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Começamos bem a “era tapetinho”
O que o cruzeirense precisa é de paz
É justamente nisso que os esforços internos precisam ser concentrados — em devolver a tranquilidade a uma estrutura com rachaduras visíveis.
O Cruzeiro venceu um jogo importantíssimo que o colocou no G4 do Brasileirão e o assunto que domina o noticiário é a situação de Dudu, a tensão gerada pelo gesto controverso de Pedro Lourenço, os mais de 40 ou 60 milhões da rescisão contratual do atacante, o que será feito do futuro do ídolo do Palmeiras e blá blá blá.
Se não bastasse, ressuscitaram os ventos da história do mister Jardim na Grécia e claro que sempre se questiona o comportamento de Gabigol, como se um vulcão adormecido estivesse pronto a estourar de forma repentina.
Parece impossível para o cruzeirense ter um dia de paz. Nem mesmo quando uma vitória se apresenta. É justamente nisso que os esforços internos precisam ser concentrados — em devolver a tranquilidade a uma estrutura com rachaduras visíveis.
São nessas rachaduras que os vazamentos transbordam. Um fogo cruzado de bastidores dali, outro acolá. Uma palavra dita em um contexto inapropriado, ou uma entrevista bomba para boicotar a própria estrutura que está tentando ser implementada.
Quando você é dono de uma casa e percebe uma pequena rachadura na estrutura, é imprescindível que você se concentre em resolver aquele problema antes que afete todo o alicerce. No Cruzeiro, deixaram que a pequena rachadura se transformasse em uma parede com buracos visíveis. É preciso reformar e trazer solidez ao alicerce novamente, protegendo seus colaboradores e dando paz ao torcedor.
O campo precisa prevalecer e as decisões precisam ser tomadas com solidez, respeitando a hierarquia estabelecida.
Dudu, para início de conversa, sequer deveria estar aqui se o clube tivesse mostrado firmeza, cumprindo com a palavra expressa publicamente na nota referente ao desacerto da temporada ada:
"O Cruzeiro encara este assunto como encerrado, pois tem a obrigação de contar em seu elenco com atletas de palavra, compromissados, leais e que VERDADEIRAMENTE queiram estar no Cruzeiro".
Lembremos.
O verdadeiramente em CAPS LOCK diz muito sobre a situação atual. Você tem que estar no Cruzeiro de todo o coração e vontade, independentemente de ser titular ou não.
A bomba estourada neste momento poderia ter sido evitada se a palavra anterior fosse cumprida. E olha que Dudu nem vinha jogando tão mal assim para se tornar no deflagrador da crise.
Seja qual for o desfecho dessa história, a única coisa que sabemos é que o Cruzeiro continuará, não importa os nomes que aqui estiverem. Resta ao clube escolher qual caminho tomará.
O de reformar suas estruturas rachadas e fechar-se nos objetivos que ainda restam, trazendo unidade no discurso e tranquilizando sua torcida, ou se seguirá da mesma forma, vazando informações, mandando indiretas, trazendo insegurança e estresse. Acho que a escolha é um tanto quanto óbvia.