TEÓFILO OTONI

Motorista de carreta que se envolveu em acidente com 41 mortos na BR-116 se entrega à polícia

Uma pedra do caminhão conduzido pelo motorista se soltou e atingiu o ônibus; ele fugiu do local e era considerado foragido pela polícia

Por Maria Irenilda
Atualizado em 23 de dezembro de 2024 | 17:59

O motorista da carreta que se envolveu no acidente com 41 mortos, na BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, se entregou à polícia, no início da tarde desta segunda-feira (23 de dezembro). O homem estava foragido desde a madrugada de sábado. 

De acordo com a Polícia Civil,  o motorista da carreta se apresentou espontaneamente, acompanhado de advogados, na sede do 15º Departamento de Polícia Civil em Teófilo Otoni, onde permanece sendo ouvido pelo delegado responsável pela investigação.

A polícia trabalha com a linha de investigação de que o acidente foi causado por uma pedra de granito que se soltou do caminhão que era conduzido pelo homem.  A carteira de habilitação dele estava suspensa desde 2022. A CNH do caminhoneiro foi apreendida após ele se negar a fazer o teste do bafômetro em uma blitz da Lei Seca. 

Relembre o acidente

O ônibus, que partiu de São Paulo com direção à Bahia e transportava aproximadamente 45 ageiros, pegou fogo após bater de frente com uma carreta.

Oito pessoas deixaram o coletivo com vida e foram encaminhadas para atendimento médico em Teófilo Otoni, mas uma delas morreu antes de chegar ao hospital.

Os bombeiros foram acionados por volta das 4h, conseguiram controlar as chamas e, em seguida, retiraram os corpos, que estavam carbonizados e presos às ferragens. Um guincho auxiliou para destombar o ônibus e ar o fundo do veículo.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Polícia Militar (PM) auxiliaram no atendimento da ocorrência. O tráfego foi liberado após mais de dez horas de interdição.

Os corpos das vítimas fatais foram transferidos, na noite de sábado, de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri,  para o Instituto Médico Legal (IML) em Belo Horizonte, e estão sendo periciados para identificação. Até o momento, 12 vítimas já foram identificadas e seis corpos foram liberados.