O momento mais aguardado dos últimos anos para a Volkswagen do Brasil no geral e para o mercado em particular, chegou, finalmente, no próximo dia 05 de junho (quinta-feira) o SUV Tera estará em toda rede de concessionárias da marca, formada por cerca 500 revendas. Na linha de modelos SUV da VW, o modelo é o de entrada e ocupa o espaço entre o Polo e Nivus; foi concebido 100% pela filial da marca no país e será exportado para países da América do Sul e até para a África. A montadora alemã vive um momento de grande aposta e expectativa com a chegada ao mercado do Tera. Para explicar melhor podemos traçar um paralelo do que aconteceu no distante ano de 1980.

Gol a lenda

No começo daquela década a VW inaugurou uma nova fase na indústria automobilística nacional, atualizou sua família de modelos, liderada pela lenda Gol em sua primeira geração. O sucesso foi tanto que o modelo se manteve na liderança por 27 anos consecutivos e até hoje é o modelo mais produzido, vendido e exportado do mercado brasileiro. Ainda em sua primeira geração, o VW Gol se tornou o primeiro carro com injeção eletrônica de combustível do Brasil, com a chegada da versão GTi equipada com motor 2.0l, quatro cilindros, gerando 120 cv. Antes de irmos direto para a novidade é preciso reconhecer a importância da plataforma MQB que revolucionou o “line up” da VW nos últimos oito anos e provocou um renascimento da marca no Brasil.

Com a palavra o CEO da VW do Brasil

 “Consideramos esse carro como um produto que nasce com a responsabilidade de se tornar um novo ícone da marca e um dos carros mais vendidos do mercado brasileiro. Assim como o Fusca, que vendeu 3 milhões de unidades no País e o Gol, líder de vendas por 27 anos e com mais de 7 milhões de unidades vendidas, o Tera tem tudo para seguir a mesma rota de sucesso dos seus anteados. E tem motivos de sobra para isso: um SUV com visual encantador, elevado nível de segurança em todas as versões, com força global e o primeiro com nossa IA by Volks”, afirma Ciro Possobom, Presidente & CEO da Volkswagen do Brasil.

Potencial

AUTOTEMPO esteve presente ao lançamento que aconteceu durante um grande e muito bem organizado evento na Oca, do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, no último domingo (25). Na ocasião foi possível conhecer o SUV em todos seus detalhes e no dia seguinte ter a experiência dinâmica, dirigindo o carro até a fábrica da VW em Taubaté, interior de SP, onde é produzido. Por tudo isso que depois deste amplo contato com o novo modelo é possível fazer uma avaliação mais criteriosa de seu potencial, de sua qualidade construtiva e da entrega de equipamentos que farão do Tera um player de grande destaque no segmento que irá atuar. Depois da promoção de lançamento o preço da versão mais barata, a de motor aspirado com 84 cv sobe para R$ 103.990 e a opção topo High 1.0 TSI, Outfit, com 116 cv de potência e câmbio automático por R$ 145.130.

Motor aspirado e turbo

Em relação à motorizações a VW oferece três opções, as versões Comfort e High vêm equipadas com o motor 170 TSI, que entrega 116 cv de potência e 165 Nm de torque, sempre combinado com câmbio automático de seis velocidades. Já a versão TSI MT também conta com o motor 170 TSI, mas com câmbio manual de cinco marchas. O modelo de entra na linha Tera, a MPI MT é empurrada pelo motor 1.0 MPI, que oferece 84 cv de potência e 101 Nm de torque e transmissão manual de seis marchas.
Equipando desde a primeira versão
Outra razão para apostar que o Tera marcará seu tempo é a entrega de equipamentos de série desde o modelo de entrada. Além dos itens de segurança e conectividade, o carro tem direção elétrica com ajuste de altura e profundidade em todas as configurações, assim como ar-condicionado, piloto automático, banco do motorista com ajuste milimétrico de altura, computador de bordo, de instrumentos digital, sensores de estacionamento traseiro e portas USB na dianteira, com duas saídas, e o assistente de partida em rampas (HHC – Hill Hold Control). Nas versões Comfort e High, adiciona o sistema Kessy de o ao veículo sem uso de chave e partida do motor por botão e volante multifuncional. De série na versão High, o de instrumentos digital é de 10,25 polegadas, além do ar-condicionado Climatronic Touch aliado ao carregador de celular por indução.

Disrruptivo

O Tera é o primeiro automóvel brasileiro que usara a Inteligência Artificial através de um assistente virtual apelidado de Otto, que trará funcionalidades que compreendem os dados do seu veículo conectado, traz dados de autonomia, manutenções, sabe sobre a saúde do veículo, entre outras coisas. Além disso, as consultas do manual cognitivo am a ser generativas, trazendo o resumo de rápido o junto de imagens das páginas onde se encontram as informações na tela do app. Ele nasce integrado com aplicativos de navegação como Waze, Google Maps e Apple Mapas e responderá perguntas abertas da internet.
Segurança como palavra de ordem
Todas as versões são equipadas com seis airbags (dois frontais, dois laterais nos bancos dianteiros e dois de cortina), frenagem autônoma de emergência (AEB) com proteção de pedestres, controle eletrônico de estabilidade (ESC) e tração (ASR), bloqueio eletrônico de diferencial (EDS), sistema de detecção de fadiga do motorista e sistema de controle de perda de pressão dos pneus. Para as versões Comfort e High, o Controle de Cruzeiro Adaptativo (ACC) também é item de série.

Com o Tera nas mãos

Para o teste drive a VW preparou uma visita à planta de Taubaté, no interior de São Paulo, onde o modelo é produzido, em um percurso de aproximadamente 140 km, mas com o atenuante de ter que enfrentar o trânsito pesado da capital paulista até atingir a rodovia que nos levaria a fábrica. O modelo que escolhemos foi o topo da gama, a versão mais completa, a High 1.0 TSI, com 116 cv de potência e câmbio automático com pacote Outfit. O conjunto entrega uma ótima dirigibilidade, com destaque para  assertiva direção elétrica, o bom acerto da suspensão e principalmente o acabamento acústico, que não transfere ruídos externos para a cabine. Outro ponto a ser ressaltado é a economia, no trajeto que percorremos a média de consumo registrada pelo computador de bordo foi de 18,7 km/l.