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"Moana 2" subestima o público com sequência que poderia ser DVD
Continuação tem enredo previsível e piadas repetitivas que não empolgam como na primeira parte da animação

Após oito anos do primeiro filme, Moana volta aos cinemas nesta quinta-feira (28 de novembro), em uma sequência que sequer precisava de aparecer nas telonas. A história da princesa polinésia, ou melhor, da navegadora, acaba subestimando as expectativas e a inteligência do público com um enredo fraco, previsível e quase desinteressante.
A Disney já havia explicado que a ideia, originalmente, era de que as aventuras agora apresentadas em "Moana 2" fossem parte de uma série da plataforma de streaming Disney+. Com um rumo inesperado, "maior e mais épico", o estúdio decidiu transformá-la em um filme. Para quem assiste, a decisão beira o incompreensível.
O consenso, pelo menos de parte da crítica que assistiu ao o filme em Belo Horizonte, é de que "Moana 2" poderia ter virado um DVD, seguindo os moldes das continuações de grandes clássicos da Disney. Assim como as sequências de "Cinderela", "Mulan", "A Pequena Sereia" e outros mais, a continuação da trajetória de Moana não empolga.
Na nova aventura, a navegadora recebe um chamado ancestral para encontrar uma ilha perdida, capaz de unir os povos através do oceano mais uma vez. Para isso, ela recruta o contador de histórias Moni, o fazendeiro Kele e a engenheira Loto. O grupo dinâmico tinha tudo para dar certo, mas o público só ganha uma série de piadas repetitivas e caricatas - principalmente quando Maui se junta a eles.
O enredo, seja o do primeiro filme como o da sequência, é explicado por inúmeras vezes. Da primeira vez, parece didático. Da segunda, a sensação é que fomos transformados em Simea, a irmã mais nova de Moana, que sequer existia na animação de oito anos atrás. Da terceira em diante, fica claro que o público foi subestimado até demais pelo estúdio.
Um dos pontos altos de "Moana" (lançado em 2016) foi a trilha sonora, que foi sucesso em inglês, português e outros idiomas. Em "Moana 2" as boas músicas parecem ter se perdido em algum lugar do oceano, contribuindo para o resultado fraco. A voz brilhante de Any Gabrielly é quase ofuscada por melodias bobas e letras fracas.
O destaque vai para "Só Vai", cantada por Lara Suleiman, que dá voz à nova personagem, Matangi. Aliás, a vilã - que sequer é vilã - foi um dos poucos pontos interessantes do longa. Capanga do grande antagonista da vez, o deus Nalo, ela não é muito bem apresentada. Capaz de controlar morcegos, ela a parte do filme atazanando Maui em uma caverna, enquanto aguarda a chegada de Moana. Ao invés de fazer maldades contra a protagonista, é ela quem a ajuda a encontrar o caminho da vez por estar cansada de obedecer Nalo.
No fim da história, que já não parecia lá muito interessante, a Disney ainda consegue fazer o previsível do previsível: garantir uma nova sequência. Nas cenas pós-credito, Nalo aparece em forma física (no longa, só aparecia em como raios, tornados e uma figura no céu) e avisa que a história ainda não acabou. Mas bem que podia ter acabado, logo depois de "Moana".