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Idosa que morreu após ingestão de torta em padaria é velada em BH
Cleuza Maria de Jesus Dias, de 75 anos, estava internada desde o dia 22 de abril, e não resistiu às complicações
É velada, na manhã desta quarta-feira (28 de maio), Cleuza Maria de Jesus Dias, de 75 anos, que morreu na última terça-feira (27) por complicações de uma intoxicação após a ingestão de uma torta de frango comprada em uma padaria no bairro Serrano, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. O sepultamento está previsto para acontecer às 14h, no Cemitério da Paz, no bairro Caiçara, na região Noroeste de Belo Horizonte.
A idosa estava internada desde o dia 22 de abril, após ela e um casal de sobrinhos arem mal um dia após a ingestão dos alimentos. No velório, bastante emocionados, os familiares da vítima informaram que estão muito abalados e, por isso, ninguém iria conversar com a imprensa.
Segundo familiares, após duas semanas internada em um hospital de Belo Horizonte, Cleuza teria sofrido um acidente vascular cerebral (AVC), ficando hospitalizada em estado gravíssimo até a última terça, quando não resistiu às complicações da intoxicação.
Outras duas pessoas, ambas parentes da idosa, também aram mal após consumirem a torta e permenecem internados no hospital. "O casal de sobrinhos dela continua internado no Hospital Felício Rocho, em BH. Pelo menos eles saíram da UTI e estão no quarto, mas é uma recuperação muito lenta. Agora é aguardar o resultados dos outros exames para sabermos o que aconteceu", disse uma amiga da família, que preferiu não ser identificada, durante o velório.
A padaria foi interditada após a internação das vítimas, e a perícia recolheu uma série de alimentos para arem por análise. Até agora, não há confirmação sobre a causa do problema.
Relembre o caso
A idosa e o casal de sobrinhos, de 23 e 24 anos, foram internados em estado grave após consumirem uma torta de frango e empadas vendidas na padaria. Eles começaram a sentir mal-estar no dia 22 de abril, um dia após consumirem os produtos. De acordo com a Polícia Militar (PM), os funcionários da padaria confirmaram que os produtos estavam com a aparência de estragados e devolveram o dinheiro para os clientes.
Para os militares, o proprietário do estabelecimento informou que os alimentos teriam sido feitos no sábado, 19 de abril. Os produtos foram preparados por um padeiro que teria sido contratado como freelancer, mas com o qual ele não mantinha contato direto. O padeiro foi ouvido pela Polícia Civil, mas foi liberado. Na ocasião, ele informou, inclusive, que teria levado uma torta para casa e que ninguém se sentiu mal.
Uma das linhas de investigação das autoridades apontava para a possibilidade de botulismo — doença bacteriana grave causada pela ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Entretanto, exames feitos a pedido do governo de Minas Gerais descartaram a doença, o que é contestado pela família, que informou que os médicos responsáveis pelo tratamento garantem se tratar da doença.
Amostras clínicas dos pacientes e dos alimentos suspeitos foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz (IAL), laboratório de referência nacional para botulismo, no bairro nobre do Morumbi, em São Paulo.
Conforme a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), outras possíveis causas de intoxicação continuam sendo analisadas. “A SES-MG solicitou ao IAL a realização de exames complementares para detecção de outras neurotoxinas e agentes relacionados”, disse a pasta.