e mais publicações de Guilherme Frossard

Guilherme Frossard

Mineiro de BH, jornalista graduado pela PUC-MG, com uma década de experiência na cobertura do esporte mineiro, na TV e na Internet. Colunista e torcedor do Clube Atlético Mineiro - nessa ordem.

OPINIÃO

Cheirinho de janela meia boca pela frente

Espero estar enganado, mas o Atlético não dá sinais de que fará contratações condizentes com sua necessidade

Por Guilherme Frossard
Publicado em 27 de maio de 2025 | 18:10

Falta menos de uma semana pra abertura da janela de transferências. Na próxima segunda-feira, os clubes brasileiros já poderão registrar reforços. Seria uma luz no fim do túnel pro atleticano, considerando o primeiro semestre incômodo que estamos vivendo. Seria, mas acho que não vai ser.

Trabalho com futebol há 10 anos e, nos dias que antecedem uma janela, é fácil identificar qual clube vem forte para contratar e qual não está tão animado assim. Em 2020, quando o Galo foi pesado ao mercado pra montar a base do time que foi campeão brasileiro em 2021, o recado que o clube ava ao mundo da bola era claro: temos ambição e vamos montar um timaço. Dito e feito. Investiu, montou, ganhou. Hoje, é o contrário.

O recado que o Atlético a ao mercado, pelo menos até agora, é o seguinte: “Estamos sem dinheiro, com dificuldade de honrar nossos compromissos e desesperados por contratações, desde que sejam baratas”. Eu não sou contra a tal “oportunidade de mercado”, mas um elenco como o do Atlético não vai resolver seus problemas (que não são poucos) sem colocar dinheiro na mesa. É como acreditar em Papai Noel.

Ano ado, vendo que o time tinha potencial pra chegar nas finais de copas, a diretoria buscou reforços importantes no meio do ano, melhorou o elenco e chegou perto de conquistas importantes. Ainda assim, faltaram peças pra jogar de igual pra igual as decisões de Copa do Brasil e Libertadores. Neste ano, me parece que esse ajuste não vai acontecer - pelo menos não na intensidade que deveria.

Prevejo uma janela com algumas chegadas questionáveis, baratinhas, e um acréscimo pequeno em qualidade técnica. Isso se não piorarem o time vendendo titulares, o que também não duvido.

Se no início do ano o discurso era de montar um time melhor do que o do ano ado, a realidade não é essa. Não foi até aqui e, ao que tudo indica, não será a partir de julho.

E assim, de o pra trás em o pra trás, o Atlético vai se distanciando da “primeira prateleira” do futebol brasileiro e de uma realidade que foi prometida ao torcedor, mas, aparentemente, não ou de papo de vendedor (ou de comprador, neste caso).

Tomara que eu esteja errado. O tempo dirá.

Saudações.