O governo da Suíça ofereceu ajuda para restaurar o relógio trazido ao Brasil por dom João VI, em 1808, que estava exposto no Palácio do Planalto e foi danificado durante a invasão e depredação do prédio, em 8 de janeiro. 

Único exemplar da peça no mundo e fabricado no século 17, ele estava no terceiro andar da sede do Executivo brasileiro, onde fica o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os ponteiros e números do relógio foram arrancados, assim como uma estátua que enfeitava o topo da peça. 

O objeto foi dado de presente a dom João VI pela corte sa. A obra foi desenhada por André-Charles Boulle e fabricada por Balthazar Martinot, que era o relojoeiro de Luís 14.

A informação sobre a oferta de ajuda para restauração foi dada pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, durante encontro com jornalistas nesta quarta-feira (8), um mês após os atos em Brasília.

Menezes afirmou, no entanto, que ainda não há um prazo definido para isso ocorrer. Ela disse ainda que na ocasião haverá um evento que contará com a presença da primeira-dama, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja.

Até o momento, autoridades afirmavam que era incerta a possibilidade de restauração do relógio. Relatório preliminar do Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que mapeia os danos ao patrimônio causados nos atos golpistas, divulgado em janeiro, apontava que as peças internas do relógio foram recolhidas e catalogadas “para futuro restauro” e que ele teve fragmentos separados de seu e.

O texto dizia ainda que o relógio estava “fragmentado em toda a sua extensão, apresentando fissuras, deformações e perdas”.

O homem que quebrou o relógio foi identificado por meio de câmeras de vigilância do Planalto – que ele tentou destruir – e acabou preso. o apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e morador de Catalão (GO), ele fugiu para o interior de Minas Gerais, após as imagens do flagrante serem divulgadas pela Presidência. (Com Folhapress)

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