Pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo um exame inusitado e promissor: o cerumenograma, capaz de detectar alterações metabólicas relacionadas ao câncer a partir de uma pequena amostra de cera de ouvido.

Como funciona o exame

O teste identifica compostos orgânicos voláteis (VOCs) liberados por células malignas, que se acumulam no cerume. A técnica já foi testada com sucesso em pacientes com linfoma, carcinoma e leucemia, com precisão diagnóstica de 100%.

Diagnóstico precoce e não invasivo

Segundo o Dr. Nelson Roberto Antoniosi Filho, da Universidade Federal de Goiás, o método permite detectar alterações ainda em estágio pré-maligno, antes mesmo do câncer se manifestar clinicamente.

Aplicação clínica já em uso

O Hospital Amaral Carvalho, referência em oncologia em Jaú (SP), já adotou o cerumenograma como ferramenta complementar para diagnóstico e monitoramento de pacientes com câncer.

Potencial para Alzheimer e Parkinson

Além de câncer, o exame também está sendo testado para identificar distúrbios metabólicos em doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson, com resultados promissores.

Comparação com exames convencionais

O cerumenograma tem se mostrado compatível com exames de imagem avançados, como PET/CT, e oferece uma alternativa menos invasiva, mais barata e com possibilidade de uso em larga escala.

Essa inovação pode revolucionar o rastreamento de doenças graves e salvar vidas por meio de um exame simples, ível e indolor.

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