Em meio à forte chuva, apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), realizam ato nesta quarta-feira (2) em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. O grupo questiona o resultados das urnas, que ratificou Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, como o presidente eleito no segundo turno das eleições, no domingo (30).
Vestindo as cores da bandeira nacional e sob o hino da Independência, os manifestantes não aceitam a vitória de Lula, que tomará posse no dia 01 de janeiro de 2023. Eles pedem às Forças Armadas uma intervenção federal para impedir a via democrática e gritam que “a nossa bandeira jamais será vermelha”.
Além dos manifestantes que se concentraram em frente ao quartel, outro grupo está de vigília no local desde segunda-feira (31). Ao redor do país, apoiadores de Bolsonaro tem feito atos antidemocráticos, com o fechamento, inclusive, de rodovias federais.
Como apurou a reportagem de O TEMPO, essa manifestação é uma “última cartada”. Caso não surta o efeito esperado dos manifestantes, os bloqueios nas estradas devem ser intensificados.
Pedido de intervenção é ilegal e pode render processo criminal
A declaração de manifestantes que fecham rodovias pelo país sobre a existência de uma fraude nas eleições deste ano não encontra amparo legal. A Justiça Eleitoral, além de entidades nacionais e internacionais que participaram da fiscalização do pleito, confirmaram a lisura do processo.
Da mesma forma, a possibilidade de uma “intervenção militar” com base no artigo 142 da Constituição, pedida por grupos de manifestantes, não tem respaldo na lei brasileira e pode resultar em processo judicial para quem fizer esse pedido.
O TEMPO agora está em Brasília. e a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.