Belo Horizonte foi uma das 12 cidades brasileiras selecionadas para integrar o Projeto de Desenvolvimento Urbano Integrado para Redução de Riscos de Desastres Geo-Hidrológicos (Projeto DUI - RRD Cidades), promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o Ministério das Cidades. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (4 de maio), após processo seletivo que contou com 50 municípios inscritos e 21 pré-selecionados.

A iniciativa tem como objetivo principal elaborar um manual de intervenções urbanas voltadas à prevenção de desastres como enchentes, enxurradas, inundações e deslizamentos. A proposta prevê o desenvolvimento de metodologias, tecnologias e práticas inovadoras para fortalecer o planejamento urbano e integrar políticas públicas nos territórios escolhidos.

“Vamos buscar o refinamento e a ampliação das estratégias existentes para reduzir os riscos de desastres em nossa cidade”, afirmou a coordenadora especial de Mudanças Climáticas da Prefeitura de BH, Taíza de Pinho Barroso Lucas. Segundo ela, a participação representa uma oportunidade estratégica de qualificação das políticas locais de mitigação e integração com outras experiências no país.

Até o fim do ano, os municípios selecionados participarão de oficinas técnicas e debates com instituições de ensino superior, organizações da sociedade civil e especialistas. A primeira oficina será realizada nos dias 25 e 26 de junho, em Brasília, e marcará o início da estrutura de governança do projeto. A partir de 2026, seis territórios-piloto terão a metodologia aplicada com e técnico especializado, adaptado à realidade local.

Além da capital mineira, foram escolhidos os municípios de Contagem e Nova Lima, também em Minas Gerais. Completam a lista: Candeias e Simões Filho (BA), Olinda (PE), Teresina (PI), Mangaratiba, Nova Friburgo, Paraíba do Sul e Petrópolis (RJ), além de São Sebastião do Caí (RS).

A seleção levou em conta critérios como infraestrutura disponível, capacidade técnica, diagnóstico de áreas de risco geo-hidrológico, experiências anteriores, articulação intersetorial e propostas alinhadas aos princípios de resiliência urbana e sustentabilidade.