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'Foi um ato de sabotagem de Anderson Torres', diz interventor no DF
Ricardo Cappelli afirmou que ex-ministro de Bolsonaro deixou forças de segurança sem comando de propósito e 'fugiu do Brasil'

Interventor na segurança pública no Distrito Fedeeral, o secretário nacional de Justiça Ricardo Cappelli afirmou que a invasão dos prédios públicos no último domingo só foi possível em razão de "uma operação estruturada de sabotagem" comandada pelo ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) Anderson Torres. Cappelli afirmou que o ex-secretário deixou as forças de segurança de Brasília sem comando propositalmente e "fugiu para o exterior".
"Então, foi um trabalho duro nessas últimas 36 horas, mas que vem dando resultado. Em paralelo a isso, nós trocamos também o comando da Polícia Militar aqui do DF e estamos estabilizando o comando das forças de segurança. O que faltou no domingo foi comando. Foi o comando e a liderança da secretaria de segurança do Distrito Federal. Nessas poucas horas na frente da secretaria eu posso afirmar que o que foi aconteceu não foi por acaso. Foi um ato de sabotagem do secretário Anderson Torres. O ex-ministro de Bolsonaro que assumiu a secretaria de segurança na segunda-feira dia 2, mudou todo o comando e viajou. Então, o que aconteceu não foi por acaso", disse Ricardo Cappelli, em entrevista à "CNN Brasil".
O interventor elogiou a participação de oficiais da PM nas últimas horas, em ações que esvaziaram os prédios, desmontaram equipamentos e devolveram a normalidade às ruas de Brasília. Segundo ele, só faltou comando a eles no dia 8 e o fato de que a posse de Lula, no dia 1º, cercada de ameaças, ter acontecido sem grandes problemas, comprova que a culpa pelos episódios recai sobre Torres, que assumiu o cargo um dia depois.
"O que mudou em 7 dias? Do domingo dia 1 ao domingo dia 8? É simples. No dia 2, Anderson torres, ex-ministro de Bolsonaro, assumiu a secretaria de segurança do Distrito Federal. Exonerou todo o comando da secretaria, mudou todo o comando da secretaria e viajou. Se isso não é sabotagem eu não sei o que é. Então, o que faltou, o problema não são os oficiais, não é a corporação", completando: "Houve uma operação estruturada de sabotagem comandada pelo ex-ministro bolsonarista Anderson Torres que viajou. Ele montou a sabotagem e fugiu do Brasil".
Logo após os atos de domingo, Anderson Torres afirmou que teve o dia "mais amargo de sua vida profissional". Já exonerado do cargo, ele condenou as manifestações e afirmou que as investigações apontarão os responsáveis. Ele disse que está nos Estados Unidos com a família para uma viagem de férias, que iniciou logo depois de assumir como secretário.
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