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Cachorro 'gordinho' vira fenômeno nas redes; veja fotos de Silveira
Apelidado de 'pró-reitor de Assuntos Caninos', mascote ganhou defesa dos estudantes e acumula mais de 48 mil seguidores
Um cachorro que vive no campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), tornou-se fenômeno nacional nas redes sociais. O termo "Silveira" esteve entre os assuntos mais comentados por brasileiros no X nesta semana. Estudantes saíram em defesa do mascote compartilhando fotos e vídeos do animal na universidade, após uma publicação chamá-lo de "gordo" e "feio".
Apelidado de "pró-reitor de Assuntos Caninos", Silveira acumula mais de 48 mil seguidores no Instagram. O animal, que chegou ao local ainda filhote, recebe cuidados do Projeto Zelo, iniciativa vinculada à Pró-Reitoria de Extensão da universidade.
A professora Fabiana Stecca, coordenadora do Projeto Zelo, explicou como o animal chegou ao campus em matéria publicada no site da UFSM. "Ele apareceu menor, e desde então vive aqui. A gente estima que ele tenha cerca de 10 anos e já faz quase nove que ele está entre nós", conta.
Durante a pandemia, Silveira ficou instalado em uma casinha próxima ao antigo pronto-socorro do Hospital Universitário. Com o retorno das atividades presenciais, voltou a circular pelos prédios e áreas de convivência, principalmente na região do Restaurante Universitário, onde recebeu uma nova cama. "Ele ficou do tamanho certinho da cama. É o nosso grandalhão", brincou Fabiana.
Saúde de Silveira
O cachorro pesa mais de 43 kg e apresenta problemas de saúde comuns a cães idosos, como artrose, problemas de pele e dificuldades digestivas. Ele já enfrentou episódios de gastroenterite e segue alimentação controlada, à base de ração sênior ou de raças pequenas, sem consumir comida humana. "Ele é fino. E a ração dele, por conta das condições de saúde, não costuma vir das doações", esclarece a coordenadora.
Silveira recebe atendimento regular no Hospital Veterinário Universitário da UFSM e a por exames para avaliar se pode manter sua rotina no campus. "A gente está usando esse momento de visibilidade para refletir: será que não é hora de ele se 'auposentadoria'? Ele precisa de um lar definitivo, seguro, com carinho e cuidados que a vida no campus não garante", diz Fabiana.
Entre as características do mascote da universidade, destaca-se a preferência por humanos em vez de outros cães. Por ser sociável, exige atenção constante e fica triste quando não há pessoas por perto. Uma peculiaridade observada é que ele late mais para carros brancos.
O animal costuma realizar uma ronda diária pela universidade, ando pela manhã pelos departamentos de Odontologia e Terapia Ocupacional, seguindo depois para outros locais. Seu local favorito é o sofá da Biblioteca Central, ficando irritado quando alguém ocupa o "lugar dele".
Projeto Zelo
O Projeto Zelo cuida de aproximadamente outros 80 animais que vivem no campus universitário. A iniciativa atua desde 2014 e enfrenta o desafio do abandono de cães e gatos na área universitária.
O projeto mantém uma rede de voluntários dedicados aos cuidados diários dos animais abandonados, oferecendo alimentação, tratamento veterinário e castração. O trabalho continua mesmo em feriados ou condições climáticas adversas. A estrutura é mantida com doações e apoio da comunidade, que pode contribuir via Pix.
"Nós cuidamos de animais que não têm tutor. Se não fosse essa rede de voluntários, eles não teriam o à alimentação, tratamento, castração e atendimento veterinário", destacou Fabiana.
A coordenadora também explicou: "Chove, faz sol, tem feriado — e os voluntários estão sempre ali. Precisamos de mais gente com sensibilidade para a causa animal. Nossa missão é educar e mostrar que todo cão ou gato abandonado merece uma segunda chance".
Fabiana ainda destacou a importância da adoção em acasos de animais como Silveira. "Muitos cães de grande porte ainda esperam por um lar. Queremos mostrar que todo animal tem potencial de ser adotado e amado — e que o campus, apesar de acolhedor, não é o lugar ideal para eles viverem para sempre".