Neste sábado, às 11h, Rafael Menin, acionista da SAF do Atlético, vai conceder coletiva na Arena MRV. Não me lembro de outra coletiva como essa de um dos proprietários do clube desde o nascimento da SAF. Sem dúvida, a entrevista acontece com atraso. É o famoso “antes tarde do que nunca”.

Mesmo em condições normais, com o clube cumprindo seus compromissos, com um time competitivo e em sintonia com o torcedor, esse tipo de coletiva deve acontecer, simplesmente pelo fato de que ‘quem manda’ precisa ter um contato direto com quem é a razão de existir do clube. Em condições anormais, como as que vivemos, esse contato (via imprensa) é ainda mais imprescindível.

Rafael tem muito a explicar. Por que o Atlético não tem, hoje, um time pra bater de frente com as maiores forças do país, como foi prometido? Por que o clube deixou de honrar compromissos em dia, como garantiu que faria? Por que essa entrevista demorou tanto a acontecer? Quais as projeções do Galo pra quitar a dívida bilionária do clube? Por que o torcedor deve acreditar nas atuais projeções, considerando que todas as anteriores foram equivocadas? Por aí vai.

São muitos questionamentos. E alguns deles, claro, só podem ser respondidos por quem tem a caneta. Por isso as entrevistas de Victor, Muzzi e Bracks não são suficientes. Por que os donos da SAF, bilionários que são, não fazem novos aportes pra colocar o clube em situação mais confortável e competitiva? Só quem pode responder é quem tem a senha da conta bancária de onde pode sair o respiro do Galo. Que bom que entenderam que está na hora de responder.

Tomara que, de fato, tenhamos respostas concretas e coerentes pra apagar grande parte dessas interrogações. Só acredito vendo.

Saudações.