e mais publicações de Helenice Laguardia

Helenice Laguardia

Helenice Laguardia escreve sobre Economia em Minas. Fique por dentro das atualizações do Minas S/A.

INFRAESTRUTURA

Emir Cadar Filho realiza a Infra Business Expo em Belo Horizonte

Emir Cadar Filho, CEO da Cadar Engenharia, é o sexto entrevistado da Temporada Minas S/A Mercados em todas as plataformas de O TEMPO.

Emir Cadar Filho organiza a maior feira de infraestrutura da América Latina, a Infra Business Expo, por meio da Cubo Eventos, e que vai acontecer em Belo Horizonte, no Expominas, entre 12 e 14 de agosto deste ano.

Por Helenice Laguardia
Publicado em 15 de março de 2025 | 22:00

Emir Cadar Filho, CEO da Cadar Engenharia, é o sexto entrevistado da Temporada Minas S/A Mercados em todas as plataformas de O TEMPO.

Vice-presidente da Fiemg e presidente do Conselho de Infraestrutura da entidade, Emir também é sócio da Cubo Empreendimentos, empresa de loteamentos; e da água Ayla, alcalina e zero sódio, de Nova Lima.

Agora  ele organiza a maior feira de infraestrutura da América Latina, a Infra Business Expo, por meio da Cubo Eventos, e que vai acontecer em Belo Horizonte, no Expominas, entre 12 e 14 de agosto deste ano.

“Em Minas Gerais nunca tivemos nada desse setor, e as maiores construtoras do Brasil, desde a década de 1970, são mineiras; as grandes concessionárias de equipamentos são mineiras, elas detêm 50%, 70% do mercado do Brasil”, defende.

Além disso, o Estado vivencia momento único na infraestrutura com as concessões das BRs 040, 381, 262, Rodoanel, metrô entre outras obras.

A seguir, a entrevista na íntegra de Emir Cadar Filho:

HL: Emir, eu queria começar falando sobre um que é um sonho seu… nós mineiros, a gente quer sempre descentralizar o país, não é? Porque um país do tamanho do Brasil tem polos de referência, e aqui no Brasil a gente repara que tudo acontece em São Paulo, os grandes eventos estão lá. “Ah, o país não tem tanta estrutura assim”, não é verdade, porque agora você está trazendo, por meio da Cubo Eventos, a sua empresa, a Infra Business Expo para Belo Horizonte, que é um evento que tem 10 mil pessoas por dia, não é? Como foi a concepção disso tudo, Emir? 
 
EC: Eu sempre militei no nosso setor, fui Presidente do Sicepot, da Brasinfra, e isso me fez rodar muito aí no país inteiro, pela infraestrutura, e toda vez que eu ia numa feira era em São Paulo. A Feira de Saneamento é em São Paulo, a Feira de Pavimentação era em São Paulo, e em Minas Gerais nunca tivemos nada desse setor, e se você pegar a história, as maiores construtoras do Brasil, desde a década de 1970, quando foi o grande boom, são construtoras mineiras, se você pegar as grandes concessionárias de equipamentos, são concessionárias mineiras, do país, elas detêm 50%, 70% do mercado do Brasil, elas já saíram daqui e expandiram para o Brasil. 
 
HL: A maior malha rodoviária do país está em Minas Gerais. 
 
EC: Mas na hora de você ir e fazer uma feira, criar negócios, criar network, criar um ambiente de infraestrutura, você ia para São Paulo nas feiras que tinham lá, e são várias.  
 
HL: Levar dinheiro para lá, arrecadação para lá, movimentação dos hotéis e dos restaurantes tudo para lá, sendo que o volume maior de negócios é aqui. 
 
EC: Nós temos aqui duas fábricas, em Minas Gerais, de equipamentos, e dentro do Conselho de Infraestrutura da Fiemg, eu a cada reunião convidando uma concessionária, que agora, né, desembarcou todas as concessões de uma vez em Minas, acontecendo, eu vi aquele mundo de investimento, aquele mundo de obra que ia acontecer em Minas e falava: “gente, será que vai ter tanta máquina, tanto emprego, tanta gente?”, e as feiras aconteciam sempre em São Paulo, aí me veio um clique e eu falei: “eu vou fazer uma feira em Minas Gerais”. 
 
HL: Vou assumir esse comando. 
 
EC: É, um ato meio de loucura com coragem, e falei: “vou fazer uma feira aqui”. Nesse momento eu procurei os grandes dealers e fabricantes de equipamentos e falei: “eu tenho um sonho, quero fazer uma feira aqui. Não é uma feira pequena, já vou começar sendo  
a melhor feira da América Latina, eu quero todos os fabricantes aqui”. 
 
HL: Ela é referência na América Latina, a Infra Business. 
 
EC: Já é referência sim. Nós estamos lançando-a com 100% das marcas líderes do mercado dentro da feira. Aí eu vou contar como ela surgiu, eu chamei os dealers (revendedores) e falei assim: “eu quero fazer essa feira, vocês estão comigo?” Eu ainda brinquei: “quando se sonha sozinho é apenas um sonho, quando se sonha junto é o começo da realidade”. 
 
HL: É sim ou não? 
 
EC: E eles falaram: “pode lançar o projeto aí que nós estamos com você!” Sendo assim, eu lancei o projeto e em 30 dias a gente estava com 90% do pavilhão, todos os 3 pavilhões do Expominas já fechados, locados. 
 
HL: Ou seja, 70 estandes mais ou menos? 
 
EC: Não, nossos estandes, como é uma Feira de Equipamentos, os estandes têm mil metros, 700, 500, 300, e vários estandes menores de 27, de 16, de 20 que são da cadeia produtiva. Então, a ideia é uma Feira de Infraestrutura, uma Feira que gere negócios, não é para você ir lá ver e ir embora, não é essa a ideia da Feira, a ideia realmente é ser uma Feira especializada do setor, onde você vai fazer bons negócios, os fabricantes vão fazer preços especiais para a Feira, porque não adianta nada ela investir, também, milhão lá para fazer um estande e ela com o mesmo preço que ela faz todo dia, é contra ela mesmo. Então, a ideia é a gente fazer, realmente, um momento único, trazer para Minas. Nunca teve em Minas, nunca se sonhou, e a gente já está começando com esse sucesso que a gente está tendo de adesão de todo mundo, o Mercado todo está aderindo, aí vem a cadeia produtiva, e eu brinco que já está ficando pequeno o Expominas para essa Feira. (risos) E a Feira vai ser de 12 a 14 de agosto, agora, de 2025, com todas as marcas de equipamentos e seus dealers, e a cadeia produtiva, o pessoal vende peça, óleo, tecnologia. Então, o nome Infra Business Expo vem ligado nisso, uma Feira de Infraestrutura para gerar negócio tanto para quem vai vender e para quem vai comprar, e é uma expo, porque a ideia é que venham todos os compradores do Brasil inteiro, a Feira é uma feira para trazer gente, vai vir gente do exterior também, porque é uma feira com marcas do Mundo inteiro. 
 
HL: Tem multinacionais também… 
 
EC: Só tem multinacionais, 100% são multinacionais de equipamentos, as empresas do setor aqui de Minas estão aderindo bastante, vindo também de São Paulo, do Rio Grande do Sul, a gente tem empresas do Brasil inteiro já aderindo à Infra Business. 
 
HL: Você já tem qual é a previsão de negócios numa feira dessas, do que já aconteceu lá em São Paulo? Está em qual edição, essa Infra Business? 
 
EC: É a 1° edição, acabou de nascer a ideia, é o nascimento de uma ideia. 
 
HL: Ah tá, é uma que nunca aconteceu. 
 
EC: Nós não estamos trazendo uma feira, nós estamos criando uma feira. É inédito, com todo o apoio que é imprescindível da Fiemg, o Flávio foi o meu incentivador, o Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, sempre um incentivador para a gente ser ousado 
 
HL: Ou seja, tem a chancela da entidade. 
 
EC: Sim, e do Bruno, presidente do Sicepot, também todo o apoio para fomentar os negócios do próprio setor. Então, assim, a feira vem para fomentar um setor que tem essa necessidade, e o fomento acontecia fora de Minas. Então, a ousadia é trazer uma coisa que não é comum ser feito fora de São Paulo, deste tamanho, aqui para Minas. 
 
HL: Se fosse acontecer seria em São Paulo, não é? Mas aí, como a ideia foi sua, de fazer uma feira dessas, você falou: “não, vamos fazer em Minas, que é o berço de tudo praticamente”. 
 
EC: Me incomodava, eu como um… 
 
HL: Como um mineiro, ter que fazer uma feira dessas em São Paulo?  
 
EC: Não, não é fazer a feira, é, eu como um empresário do setor, todas as feiras que eu vou visitar para comprar equipamentos para a nossa própria empresa, eu ir para São Paulo. Eu tenho que ir para São Paulo, então eu falei “gente, Minas tem aí um número de investimento…”, o próprio tamanho da malha (rodoviária), como você falou, como não fazer uma feira aqui? Então, a Infra Business Expo veio para ficar, a ideia é ser bianual, e junto com a feira nós estamos fazendo o Congresso, vai ter um congresso de infraestrutura onde nós vamos trazer grandes empresários mineiros. 
 
HL: Já pode falar algum aí? 
 
EC: (risos) Alguns convidados aí, mas grandes empresários mineiros não só do setor, a gente quer um pouco de business também no negócio. 
 
HL: Uma visão 360 graus. 
 
EC: É, projetos de empresários de sucesso, é discutir ideias, e posso falar, o Ministro Anastasia vai fazer uma Palestra Magna. 
 
HL: Que está intimamente ligado ao setor, o Tribunal de Contas da União, tem que ar tudo por lá, né? 
 
EC: Isso aí, junto com a palestra dele terá um com o Marco Aurélio, que foi Secretário de Obras em Minas Gerais e hoje é Presidente da Associação Brasileira de Concessionárias Rodoviárias, então a ideia é trazer também muito conteúdo, palestras técnicas, especialistas em asfalto, em pneu, em óleo, então é uma cadeia de palestras magnas, aqueles infra talks, palestras menores, bem específicas. 
 
HL: É importante saber para onde está caminhando o setor, né. 
 
EC: Então, assim, é realmente Minas respirar infraestrutura e negócios durante esses 3 dias. 
 
HL: E as pessoas às vezes falam “ah, e daí infraestrutura”. Está na vida de todo mundo, né? É ponte, é estrada, é qualquer coisa, asfalto, o que você for fazer tem que ter infraestrutura. 
 
EC: Nós somos o único setor… eu digo que nós somos a locomotiva do desenvolvimento, os outros setores são os vagões. Não desmerecendo nenhum deles, mas se você tira a locomotiva, um trem de 100 vagões, os vagões não andam. Um vagão você pode tirar que a locomotiva puxa 99. 
 
HL: Se você tirar a estrada, como o caminhão vai ar? 
 
EC: Então, quer dizer, quando você traz o desenvolvimento, a infraestrutura, as estradas, você traz junto uma fábrica de medicamentos. Nenhuma empresa do mundo, ninguém quer ficar, conviver e morar onde não há infraestrutura. Então, a decisão 100% empresarial, a sua vida pessoal, qualquer coisa é sobre o a infraestrutura e o que você tem em volta. 
 
HL: E aí, Emir, você fala de um setor que às vezes a gente não acompanha muito os números, né. E aí o Emir mandou para mim os números e eu fiquei, assim, ele é de uma grandiosidade que é incrível. Para cada emprego gerado na infraestrutura, ela gera outros 8,7 no entorno dela, é de fornecedores, de prestadores de serviços que precisam estar ali, isso fora os outros números, né, as obras que a gente vem agora pela frente, mais de R$ 100 bilhões nos próximos 7 anos só em Minas Gerais. Eu queria que você falasse, contextualizasse um pouco o que a gente vai ar daqui para frente, o porquê é tão essencial ter uma feira dessas no momento que Minas está ando. 
 
EC: Minas está ando por um momento único na infraestrutura, que é um alinhamento. A gente ficou para trás por muitos anos com os investimentos em São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Nordeste, com os investimentos federais direcionados para lá, e a gente aqui em Minas sempre na contramão ali dos Governos, sem ter investimento, o Governo Estadual ando muito aperto, e de repente nós conseguimos, por um alinhamento dos astros, eu digo. Eu falo essa frase, porque de repente as concessões foram dando certo, veio Mega Airport, veio o rodoanel, metrô, BR-040 nos dois sentidos, para o Rio e para Brasília, BR-381, BR-262 e tudo de uma vez. Quando vieram todas as concessões, aquilo são contratos, aquilo tem um dinheiro carimbado, tem um projeto que a pessoa tem que investir aquilo por ano, tem um programa de investimentos por ano. Quando nós fomos compilar isso, somado ao investimento do DNIT, que voltou a investir forte em Minas, o Seinfra, que voltou a investir em Minas, as novas concessões que o Estado vai soltar… então nós fomos somar isso, nós encontramos mais de R$ 100 bilhões em investimentos para Minas nos próximos 7 anos. Se for jogar isso em 30 anos, porque os contratos são de 30 anos, mas a maioria dos investimentos tem que ser feito nos primeiros 10, a gente computou os primeiros 7, então isso é muito maior ainda, fora o que pode vir, porque a mineração também traz muita coisa de infraestrutura. 
 
HL: E continua pujante. 
 
EC: Eu gosto de falar o seguinte: a mineração, minerar o minério é um serviço, mas quem faz as estradas de o e as barragens são as construtoras, tem muito serviço nosso que atende a mineração também. Então, como a gente tem esse grande volume, Minas vai estar com obras ao mesmo tempo, com todas as rodovias sendo melhoradas, duplicadas… assim, eu falo que é um sonho. Eu, que nasci no setor, estou ando por um sonho, e esse sonho eu acredito que, hoje, agora, ele não tem volta, eu acho que é isso. Então, quer dizer, daqui 7 anos nós vamos morar em um outro Estado que a gente não sonha o que vai ser. Eu que vi cada um dos projetos, de cada uma dessas concessionárias… se alguém visse um por um, espero que na Feira a gente veja isso, estou convidando as concessionárias para estarem lá, cada uma vai ter um estande mostrando seu projeto para você conhecer cada projeto das concessões. 
 
HL: A gente já teve outras propostas, outras situações tanto na BR-381 quanto na BR-040, e que eram projetos, promessas que não foram adiante, não foram duplicadas do jeito que estava. Por que agora você acredita que vai sair? 
 
EC: Porque, agora nós aprendemos com os erros. O Governo Federal insistia muito na sua modalidade sem conversar com o mercado da BR-381, aí ela lançava e dava deserto. O primeiro trecho da 381 é crítico, a saída de Belo Horizonte até Caeté, então ela lançava aquele trecho e dava deserto, aí ela lançou 8 ou 9 lotes, uma empresa ganhou 7 e depois devolveu, então só foi para frente um lote, que foi o único lote da empresa mineira, a Construtora Brasil, que fez um lote naquela época. Então, assim, o que aconteceu é que quando os Governos conversaram com o Mercado e falaram assim: “o que vocês querem para que isso seja concedido? Como eu faço para dar certo? Por que vocês não vêm nos meus leilões?” É porque sua tira é ruim, porque aqui tem um risco jurídico, aqui tem um risco ambiental. Então, dessa vez o Governo corrigiu as inseguranças e as licitações deram certo, por isso que eu tenho certeza de que agora vai dar certo, e já começou, todas elas já estão em andamento, cada uma no seu prazo, tem umas que já estão há um ano, há seis meses, há um mês, mas todas estão em andamento, o metrô já está aí a todo vapor, então não tem volta, agora aconteceu. 
 
HL: Agora você assina embaixo, né. Você carimba lá, porque é um negócio feito que vai se pagar. 
 
EC: Carimbo, porque aprendemos com os erros, né, a 040 foi devolvida, teve toda uma relicitação. 
 
HL: A gente não viu duplicação. Eu digo, porque eu o lá, eu sou de Barbacena e eu tenho que viajar para lá e vejo. 
 
EC: Hoje, o projeto da EPR para lá é uma maravilha, com prazos curtos, obrigações dentro de um prazo, o que não é simples, mas as expectativas… aí eu falo, nós vamos daqui há 7 anos andar numa outra Minas Gerais que a gente não conhece. 
 
HL: E andando numa outra Minas Gerais, aí tem todo um volume de investimentos que o Estado vai concorrer em pé de igualdade com São Paulo, por exemplo, que tem aquelas estradas tapetes, e aí o investimento vem para cá. 
 
EC: Exatamente. É aquele negócio, planta o jardim para as abelhas e os pássaros virem. O que nós estamos fazendo é plantando o jardim, é o ambiente, porque hoje o pessoal vai lá e fala assim: “vou implantar uma fábrica”, vem uma multinacional, aí ele olha a malha rodoviária de São Paulo, olha a malha rodoviária de Minas com estrada ruim, esburacada, sem acostamento, ele fala que não tem sentido, sempre lá (São Paulo) crescendo, investindo e o Governo de lá sempre foi um Governo muito atrativo para ele, ele dá as condições, e a gente, né, sempre em Minas era mais difícil as coisas acontecerem. Tem aquela frase, a pessoa que consegue dar certo em Minas, dá certo em qualquer lugar do mundo. 
 
HL: (risos) Se vira nos 30 aqui, né? 
 
EC: (risos) Então, Minas era um Estado difícil de se fazer as coisas, e isso vai mudando. A gente começa a enxergar que quando você planta o jardim e nascem flores, você atrai. A nossa malha rodoviária vai se transformar, porque nós somos o melhor Estado do Brasil disparado. 
 
HL: Tem tudo aqui. 
 
EC: Se você pegar e cruzar as rodovias, as linhas do Brasil se cruzam em Minas Gerais, aqui você tem as BRs 040, a 262, a 381, todas se cruzando aqui num raio de 100 quilômetros.  
 
HL: Não dá para deixar de aproveitar isso aí. 
 
EC: Isso aí, e Minas nunca aproveitou, e agora nós vamos aproveitar com isso tudo acontecendo. 
 
HL: Emir, me surgiu aqui uma questão agora do pedágio. Qual é o seu entendimento acerca do pedágio? A gente já está vendo aí algumas movimentações, a gente vai na Europa, vê lá pedágio de 15 euros, um trecho às vezes de 100 quilômetros tem dois, três pedágios de 15 euros cada um, não tem atendente, a cartão de crédito e ninguém reclama, autoestradas, tudo sem problema algum, o atendimento… e aí a gente chega aqui e se depara com essas questões. Para ter uma estrada boa, tem que se pagar por isso, né? 
 
EC: Infelizmente. Quem deveria fazer isso era o Governo Federal, que deveria possuir as grandes estradas, duplicar as estradas com seu próprio recurso, só que é impossível, não adianta, é uma utopia achar que o Governo teria recurso para recuperar, duplicar e melhorar todas as estradas Federais do Brasil inteiro, não só de Minas, mas do Brasil inteiro.  
 
HL: Ele tem que cuidar da Saúde, da Educação, da Segurança. 
 
EC: Sim, então vamos trazer o exemplo dos outros países lá de fora. Nos países mais desenvolvidos e ricos do mundo, as rodovias são feitas com concessões privadas, você anda numa estrada lá de cinco pistas com free flow, acabou no Mundo pagar pedágio, é free flow, tag, cobra no seu cartão, e eu entendo a resistência, a pessoa mora ali há 50 anos, ele a todo dia e todo dia ele cai num buraco, todo dia tem um carro no acostamento e ele acha aquilo normal, porque ele não sabe o que vai melhorar para ele. Então, pergunta na Alemanha, você pega Portugal… a grande virada foi quando Portugal ia entrar na zona do euro, receber um investimento absurdo, e arrumou suas estradas, concedeu tudo, e hoje Portugal é um dos países mais atrativos da Europa. Essa mudança tem 20 anos e isso, eu te digo, foi muito por causa das estradas. Então, assim, ninguém quer mais custo, eu entendo, eu também não quero, mas pergunta para mim “você quer pagar mais R$ 20 na estrada, R$ 5 o pedágio?” Porque esse pedágio que estão falando aí é R$ 3, R$ 8, R$ 7, então você quer pagar isso para viajar tranquilo com segurança 24 horas, com assistência mecânica, sem ter um buraco, com faixa sinalizada, eu vendo a curva, eu vendo a sinalização vertical, horizontal, eu acho que isso é um custo a se pagar. Aí eu não quero pagar isso, mas pago R$ 70 no Netflix para assistir filme, mais R$ 50 numa outra… é uma inversão de valor. Então, o pedágio é necessário, você não quer também que o que o setor privado vai lá e dê de presente: “eu vou pôr todo o meu dinheiro aqui e tchau e obrigado”, isso não é assim que funciona. 
 
HL: Tem que rentabilizar e tem que se pagar, né. Aí dá deserto, ela começa a desistir, devolve e tchau. Mas sabe o que eu acho que acontece no Brasil? É porque tem essa cultura da gente pagar imposto e não ver isso voltando em benefícios para a população, aí eu acho que a população também criou isso na cabeça. Você não acha que tem um pouco disso também? 
 
EC: É isso que eu falo, nós temos que aprender com a experiência lá de fora. Pergunta se eles querem voltar atrás e não ter pagado aquele tanto de pedágio durante anos e voltar aquela estradinha que era? Ninguém quer. 
 
HL: Vai em Portugal na década de 1990, eu fui e fiquei horrorizada, eu pensei “gente, o que é isso aqui, não volto nisso nunca mais isso”. (risos) Aí eu voltei recentemente e levei o maior susto! 
 
EC: É, ué, a maravilha que está. Então, nós vamos chegar nesse ponto, o pedágio é necessário para poder rentabilizar as melhorias. Eu falo, a pessoa não contabiliza que um caminhão, custa aí R$ 4 mil, R$ 5 mil um pneu de caminhão, que se ele fura num buraco na estrada no ano paga o pedágio do ano dele. Olha essa conta que ninguém faz. “Eu não quero pagar pedágio”, mas ele paga um pneu por ano todo ano, porque não tem jeito um caminhão que roda no mesmo trecho, vai e volta, não estourar um pneu numa estrada péssima, que tem buraco. Fora os acidentes, esses números eu não tenho na mão, mas o número de queda de acidentes nas estradas quando são concessionadas e arrumadas, é assim… não é número de 5%, melhora 30%, 40% a diminuição dos acidentes.  
 
HL: Acho que esse assunto precisa destravar, Minas também precisa destravar. 
 
EC: E eu acho que é um assunto que não pode ser politizado, isso não é um assunto para disputa política. Eu digo, é um assunto que é para o bem comum, vamos pagar um pouquinho para andar numa estrada muito melhor, com segurança. Mas aí você fala assim: “ah, mas eu moro ali, todos os dias vou e volto”. Todas as concessionárias, sem exceção, têm aqueles programas que caem 70, outros 50, outros 40, mas eles têm o programa do usuário frequente. 
 
HL: Acho que isso tem que ser mais discutido, sem narrativas. 
 
EC: Tem que ser acreditado, falar vamos testar. Eu quero ver depois perguntar, depois que estiver usando uma estrada por 5 anos duplicada, com faixa, com novos viadutos, arela, se você queria voltar. Aí é o que eu falo, não são estradas, são caminhos. 
 
HL: Emir, muito legal, fora o que a gente não falou aqui de geração de empregos, esse setor da infraestrutura gera, só aqui em Minas, 153 mil empregos. 
 
EC: É, hoje o setor da Construção Pesada tem 153 mil empregos formais, diretos, 153 mil empregos formais Caged, olha o tamanho do nosso setor. Com esse investimento que nós estamos esperando dos mais de R$ 100 bilhões, o número é maior, mas é difícil precisar. 
 
HL: E ainda tem Mariana aí, que a gente nem falou. 
 
EC: É, porque o acordo de Mariana, quando você tem um acordo de Mariana que vai descarregar um dinheiro grande dentro da economia mineira, ele é revertido em obra. Quando você faz isso, dá para a Prefeitura um dinheiro lá carimbado, que só se pode fazer obras, ele vai fazer… 
 
HL: Um asfalto, uma escola, uma UBS. 
 
EC: Duplicar uma avenida. Ele só pode voltar em infraestrutura, isso é obra e traz para ele novos investimentos. Uma empresa que não vai naquela cidade, porque a cidade era ruim… 
 
HL: Que não tem saúde boa, não tem escola… 
 
EC: Aí começa a ter uma Saúde boa, a avenida começa ser larga e as pessoas vão começando, a cidade vai criando aquele ciclo atrativo de negócios. 
 
HL: Você acha que os municípios vão acabar assinando? 
 
EC: Com certeza, vão se beneficiar demais com esses investimentos que eles vão receber. Eu acho que tem que aderir, não vejo como não.  
 
HL: É, porque tem muito Prefeito esperando a decisão lá de Londres. 
 
EC: Está olhando 2 pássaros, o problema é se os dois 2 voarem. (risos) Fica lá olhando os 2 arinhos, eu pegaria um arinho logo e resolveria. 
 
HL: E aí a geração de empregos, vão ter mais empregos gerados? 
 
EC: Então, aí que vem a grande dificuldade, porque com isso aí, os estudos que a gente fez lá na FIEMG, a gente vai gerar mais de 729 mil empregos diretos e indiretos. O que isso quer dizer? Quer dizer que nós não temos de onde tirar. Aí a FIEMG, junto com o Sicepot, já começou agora, tem 4 meses, a Escola da Construção para treinar desde já operadores, mecânicos… para treinar mão de obra especializada. 
 
HL: Porque essas máquinas são todas automatizadas, é tudo muito moderno. 
 
EC: E essa é a vantagem do investimento em infraestrutura, ele atende a cadeia todinha, porque nós damos o primeiro emprego, que é desde o pedreiro, quem não tem nenhuma técnica ainda desenvolvida, até o operador de uma grande escavadeira. Porque, assim, vamos falar da parte de tecnologia, ela só emprega craques inteligentes, ela não emprega um pedreiro, um carpinteiro, um assentador de piso, já a gente não. A gama da cadeia na sociedade que a gente emprega é desde o funcionário que ganha um salário-mínimo até o grande engenheiro que ganha muito dinheiro por mês. Então, a infraestrutura realmente é apaixonante para mim, eu vou falando e vou me apaixonando. 
 
HL: Os olhos brilham, é muito legal isso. 
 
EC: Por causa disso, a gente consegue pegar tudo, e a infraestrutura está dentro de tudo nesse sentido aí de empregar do salário-mínimo ao salário mais alto, e com quantidade de pessoas, eu poderia ser isso, mas atender poucas pessoas. Quantas empresas aí faturam R$ 100 milhões e tem 20 funcionários, no nosso setor não tem jeito, para faturar tem que ter muito funcionário. Então, a gente gera muito emprego e temos que treinar esse pessoal para poder estar apto a trabalhar para gente. Aí a FIEMG, junto com o Sesi, com as escolas, junto com o Sicepot, está fazendo a Escola da Construção e trazendo todo mundo para ser treinado para esse boom que nós estamos vivendo. 
 
HL: E isso também faz parte do seu trabalho de entidade, de liderança sindical, né? Tentar colocar a entidade a serviço exatamente do setor. 
 
EC: Exatamente. Eu estou ajudando os concessionários, as obras, sem eles nem saberem, porque quando a gente identificou isso, eu e o Bruno, nós procuramos o presidente Flávio e ele de imediato “vamos fazer essa escola agora”. Então, assim, o cara não está sabendo que um dia quando ele contratar, aquele cara foi treinado naquela vez que a gente enxergou lá atrás, ele não vai saber como foi programado um cara ser treinado, ar pela escola para poder ser contratado.  
 
HL: Isso já adianta muito o serviço para ele, porque o menino já chega treinado, é só adaptar a cultura da empresa e vamos embora, vai para a estrada. 
 
EC: É isso aí. Então, emprego não vai faltar no nosso setor. 
 
HL: Nossa, isso é ótimo, Emir, porque é um desafio. Outro dia eu estava fazendo a entrevista com o CEO da Gerdau o Gustavo Werneck, e ele falando o trabalho que eles querem fazer para o menor aprendiz, essa meninada que chega nova, sem ter experiência, e que não consegue emprego. Por exemplo, nesse novo boom da infraestrutura em Minas Gerais, essa meninada também vai ter espaço? 
 
EC: Total, com o tanto de emprego que nós vamos gerar, nós queremos os meninos. Aconteceu um fato no nosso setor que nós ficamos com muita dificuldade de mão de obra, porque nós tivemos uma época com muitas obras e quando veio a crise, aquela crise de 2014 até 24, parou o nosso setor, muita demissão, nós  chegamos a computar 45 mil funcionários no nosso setor, hoje é 153 mil o número, e nessa hora o nossos engenheiros e os nossos técnicos de obra, todo mundo que era do nosso setor, mecânico, engenheiro mecânico, eles foram abrir outros negócios, às vezes abriram um comércio, abriram um negócio, mudaram de setor, e quando o nosso setor voltou, cadê o povo? Já não estavam mais ou eles estavam velhos. Então, sim, esses jovens aprendizes vão ter um espaço no nosso setor, porque nós estamos reconstruindo uma massa de trabalhadores do setor saindo do 0. 
 
HL: Que bom saber isso, que vai englobar todo esse escopo de mão de obra, seja ela de novos entrantes… 
 
EC: Quem quiser trabalhar, oportunidade não vai faltar. 
 
HL: E aí vai numa escola do Senai, como é que é? As aulas já estão prontas, já está tudo adaptado? 
 
EC: Sim, já está. 
 
HL: Qual é a maior demanda? 
 
EC: Muitos operadores. Operadores de máquinas é um grande gargalo, porque, primeiro, que é perigoso, é você dirigir um trator com gente em volta, máquinas gigantes. Então, a gente as fabricantes estão fornecendo um equipamento, cada uma forneceu um de um tipo para treinar, um no rolo, um na motoniveladora, um na escavadeira, então eles não estão sendo treinados só em “aulinha prática”, eles estão sendo treinados de verdade, aprendendo a operar as máquinas no campo de treino, na Escola da Construção, com tudo isso para poder irem para o campo e poderem fazer as obras. 
 
HL: O setor agrícola tem demandado também infraestrutura? Porque a gente vê o setor agropecuário segurando o PIB do país, né, é balança comercial, exportações e tudo. Tem havido essa demanda? 
 
EC: A demanda nossa com o setor agrícola é muito pelo escoamento da produção grande. Eles têm um custo absurdo, na hora que tivermos esse tanto de estrada que foi concedida duplicada, arrumada e melhorada, começa a aliviar neles o custo do escoamento da produção, e também não posso deixar de falar da parte ferroviária, que o Brasil voltou a olhar pra parte ferroviária, grandes projetos de ferrovias. 
 
HL: Tinha que ser retomado, né, com mais agilidade? Nenhum país com esse tamanho é tudo só pela estrada. 
 
EC: Então, eu acho que o setor da ferrovia é outro que também está ando por uma mudança muito grande, uma volta de investimentos. 
 
HL: São investimentos também altos. 
 
EC: Investimentos muito altos, são players muito grandes, nós temos poucos players no Brasil. 
 
HL: Muitas estradas ferroviárias foram desativadas, os trilhos arrancados. 
 
EC: Mas nós temos agora as opções das short lines, que são, assim, às vezes a pessoa está a 50 quilômetros de conectar numa grande linha, e o Governo liberou para a pessoa desenhar um projeto só para ele conectar de onde ele está, ele conecta da produção dele ali naquela linha, então isso, também, eu acho que abriu o leque de opções. 
 
HL: A gente vai vendo agora em Minas também essas novas conexões. Emir, quero falar agora sobre projetos pessoais, menino, depois de ter falado da Cubo Eventos com esse megaprojeto da infraestrutura, e você destrinchar aqui esse setor fantástico que eu acho que vai levar a gente a um outro patamar, mas você vem desse setor, não é, para falar com tanta propriedade assim. Você é o CEO da Cadar Engenharia, uma empresa que vai fazer no ano que vem, em 2026, 60 anos, o que não é para quase ninguém nesse país, ainda mais empresas do setor de construção pesada, que a gente viu que poucas existem desde a sua origem, muitas ficaram aí pelo caminho, fecharam, tem o CNPJ lá, mas estão fechadas. Como foi toda essa experiência? Com 11 anos de idade você já sabia dirigir uma patrol, fazendo estrada, ajudando o seu pai, Emir Cadar, que a gente sabe que é tão conhecido, tão respeitado no setor. 
 
EC: A história é muito bacana, a história do meu pai e do meu tio. A Cadar foi fundada pelo meu pai, Emir Cadar, e pelo meu tio, Lycio Cadar, e os dois lutaram demais nessa vida, eles tem uma história maravilhosa, saíram do nada, E eu, desde menino, o meu pai olhava, na época, mais obra e o meu tio ficava com a parte do escritório, então o meu pai me levava na obra e eu o brinco que eu já andei demais de máquina, e dirigir máquina com 11 anos, a obra fechada, terraplanagem, e eu dirigia uma patrol, dirigia um rolo, até caminhão em obra dirigia. 
 
HL: Aprendeu a fazer tudo, para saber mandar tem que saber fazer, né? 
 
EC: Fui aprendendo. Me formei em Engenharia, segui os os do meu pai, e a empresa sempre foi graças a Deus muito próspera, ela foi prosperando do ponto que eles nasceram, amos dificuldades como todo mundo, todo empresário, já amos muitas dificuldades, mas a gente superou cada uma e nunca desistiu, e a Cadar vem se reinventando aí e chegando no ano que vem aos seus 60 anos. Hoje eu sou CEO lá, meu tio faleceu, infelizmente, em 2013, meu pai ainda está lá, é o dono da Cadar, está lá todo dia, toca a empresa na parte financeira e tudo. 
 
HL: A experiência, né, foram vários planos econômicos, várias crises. 
 
EC: É o meu grande conselheiro em tudo. A gente deu uma migrada um pouquinho, o setor da Construção Pesada, quando teve a grande crise, a gente tinha um defeito que a gente tinha todos os ovos na mesma cesta, a gente só tinha a Cadar Engenharia, nossa empresa, nossa vida, a gente respirava e vivia Cadar Engenharia. Quando veio a crise, Nossa Senhora, se a gente não tivesse uma reserva que a Cadar Engenharia nos deu em outros tempos. 
 
HL: O caixa ali para segurar… 
 
EC: Sem obra e muito funcionário, e uma estrutura grande… 
 
HL: E muito baseada em contratos públicos também.

EC: Sempre foi em contratos públicos, e aquilo nos abriu uma nova janela para a gente repensar o futuro da Cadar. E assim, hoje a gente tem ainda uma obra pública, a gente está acabando aí Caeté/Barão de Cocais, uma obra do estado, mas a gente migrou para investimentos imobiliários também. A gente tinha muitos terrenos que a gente começou a empreender para fazer loteamento, fizemos algumas parcerias para fazer alguns empreendimentos imobiliários em Belo Horizonte, de construção de prédios, então a gente foi dando uma migrada para dividir um pouquinho. 
 
HL: É, diversificar o portfólio, porque aí quando um não tiver bom, o outro está melhor, aí depois volta para o outro. 
 
EC: Isso aí, a gente deu uma diversificada para não ficar num setor só. 
 
HL: Então, vocês estão fazendo grandes projetos de loteamento em cidades da região metropolitana que estão crescendo demais. Tem algum que você possa contar? 
 
EC: Tem uma expectativa aí da gente aprovar, já está em fase de aprovação, finalizando aí 
um projeto em Betim de 1.200 lotes. 
 
HL: Aí vocês têm que fazer toda a estrutura? 
 
EC: É, e já compramos mais terrenos para poder fazer outros. A gente já tem lá hoje uma cabeça bem mais voltada para o imobiliário, para trabalhar um pouquinho para o privado… um pouquinho não, agora hoje muito para o privado para não ficar tão dependente dessa sazonalidade do dinheiro público, de investimento em infraestrutura. 
 
HL: Legal isso. E aí, ao mesmo tempo que tem a Cadar com essa nova fronteira, as cidades da Região Metropolitana estão demandando muito, muita gente está saindo de Belo Horizonte por conta de ser muito caro morar numa capital, e morando em cidades ao redor, né. Você também tem, entrou agora na sociedade da Cubo Empreendimentos, que é uma outra empresa de loteamento, mas com outro público-alvo, outro ticket, uma outra performance. 
 
EC: A Cadar, a gente focou em fazer nos nossos próprios imóveis. 
 
HL: Vocês têm um banco de terrenos próprios também já grande, né? 
 
EC: Temos um banco de terrenos próprios, então a gente faz os loteamentos nos nossos próprios imóveis. E a Cubo começou de um… eu tenho duas amigas, uma foi colega minha de faculdade, que num momento ela ia fazer um loteamento e me chamou: “Emir, eu sei que você já faz, tem uma experiência”, ela gostava de mim, me chamou e falou: “vamos fazer uma empresa para fazer esse loteamento?” Me chamou para sócio, uma empresa pequena, e demos super certo. Elas são donas da Construtora Eficiência, a Juliana e a Aninha, Ana Carolina, mas é Aninha, elas são minhas sócias também na feira, e a gente montou a Cubo. Então, a Cubo Eventos é de nós três, a Cubo Empreendimentos também, e nós fizemos o primeiro lançamento da Cubo, nós vendemos 100% dos lotes no lançamento, foi um sucesso, e a gente é muito dedicado, a Cubo é uma empresa que a gente tem muito nossa linha de trabalho, a gente não quer fazer 5, 6 loteamentos, a gente pega um, faz um, entrega, a gente é muito focado. Então, as pessoas confiam muito, a gente tem só 2, 3 projetos ao mesmo tempo, a gente não tem um monte, se a gente tem um fazendo, tem um entregando e um projetando. 
 
HL: E se autofinanciam? 
 
EC: Isso aí, e vamos nessa sem pedir dinheiro emprestado, a gente é muito pé no chão, eu acho que esse é nosso grande diferencial no Mercado, e que a gente ‘vai de cabeça’. Se você quer falar alguma coisa da Cubo, você pode me ligar, falar comigo ou com a minha sócia, você fala diretamente com a gente. E, assim, a gente fez uma parceria, fizemos o lançamento Reserva do Ouro agora no final do ano ado, em Nova Lima, vendemos 100% em meio dia, ao meio-dia tinham esgotado todos os lotes. 
 
HL: Por que você acha que fez tanto sucesso? Quais são os ingredientes para ter um sucesso desses? 
 
EC: Primeiro que a gente sabe escolher, a gente só escolhe coisas que a gente acredita de verdade, essa é a diferença, não estamos ali para girar uma roda, girar uma empresa, fazer uma bicicleta de faturamento, nós estamos ali para escolher, a gente visita 30, 40, 50 terrenos no ano e escolhemos um para fazer a parceria. 
 
HL: E fala assim: “esse vai ser viável” 
 
EC: A diferença é essa, a gente tem muito critério para escolher, porque a gente vai ser parceiro, e isso também para quem é escolhido é bom, porque a gente fala assim: “nós estamos com vocês, pode confiar que vai dar certo”, e deu certo esse primeiro, deu certo o segundo, e nós temos agora para lançar… 
 
HL: Lá em Nova Lima também? 
 
EC: Na CSul, com vista para a Lagoa dos Ingleses, vai se chamar Vistas, está também na fase final de aprovação. 
 
HL: E aquela região é supervisada, todo mundo quer. 
 
EC: É uma coisa maravilhosa, um loteamento maravilhoso. Ele chama Vistas, porque ele tem vista para a mata, a vista para a lagoa e a vista para o vale, é uma coisa linda, um projeto com o clube, portaria monitorada. 
 
HL: Segurança 24 horas. 
 
EC: Então, eu espero que seja um sucesso. 
 
HL: As pessoas estão procurando é isso, morar em casa, depois da pandemia, perto de Belo Horizonte, poder trabalhar uns dias em casa, outros dias elas vão para a cidade. 
 
EC: A pandemia mudou muito o jeito da gente enxergar a vida, e eu acho que o mercado de lotes aqueceu muito, e o legal da gente, eu que estou no Mercado Imobiliário, desde o lote baratinho até o lote mais caro, está no momento que as pessoas têm essa migração um pouco da cidade para morar… a pessoa está preferindo gastar 20 minutos a mais de trânsito e morar com uma qualidade de vida, que ele tem o final de semana para ficar em casa. 
 
HL: Mudou essa dinâmica. 
 
EC: Mudou um pouquinho a dinâmica. 
 
HL: Por isso está tendo tanta demanda por loteamento? 
 
EC: É, mas também tem muita concorrência, tem um mundo de loteamento sendo lançados, uns são fiascos, uns são bons, uns são ruins, aí produto, como tudo, você tem que saber escolher, a pessoa tem que saber escolher, tem excelentes produtos e produtos muito ruins. 
 
HL: Mas vocês estão acertando, hein? 
 
EC: Graças a Deus nós estamos acertando. (risos) 
 
HL: Isso tudo pelo seu conhecimento, da Cadar Engenharia
 
EC: É uma soma do conhecimento da minha vida, você vai somando esse conhecimento, esse aprendizado e vai aplicando. Na vida, o sucesso é você errar menos a cada dia. 
 
HL: Quebra a cabeça, cair e saber levantar. 
 
EC: E todo dia eu erro, eu falo que todo santo dia da minha vida eu erro, mas o que eu tenho que fazer é aprender com aquele erro, então o que eu errar hoje eu não quero errar amanhã. 
 
HL: Porque aí é burrice, né? (risos) 
 
EC: É burrice, eu não quis falar essa palavra. (risos) Uma coisa que eu não quero ser é burro, então eu tento aprender com meus erros e a cada negócio que eu faço: “isso aqui eu errei, deu certo, mas eu errei isso” no próximo eu corrijo isso, posso errar outra coisa, mas aquele erro eu não repito. Então, é isso, aí a gente vai a cada dia nos aprimorando e ficando mais especialistas no que a gente faz. Então, a Cubo hoje é uma empresa sólida, crescendo, com muitos projetos aí para frente, já temos mais um estudando, a gente está sempre estudando um, lançando um, finalizando o outro. 
 
HL: E as pessoas estão dispostas a pagar todo o preço num lote? 
 
EC: O Mercado tem de tudo. 
 
HL: Tem de tudo, né, tem lote de R$ 300 mil, R$ 500 mil e R$1 milhão. O de vocês como está o ticket médio? 
 
EC: A Cubo gosta mais de imóveis de mais valor, a gente capricha muito igual no Vistas, o Serginho Viana, o clube é dele, é um projeto maravilhoso, tem quadra de beach tennis. Então, a gente gosta de investir, eu brinco muito, falo muito lá na Cadar e nas empresas, que ser caprichoso ou não dá o mesmo trabalho, o capricho não custa, o capricho é um diferencial em relação aos concorrentes, então, assim, você ser caprichoso, a gente gosta muito de caprichar nos nossos produtos. No loteamento que a gente fez em Lagoa Santa, a coisa mais linda, tem uma praça pet, nós pensamos nisso, numa praça para a pessoa vir e soltar o cachorrinho dela, depois a pessoa recolhe o cachorro e volta para a casa. Então, a gente pensa muito nisso e é nosso próximo aí, se Deus quiser, sucesso. 
 
HL: Que legal, Emir. E tem outra empresa que você acabou entrando também, ela já existia, que é a Ayla, uma água que eu já tomei e é fantástica, porque ela é alcalina. Explica um pouco desse projeto aí para a gente. 
 
EC: Essa também é mais uma loucura da minha vida, mas um amigo me chama para o negócio, eu falo que eu tenho que me amarrar. (risos) 
 
HL: (risos) Você é aquele empreendedor diversificado. 
 
EC: Mas a Ayla, um amigo me apresentou a Ayla, ele já tinha uma Ayla, nem chamava Ayla na época, chamava Perfeita, era uma água que se chamava Água Alcalina Perfeita, e ele me convidou para ser sócio. Quando eu olhei a água, ela ser alcalina e zero sódio natural, eu descobri, porque eu não quero mexer com água, eu não quero concorrer com um mercado tão forte, com o tamanho das multinacionais que existem aí, eu não entraria num negócio se eu não achasse que teria uma coisa totalmente diferente. Assim como no empreendimento, que eu falei que eu visito 50 terrenos para escolher 1, a água também eu nunca entraria se eu não achasse que eu tinha a melhor água do mundo na mão. 
 
HL: O que ela tem de melhor? O que a água alcalina faz no corpo da gente? 
 
EC: O que acontece é o seguinte, o nosso corpo, o corpo humano é quase 90%, 80% água. O nosso meio, a gente está no meio neutro, PH do corpo humano é o básico, que é a mesma coisa do alcalino. Ele é ácido até 7, de 7,40 ele é neutro, de 7,40 para cima ele é alcalino ou básico. Os nossos órgãos vitais, nosso corpo vive no meio neutro, se eu tomo uma coisa ácida como uma taça de vinho, o que acontece? Meu corpo todo trabalha, liga todas as funções do meu corpo para neutralizar aquele ácido para chegar no ponto neutro, então o nosso corpo vai trabalhando para neutralizar o tanto de acidez que eu jogo no corpo, e você já consome acidez normalmente sem escolher. Agora, a coisa que você mais bebe na sua vida é água, então a água é importante. Você pode tomar vinho, mas você não toma 4 litros de vinho por dia, e água você toma, e toma todos os dias. Então, a importância da água ser alcalina é isso, quando eu coloco um líquido, a água alcalina no meu corpo, o meu corpo analisa e fala assim: “nossa, aqui já está neutralizado”. Então, eu brinco que uma pessoa que toma a vida inteira uma água alcalina e outra pessoa que não toma, toma qualquer água a vida inteira, eu brinco que a diferença é a seguinte, é como se você tivesse dois carros do mesmo ano, um com o motor com 50 mil quilômetros e o outro com motor com 250 mil quilômetros. Então, eu preservo minhas células, meu corpo, você envelhece com muito mais qualidade, só que o difícil é explicar isso para os outros, poucas pessoas tem conhecimento da qualidade da água alcalina, então nossa grande barreira não é explicar a Ayla, é explicar a água alcalina, que é muito rara, são poucas águas alcalina, é difícil, e a nossa, por sorte de Deus, Deus me ilumina muito, ela é zero sódio, sódio que é um veneno, você já come, não tem jeito de não comer, e a nossa água é zero sódio, natural e é alcalina. Então, eu falo que a gente tem um diamante na mão, por isso que eu entrei num negócio tão fora dos meus negócios. 
 
HL: Porque você viu potencial, né. 
 
EC: Eu enxerguei uma coisa diferente, sou apaixonado pela Ayla e a Ayla está crescendo muito. 
 
HL: Ela tem sede em Nova Lima também? 
 
EC: Em Nova Lima. Já estamos em todos os supermercados de Belo Horizonte. 
 
HL: Em todas as grandes redes vocês já estão, aqui de Minas. 
 
EC: Todas as grandes redes, sem exceção. 
 
HL: Estão indo para o Nordeste também? 
 
EC: Nordeste, a gente vende para o Nordeste, vende para o Sul, supermercados do interior já estão comprando da gente, nós estamos aí crescendo. 
 
HL: E como é que vocês fazem? Tem Centro de Distribuição ou não precisa, é tudo just in time, produziu, tirou lá da mina e entregou? 
 
EC: Não, os pedidos vão chegando e a gente tem já as escalas de entrega, nós temos um depósito grande aonde a gente vai todo dia, tem pedido todo dia, então é quase que modo contínuo, a gente vai engarrafando e vendendo. 
 
HL: Vocês mesmos que fazem o transporte e o engarrafamento? 
 
EC: Não, a logística terceirizada, porque a gente entrega nos CDs dos grandes supermercados e o CD distribui para as lojas, porque tem uns limites lá de estoque. Mas uma coisa bem bacana da Ayla é que a gente tem dois produtos muito exclusivos, um produto é o que a gente entrega para os restaurantes, então a gente tem uma trade muito forte, temos hoje mais de 100 restaurantes com Ayla. A Ayla foi lançada há 2 anos e meio, vai fazer 3 anos, ela começou em junho 2022. A gente conseguiu entrar no Mercado, que já é concorrido, e as pessoas começaram a enxergar, porque a gente fez uma garrafinha diferente, com outra qualidade. É uma garrafa com a gramatura melhor, é uma garrafa que vem a logomarca pintada na garrafa, a garrafa é dura, a gente investiu. Como eu falei, não adianta a gente ter um diamante e embrulhar ele no papel de pão, se eu tenho um diamante eu tenho que embrulhar ele numa caixinha de joia, então a nossa garrafa é feito com isso, com capricho, com muito cuidado na marca. A gente está crescendo, graças a Deus, a área está indo muito bem, e o mercado que nós inventamos, que é o da água personalizada, que é você pôr a sua logomarca na sua garrafa para as empresas. A gente está hoje aí, as clínicas de estética, os escritórios de advocacia, as empresas de engenharia, as concessionárias de carro, todas tem, praticamente, porque é muito bom você atender, você mostrar para o seu cliente que você cuida dele, você está entregando uma água alcalina, uma embalagem bacana com a sua marca ali. Então, esse é um mercado que a gente está crescendo demais também, e não é aquele plástico colado na garrafa… 
 
HL: (risos) Ela é pintada mesmo. 
 
EC: A serigrafia da pintura da Ayla, já vem a pintura da marca da empresa. 
 
HL: Ela vai estar aberta para investidores, para fundos de investimento, para private equity, novos sócios para ela capilarizar melhor no país? 
 
EC: Por enquanto a gente quer crescer, ganhar mercado, e a gente é muito focado, aparecem oportunidades que às vezes financeiramente são melhores do que a gente continuar no caminho que a gente está, mas eu não quero desviar desse caminho, que é o da qualidade, porque a gente esbarra na concorrência do preço, e a nossa frase “é água não é tudo igual”. Aí a pessoa fala assim: “eu compro água por R$ 0,90”, parabéns, você vai continuar comprando, não é meu concorrente quem compra água de R$0,90 ou bebe água de R$ 0,90 vai tomar uma água ruim, um engarrafamento que eu não sei de onde veio, como é que foi feito, aquela garrafa que amassa na mão. 
 
HL: Que você não sabe qual é a origem, que mina é essa. Mas você considera que a Ayla é um produto , que ela é um produto mais caro mesmo ou não? É isso que você tem que explicar para o cliente. 
 
EC: O nosso problema é que a gente tem uma margem muito menor do que todos os nossos concorrentes. A gente, para entrar no mercado, teve que pôr num preço, nossa margem fica pequena e ele tem o dobro de margem, não tem problema, mas a gente quer aos poucos conseguir mostrar o valor do , criar uma cultura para a pessoa dar valor a Ayla. Então, a Ayla ainda hoje é muito barata, porque ela hoje consegue concorrer com o mercado, não com o mercado daquelas águas mais baratas, mas no mercado normal a gente concorre preço a preço com todos eles, só que com muito mais qualidade, com a gramatura da garrafa muito maior, custa três vezes o preço de uma garrafa comum, uma tampa com a nossa logo, com a marca pintada na garrafa, em vez de ser um slive. 
 
HL: E o conteúdo, né, que é uma água alcalina que faz bem à saúde, porque não adianta ter também tudo bonitinho ali por fora e por dentro não ter o que precisa ter. 
 
EC: Eu falo que é muito fácil vender a Ayla, ela é mais bonita que as outras, ela é melhor que as outras, quando eu converso com os vendedores da Ayla eu falo “deixa eu te falar, vender Ayla é fácil demais, é só você pegar a concorrência, pôr do lado no restaurante e falar que é o mesmo preço”. 
 
HL: E, assim, é um projeto que você… 
 
EC: É um projeto que eu gosto muito. 
 
HL: E a Ayla é aquilo, né, são as iniciais dos sócios, né? 
 
EC: Não, são as iniciais, o A de active, o que essa água alcalina é? O Y de youth, juventude, o L é de life style, e o A de alcaline, então o Ayla. 
 
HL: Que legal, ficou bonito o nome, diferenciado. 
 
EC: A gente quis um nome que replica o que a gente quer trazer. 
 
HL: Todo o core business dela, né. 
 
EC: É um estilo de vida, a gente quer pessoas que realmente se preocupam com o que vão beber. “Eu bebo água mais barata”, então… 
 
HL: Tem mercado para tudo, né, aí se a pessoa quer… 
 
EC: É o que eu falei, pelos negócios que eu falei, assim, eu gosto de coisas com capricho e coisas boas. Tem Mercado que é volume e preço, e aí não tenho crítica nenhuma, mas não é o que eu gosto de fazer na minha vida. 
 
HL: Vocês têm metas, tipo assim, estamos produzindo tanto, queremos ar para tanto? 
 
EC: Nós temos um planejamento muito ousado de crescer esse ano 60%, 70%. 
 
HL: Isso em que, em faturamento e volume? 
 
EC: E produção, sim, volume de produção.  
 
HL: Porque o mercado tem uns números, assim, que o mercado de varejo não a, de produção e tudo. 
 
EC: Nós já amos da primeira etapa, que é bater porta em porta para conseguir entrar nos supermercados. amos pela segunda etapa, que é pegar uma marca totalmente desconhecida, que a gente criou, e fazer ela conhecida. Hoje, a Ayla é conhecida em Belo Horizonte inteira e em outras cidades, e agora nós estamos ando para a etapa de a gente crescer. Então, eu acho que nós estamos bem maduros para esse o neste ano. 
 
HL: Já ou a fase de investimento, agora é rentabilizar o negócio. 
 
EC: Agora é a gente conseguir crescer, nós somos estruturados, nós temos um executivo tocando, uma equipe de venda que é muito difícil de formar, nossa equipe de venda é muito competente. 
 
HL: Para convencer a pessoa a comprar a Ayla e não comprar o concorrente. 
 
EC: Eu brinco que a primeira pessoa que eu tenho que vender a Ayla é para o meu vendedor. 
 
HL: Ele tem que acreditar no produto. 
 
EC: Ele tem que acreditar. Sou eu que brifo cada vendedor, tem que sentar comigo, aí eu vendo a Ayla para ele. 
 
HL: É, mas isso que você contou para mim aqui, você já me vendeu a água, e acredito que para as pessoas também que estão acompanhando a gente já está vendido. 
 
EC: (risos) Aí na hora que eu vendo para ele, eu falo assim “você quer comprar ela?”. Aí ele: “agora eu estou convencido”, “então agora você tem que fazer isso com os restaurantes”. E a gente descobre no mercado também quem se preocupa com preço, quem se preocupa com qualidade. Eu vejo umas boas surpresas e umas decepções também, que a gente fala “Nossa Senhora, ele só compra o mais barato, tudo dele é o mais barato. Será que o filé dele é o mais barato também? O arroz é o mais barato, o feijão é mais barato”. 
 
HL: E por aí vai. E a água tem um desafio, também, que são grandes volumes, né, Emir. Então, para transportar nesse país desse tamanho, você está lá no Nordeste, agora no Sul, o caminhão vai cheio e volta vazio, como é? Ou tem a logística reversa? 
 
EC: Eu achei bacana um supermercado do Ceará, em como ele descobriu a Ayla, ela já está no Brasil inteiro, em São Paulo, e ele descobriu a Ayla e nos procurou, falou “eu tenho um supermercado aqui, eu queria comprar de vocês”. Eu falei “mas não tem chance, o frete daqui para aí é caríssimo, tem que ser em carreta grande para diluir”, e ele falou “não tem problema, eu quero. Eu não tenho água alcalina, eu quero comprar Ayla”, e ele nos procurou, ele manda a carreta buscar aqui, ele que leva, deve vender lá mais caro, claro, ele tem que somar no preço dele, mas ele vende e ele quer pôr na prateleira dele um produto de qualidade, e ele só achou a gente. 
 
HL: Então, assim, alcalina com as condições específicas, as especificidades dela, é só a Ayla que tem? 
 
EC: Só a Ayla. Você pode achar outra alcalina com alto nível de sódio, você pode achar outra com baixo sódio, mas que não é alcalina, ela é ácida. Tem outras boas marcas, não estou falando que nós somos a melhor ou a única, mas assim desse jeito, alcalina e zero sódio, só a gente no Mundo. Eu tenho um comparativo com as maiores marcas do mundo, eu peguei as maiores e mais famosas marcas do Mundo, fiz uma planilha, e a nossa frase final é “um brinde é o equilíbrio”, porque tem marcas que tem o PH 9 e vai ter o sódio lá no alto, tem outras que tem o PH 5, então elas não têm equilíbrio. A nossa água tem o nível de cálcio, potássio, magnésio, é uma água toda equilibrada. 
 
HL: Tem tudo isso, ainda tem magnésio, tem todos os componentes da água. Cálcio, né, que legal, esse país é abençoado. 
 
EC: Minas Gerais. 
 
HL: De Minas, reserva de Minas, água de Minas, feita aqui, da nossa terra. Emir, nossa, que pena, tem que acabar, menino. É muita coisa que a gente falou, você volta aqui mais para contar os outros projetos, eu tenho certeza de que você vai acabar entrando (risos). Obrigada, viu! 
 
EC: Obrigado pelo convite, eu fiquei muito honrado em estar aqui, espero ter contado um pouquinho da minha vida.