APÓS JURI ANULADO

Paulo Cupertino vai a julgamento seis anos após morte do ator Rafael Miguel e pais

Empresário responde por triplo homicídio duplamente qualificado no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo; primeiro julgamento foi anulado no fim de 2024


Publicado em 29 de maio de 2025 | 11:30

Paulo Cupertino vai a julgamento pelo assassinato do ator Rafael Miguel e dos pais dele nesta quinta-feira (29) no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. O empresário responde por triplo homicídio duplamente qualificado, com as qualificadoras de motivo fútil e impossibilidade de defesa das vítimas, segundo denúncia do Ministério Público.

Este é o segundo julgamento de Cupertino para o caso. O primeiro foi anulado em outubro de 2024 após o réu destituir seus advogados. O Tribunal de Justiça de São Paulo estima que o processo atual dure dois dias.

A acusação do Ministério Público aponta que o crime ocorreu porque Cupertino não aceitava o relacionamento entre Rafael Miguel e Isabel Tibcherani, sua filha. O empresário permaneceu foragido por três anos após os assassinatos, sendo capturado apenas em 2022.

Relembre crime

O crime aconteceu em 9 de junho de 2019, quando Rafael Henrique Miguel, de 22 anos, e seus pais, João Alcisio Miguel, 52, e Miriam Selma Miguel, 50, foram mortos a tiros em São Paulo. Rafael era conhecido por interpretar o personagem Paçoca na novela "Chiquititas" do SBT.

As três vítimas visitavam a casa de Isabel, que tinha 18 anos na época, para conversar sobre o relacionamento do casal. Durante o encontro, Cupertino chegou armado e efetuou 13 disparos contra o ator e seus pais, sem terem chance de defesa.

Fuga de Cupertino

Durante o período como fugitivo, Cupertino ocupou o primeiro lugar na lista de criminosos mais procurados de São Paulo e teve seu nome incluído na Difusão Vermelha da Interpol.

Dois amigos do empresário também serão julgados, acusados de auxiliá-lo durante sua fuga. Diferentemente de Cupertino, eles respondem ao processo em liberdade.

Ao ser detido em maio de 2022, o empresário afirmou: "Eu sou inocente. Não matei ninguém".