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Se temos tantos alimentos bons à disposição, por que ainda comemos tão mal?

Brasil é um paraíso dos alimentos naturais, mas indústria (e hábitos) ainda vencem boa parte das refeições

O problema não é o dióxido de titânio; é como a gente se entrega fácil demais ao que não nutre tendo uma oferta enorme de alimentos naturais, saudáveis, aqui no Brasil!

Por Renata Zacaroni
Atualizado em 19 de maio de 2025 | 16:56

Mesmo com o mar de corantes permitidos no Brasil, será que a gente precisa comer tão mal assim? 

O médico boliviano Diego Torrico, cirurgião e pós-graduado em nutrologia, convidado do Interessa desta segunda-feira (19), lembra que estamos num país riquíssimo em alimentos naturais durante participação no podcast. A vantagem é nossa! 

Carregar marmitinha, fazer em casa um suco natural, comprar fruta na feira - e colocar na lancheira… é mais fácil comer bem por aqui do que em muitas potências mundo afora.

E por que ainda enchemos o carrinho de supermercado com o colorido dos ultra processados? 

Temos ainda alguns hábitos que atrapalham. Precisa mesmo de sobremesa todo dia? Que tal guardar os doces para momentos especiais ou ligados à memória afetiva? Enquanto isso, o dióxido de titânio segue firme e forte nos industrializados e nas prateleiras da infância: bala, bolinho, suco… todos com o tal edulcorante polêmico na lista de ingredientes.

O dado é pesado: 93% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos consomem ultra processados regularmente, segundo o Instituto Desidrata (2022). E essa exposição contínua vem justo na fase em que elas mais precisam de energia pra aprender. O ambiente escolar pode e deve ajudar na formação de bons hábitos alimentares.

E se der aquela dúvida no mercado, vale usar o app Desrotulando: escaneia o código de barras, mostra uma nota de 1 a 100 e explica cada ingrediente. Um jeitinho prático de fazer escolhas menos danosas.