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José Roberto de Castro Neves é eleito para a Academia Brasileira de Letras
O advogado carioca a a ocupar a cadeira n° 26 da instituição
O advogado José Roberto de Castro Neves confirmou seu favoritismo e foi eleito para a Academia Brasileira de Letras na tarde desta quinta-feira (29). O carioca a a ocupar a cadeira n° 26, substituindo o também acadêmico de direito e professor Marcos Vilaça, morto em março deste ano.
Castro Neves teve 27 votos contra sete do escritor e editor Rodrigo Lacerda. Os outros três concorrentes não tiveram nenhum voto. O novo imortal é doutor em direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a Uerj, e mestre pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
É autor de livros sobre sua profissão como "Medida por Medida: o Direito em Shakespeare", de 2019, "Como os Advogados Salvaram o Mundo", de 2018, e "Os Grandes Julgamentos da História", de 2018.
O mais recente, "Ozymandias", é seu primeiro livro de ficção. O romance se a na fictícia cidade de Ateninhas, onde uma família domina o povoado há gerações, em um tipo de dinastia patriarcal.
Atualmente, Castro Neves dá aulas de direito civil na Pontifícia Universidade Católica (PUC) e na Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro. Ele também é titular da cadeira nº 27 da Academia Brasileira de Letras Jurídicas.
Aficionado por Shakespeare e dono de uma coleção de mais de 20 mil títulos, Castro Neves tem propriedade ao dizer que é fã de literatura. "Meu grande amigo é o livro, desde que eu me entendo por gente. Então estar na casa que cultua o livro é um sonho muito grande", diz o advogado em entrevista após a eleição.
"Leitor patológico", como se define, Castro Neves diz já ter lido livros de todos os seus novos colegas de Academia. "Sou um grande devoto de Machado de Assis, fundador da ABL, e de outros grandes brasileiros que estão e aram por lá. iro os grandes advogados que aram pela instituição, como Raymundo Faoro e o próprio Vilaça."
Castro Neves se junta ao elenco de imortais que vem sendo renovado por eleições recentes. A última votação na ABL foi realizada na última quinta-feira (22) e elegeu o poeta Paulo Henriques Britto para a cadeira que era da crítica literária Heloisa Teixeira. Antes dele, no mês ado, a jornalista Míriam Leitão se somou à Academia, substituindo o cineasta Cacá Diegues.
É uma renovação que abrange também o perfil da instituição. Imortais recentes e antigos na casa vêm discutindo reformas que a Academia almeja para ampliar seu diálogo com o público. Questionado sobre isso, Castro Neves diz não se achar apto para comentar.
"Eu ainda estou chegando, mas o que tenho certeza é que vou continuar cumprindo o dever cidadão de estimular a cultura e a educação, mas agora com uma plataforma que chega a mais lugares", diz o novo acadêmico.
A temporada de eleições na ABL continua em breve. Com a morte do linguista Evanildo Bechara, ocorrida na semana ada, as candidaturas estão abertas desde terça para a cadeira nº 33 - a votação ocorrerá em julho.
Ana Maria Gonçalves, autora de "Um Defeito de Cor", foi a primeira a se inscrever para a vaga. Caso eleita, ela será a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na Academia.