algo que me preocupa muito, que como eles têm essa que sai de Mateus Leme, eles têm a anuência da União e a outra do Estado, eles não se preocupam muito em consultar a cidade. Então, recentemente houve uma reunião da CEDRO, que é quem estava com esse empreendimento, que não convidou ninguém dos vereadores, do Executivo, para discutir o tema, e agora já vão entregar o impacto pronto numa outra reunião e nem chamou nós também. Ou seja, ou vocês aceitam ou vocês aceitam. Então, eu acho que a falta desse diálogo preocupa muito, porque a pessoa está em dúvida, ela vai perguntar para quem? É para o vereador ou para o prefeito que está do lado dele.
HL: É, que está morando lá, que está vivendo o dia a dia.
MR: E se eu não souber responder o que vai acontecer, o que eu estou fazendo lá? Então, eu já solicitei várias reuniões, acho que vão ter recentemente alguma, para entender a real intenção e a probabilidade de isso acontecer, porque a da MRS que é para estar pronta ano que vem, nem começou. Então, vamos ver o que eu vou fazer, porque por um lado é muito bom que acaba com o trânsito das carretas, por outro lado regiões que nunca foram afetadas pela mineração vão ser.
HL: Então é uma conta aí que tem que ver se ela fecha, né. Prefeito, ainda tem que falar de coisa boa, nós já estamos quase terminando, você acredita? Como é que a rápido, menino, meu Deus, mas tem um projeto que você quer cada vez incrementar mais, são projetos no Esporte e no Turismo, os Festivais de Gastronomia que já tem um sucesso lá, você quer que eles cresçam mais ainda, e isso vai gerando mais turismo, mais gente na cidade, foram mais de 100 mil pessoas que aram por lá no último ano, no Festival de Gastronomia que tem em São Joaquim de Bicas. Você quer aumentar ainda mais esse festival, como é?
MR: Aumentar a gente sempre quer, né, o medo é se a gente a. Eu brinco muito, mas falo a verdade para as demais não se ofenderem, que os nossos mestres e mestras da região põem no chinelo os vizinhos tudo. Então, a comida boa é da cidade, o tempero é bom, a comida é boa.
HL: Qual é a comida típica lá de São Joaquim de Bicas? Tem alguma coisa assim que é lá que é o melhor que tem?
MR: Você está perguntando para a pessoa muito errada, porque falou em comida para mim eu estou comendo de tudo. Vamos pegar um exemplo dos pratos que tiveram no ano ado, no último aroma e sabores, de um frango com umbigo de banana até dois pratos japoneses, o hamaki e guioza com temperos mineiros.
HL: Deu para fazer essa dobradinha aí?
MR: Deu, então é uma família tradicional japonesa da cidade, são moradores da cidade a vida toda, pegaram um prato tradicional do Japão e colocou o tempero de Minas, então eu acho que foi um dos mais vendidos, foi coisa nova para muita gente. Então, você vê um pastel esquisito meio branco, mas é a melhor coisa do mundo. Então, é diferenciado o pessoal, os cozinheiros, os artesãos.
HL: Vocês dão toda a infraestrutura, você estava me falando que a Prefeitura não cobra nada.
MR: Nós temos a seletiva para ver qual os mestres e mestras que vão participar do evento, e o custo que eles têm é de comprar o alimento, o trabalho manual, que dá trabalho demais, o que eles trabalham em 4, 5 dias ali, eles querem ficar uns 2 meses de folga, porque não aguentam, é muita gente, são 100 mil pessoas ando em 4 dias, e o que mais agrada ainda do nosso aroma e sabores é a família que estar presente. Então, você vai em qualquer evento, que é um evento gratuito, ninguém paga para entrar.
HL: Você vai pagar o que você consumir lá. São barraquinhas, como é?
MR: São. A estrutura… eu te convido a ir neste ano, já temos dois shows fechados, não vou contar ainda, e surpreende, você vê assim “isso de graça?” Isso é o que você paga pra ir em Carnaval fechado, em festa fechada, então é uma estrutura gigante, são barracas, mas não como barraquinhas separadas, são muito bem feitas, a Natália mesmo que faz o desenho, fica bonito demais, e só cresce, nós estamos numa região muito próxima ao Inhotim, então se você parar para pensar, a distância mais próxima do Inhotim, a BR-381, é ando por São Joaquim de Bicas, então se você for ar por Mario Campos, você vai ter uma distância maior. Parece que Betim conseguiu agora uma via expressa que vai ligar até Brumadinho.
HL: Eles estão lá com aquele projeto até de construir o aeródromo, que vai se chamar Inhotim.
MR: E mesmo assim o caminho mais próximo é o nosso.
HL: E vocês estão também com uma estrada lá para ser construída, como é que está?
MR: Já está em execução essa estrada asfaltada que vai tornar mais perto ainda, e está numa região que é um berço da cidade, que é aquela região do Farofas onde nós temos ali paisagens maravilhosas, nós temos uma comida sensacional
HL: Ou seja, a pessoa vai em Inhotim com a estrada boa, agora, duplicada e arrumada, dá para ela ir também em São Joaquim de Bicas visitar tudo isso aí que você está falando.
MR: Vai no Inhotim, visita as obras de arte e come em Bicas, porque eu te garanto que a comida de Bicas vai ser mais barata e mais gostosa do que aquela que se faz em grande escala. E um diferencial que pouca gente sabe, que eu acho que foi pouco explorado por nós como Município, é que nós temos um local chamado Carandaí, que é uma rua de água onde as pessoas pagam caríssimo para ver algo parecido em Macacos, e nós temos de graça aqui em Bicas. Então, é uma região pouco explorada que quem vê fala assim “isso não existe”. É sensacional, nós queremos utilizar isso também, porque com isso a gente vai criar nosso guia turístico que vai mostrar onde comer, o que visitar. Antes da mineração entrar mais forte, nós tínhamos grutas sensacionais na cidade que hoje não existem mais, então eu lembro, da minha infância, de visitar 3 ou 4 grutas, mas hoje já não existem mais por causa do minério, já foram implodidas, mas é levar a receptividade que o pessoal diz que o pessoal de Bicas tem, a culinária e o que é bom de se ver também na cidade. Com isso a Natália tem um trabalho muito grande, que é mostrar isso para todo mundo, e te garanto que quem for não se arrepende, então eu convido todos vocês a irem no nosso Aroma e Sabores esse ano, e se você não comer cinco pratos diferentes eu falo que você não foi.
HL: Não dá, né, tem que comer de tudo lá. Quando acontece o Festival de Gastronomia?
MR: É no feriado de 7 de setembro. Esse ano, salvo engano, vai ser nos dias 4, 5, 6 e 7, são 4 dias de festa. A gente utiliza a quinta-feira como o nosso dia do evangélico, nós temos o dia do evangélico no Município, foi até criado à época pelo atual meu vice-prefeito hoje, que é o Arnaldo Batista, para conseguirmos dar a maior estrutura, um evento mais grandioso igual precisava ser, nós anexamos junto à festa, então na quinta-feira é o dia do evangélico, que no ano ado utilizou toda a estrutura de de comida e tudo, e trouxemos o show do Fernandinho, que teve gente que fechou ônibus de 400 quilômetros só para ir lá no show.
HL: Que legal isso, gente. E aliado a isso também vai ter o campeonato mineiro de karatê, né, esse ano você está levando para lá uma etapa.
MR: Sim, um professor, o Carlos que é o do karatê, ele falou que Bicas tem joias demais a serem lapidadas. Eu o conheci na campanha, estive a vida toda em Bicas, mas acabei conhecendo ele só na campanha, e eu descobri que Bicas tem campeão mineiro de taekwondo, tem campeão brasileiro, tem campeão sul-americano de taekwondo, é algo que se uma criança vê “esse menino aqui de Bicas é campeão, por que eu não sou igual a ele?”
HL: Se ele pode eu também posso.
MR: Então, o foco principal nosso é fomentar todos os esportes possíveis para que as crianças tenham o lazer, ainda mais de arte marcial, que tenha o respeito, que tem a diretriz do “assim, não faz errado, você está aprendendo a lutar, mas não é para brigar na rua”, o que é muito importante, nós temos hoje senseis sensacionais que confiaram em mim para ser um um representante e falaram assim “você vai nos ajudar a trazer alguma etapas”, eles queriam fazer um torneio, e para pedir para a cidade eu peço muita coisa. Então, quando eles conseguiram marcar com o presidente da Confederação Mineira, eu já pedi o maior, falei para trazer o Brasileiro para cá, mas trouxe o Mineiro e está fechado.
HL: É, daqui a pouco você traz o Brasileiro.
MR: Então, eu acredito que um evento desse que vão ar 400 atletas de toda a região, porque o taekwondo é dividido em regionais de Minas, é um Estado muito grande, então vai ter uma etapa em Uberlândia, a próxima é em Bicas, aí pega Betim, pega da região aqui para não ter que ter um deslocamento grande. Eu tenho certeza de que a procura para fazer esse esporte vai ser muito grande, as pessoas vão ver, vão gostar e vão dar mais uma oportunidade.
HL: E vai estimular os meninos da cidade a pensar em medalha, né.
MR: A intenção nossa com o esporte, primeiramente, é dar mais opções, criar essa cultura, pegar o máximo de crianças possíveis para modalidades, e se no final aumentar o turismo, também é muito bom, mas o foco principal é esse atendimento. Com a nossa piscina semi olímpica, que hoje atende cerca de mil e 100 alunos de quatro anos em diante, hoje nós temos natação para crianças, adultos, idosos e hidroginástica, então as senhorinhas os senhorinhos hoje tem uma piscina de graça com aula toda semana. Então, eu defendo muito o esporte, só que eu sou o contrário, eu sou bem sedentário.
HL: Você não faz nada.
MR: Eu dou a ideia para fazer, mas eu mesmo não faço, eu só jogo bola e agora nem jogar bola estou podendo mais. (risos)
HL: (risos) Senão dá uma lesão aí, fica muito tempo parado.
MR: É aquela frase “faça o que eu falo, não faça o que eu faço”. Mas eu tenho vontade, era o que eu sempre quis, só que eu era muito ruim, eu sempre tive vontade de jogar vôlei, basquete, mas não deu certo, então eu gosto de ver.
HL: Agora vai estimulando os meninos a fazerem, a entrarem para o esporte.
MR: Um grande diferencial nosso também é que o nosso amador de futebol já é meio que referência em toda a região.
HL: Tem clubes lá de futebol?
MR: Tem, nós temos, hoje, o segundo maior campeonato de futsal intermunicipal, que hoje tem, por incrível que pareça, tem jogador que vem de São Paulo jogar aqui, porque os melhores times querem jogar, então esse ano nós conseguimos dar uma estrutura maior para esse evento grandioso e eu acredito que ano que vem será maior ainda, e os nossos campeonatos regionais, que é o de campo, o próprio de futsal que hoje tem uma estrutura boa e muitos jogos, então tem corujão, têm municipal, tem o de bairros, então a turma lá gosta de jogar bola e é boa de bola, e nós temos que dar mais futuro para eles poderem brincar à vontade.
HL: É isso mesmo. Tem que ter, né, Prefeito, tem que ter diversão também, claro com profissionalismo, mas tem que ter, não é só trabalho. E São Joaquim de Bicas, é interessante, eu estava vendo a origem do nome São Joaquim, começou com a igreja e Bicas não era Bicas, né? Bicas veio um pouco da coisa da mineração mesmo, né, de lavar o minério lá e tudo. Então, assim, essa economia, você também quer diversificar, você quer outras coisas na cidade, não só a mineração. Ela é a vocação do município desde que começou, não tem nem 30 anos de Município, mas ela também pode aí ter outras formas de trabalho, né?
MR: Um grande sonho nosso é a gente não necessitar mais de ree do Estado nem da União, mas é algo que uma cidade, que é mais nova do que eu, Bicas hoje tem 30 anos, então eu acredito que futuramente, com boas gestões posteriores a minha a gente consiga fazer isso. Nós estamos numa localização super boa, estratégica, nós estamos na BR-381, é uma das principais, e pouca gente sabe que agora nós estamos ligados também à BR-262, que é São Joaquim de Bicas à Juatuba, logisticamente é um ponto de vazão muito grande. Vamos até pedir ao Ted, estamos dependendo do Ted agora, nós já asfaltamos a nossa parte, nós agilizamos de Igarapé até Juatuba e falta só Juatuba agora, mas agora acho que vai, ele vai pôr ordem em casa e vai conseguir fazer aí. Para você pegar a 262, você tinha que sair de São Joaquim de Bicas, ar a barreira e pegar a primeira entrada, você vai andar 5 quilômetros e você vai estar na 262 já em Juatuba.
HL: Ou seja, a cidade vira um outro polo para Centros de Distribuição, instalações de tudo quanto é comércio, você que é do comércio sabe disso, o comércio precisa de logística.
MR: Sim, e uma conquista muito grande agora, também, que é algo que nós não tínhamos, é o gás da Gasmig, que agora vai atender essa região principalmente.
HL: Aí o custo com energia cai.
MR: Nós chegamos a perder empresas de renome, a própria Vilma Alimentos queria montar uma sede, nós tínhamos todos os requisitos que ela queria, só faltou o gás, aí perdemos para Betim.
HL: Porque impacta muito o custo de uma empresa, a energia, então ela precisa do gás. Vai ter um gasoduto lá?
MR: Vai estar ando. Eu tenho uma reunião justamente para isso, porque eles querem mudar o traçado.
HL: Então vamos lá, Gasmig, não muda muito isso aí não. Vai ter quando, o que você acha? Qual é a previsão?
MR: Eu te falei, obra você fala uma coisa e vira outra, mas uma previsão, assim, que vai ter o gasoduto chegando lá é em janeiro, está liberado para a gente em janeiro.
HL: Em janeiro agora de 2026?
MR: Eles falaram.
HL: Aí já vai ter gás lá ligado?
MR: Vai.
HL: Isso aí vai mudar a imagem da cidade, ela entra no radar de grandes empresas para irem para lá, e aí diversifica a economia.
MR: E nós somos bons de negócio, se quiser negociar para ir para lá nós arrumamos um jeito na hora.
HL: Você sabe negociar, ver tudo, né? Cessão de terreno e o ISS…
MR: Nós já temos um Polo Industrial bem diversificado, nós temos muitas empresas que prestam serviço diretamente para a Fiat.
HL: Porque está ali perto, né, é o polo de atuação de fornecedores.
MR: Sim, e muita estrutura metálica de montagem, de equipamentos metálicos grandes, e uma das únicas do Brasil que fornecem material elétrico para as empresas como a Cemig e tudo mais, que produz aquele equipamento que se o cara encostar no ferrado, ele não vai tomar um choque de 14 mil volts. Então, é algo muito bem específico que no Brasil eu acho que tem só mais um que faz o meu serviço, e eu vou falar que é uma grande honra para a gente por causa disso, um ‘trem’ que só faz em Bicas, no Brasil praticamente, manda para o Brasil todo e está aqui com a gente. Então, conhecer a fábrica é algo muito interessante, e tem a questão de uma empresa muito grande, também, que mexe com plástico, faz embalagem de marmita, de tudo, que agora criou mais uma nova empresa que é para mexer com plástico reciclável.
HL: É aquele que está sendo muito demandado no mercado.
MR: Então, essa planta já está pronta, a máquina chegou, eu acredito que o mais breve possível vai abrir mais 400 vagas de emprego. O Zé Guilherme, o proprietário, ele tem um negócio de só contratar gente daqui (Bicas), ele não contrata gente de fora não.
HL: Porque para a empresa o custo é muito maior também ter que contratar de fora, ter que pagar ônibus, toda a infraestrutura muda tendo que chamar gente de outros lugares.
MR: E eu acho que o maior incentivo que o Município pode dar, que poucos tem e nós batemos no peito com orgulho, nós temos Transporte Municipal de graça.
HL: E vai continuar de graça?
MR: Vai continuar de graça. Então, essa empresa que ele está montando tem a linha que a lá na frente.
HL: Ou seja, ele não vai ter esse custo com vale-transporte.
MR: Nenhum. Então, hoje, em Bicas as empresas não pagam vale transporte, porque a pessoa vai trabalhar de graça.
HL: Isso impacta diretamente no custo da empresa. É o gás, que é energia, e o transporte. São dois custos aí… você vai encher de empresa na hora que esse gás estiver lá. Já tem, por conta do transporte.
MR: E gente para trabalhar já tem.
HL: Tem muita gente boa para trabalhar. Nossa, você está com um futuro aí pela frente viu, Matheus, agora é trabalhar.
MR: A visão e as intenções são as melhores possíveis. Eu já garanto que eu não vou acertar em tudo, mas o que eu errar não vai ser na maldade, vai ser querendo acertar. Eu tenho uma coisa que eu carrego na minha vida, é que eu não tenho vergonha nem medo de pedir conselho, então se eu vejo que está além da minha alçada, eu ponho quem vai me ajudar a resolver.
HL: Todo CEO fala isso comigo, você tem que ter gente melhor do que você para te ajudar a comandar, não dá para ser você o melhor.
MR: E eu tenho um parceiro muito grande, que é o Guto, o Prefeito anterior, que tem uma visão politicamente mais antiga que a minha, então ele consegue ver, aí eu pergunto: “quero fazer desse jeito, vai dar certo?” E ele falou assim: “vai, pode fazer”. Então, ele me dá uma segurança, ele não muda meu ponto de vista, ele fala assim: “pode ir que vai dar certo”, ele fala: “vai dar errado, mas você resolve depois”, ele me dá, tipo, só uma segurança de poder ir, “vai, faz do seu jeito que vai dar certo”. Então, isso eu acho que é um outro privilégio que eu tenho que muitos não tem, e eu não tenho vergonha de incomodar ele, então se eu tiver que perguntar eu ligo e não acho ruim se não me atender, eu vou ligar até atender, justamente para fazer o melhor possível.
HL: É assim que vai para frente, né. Matheus, muito obrigada viu, adorei a entrevista, cheia de coisas novas, boas, desenvolvimento.
MR: Eu achei que eu não ia conseguir falar quase nada de entrevista, mas eu falei tanto, porque tem muita coisa para falar, vamos marcar uma segunda depois.
HL: Depois a gente vai ter viu, um segundo round, aí você já vem com o gás, com tudo aí para contar para a gente.